“tiveste que envelhecer rápido?”, perguntou sem nenhuma maldade, assim como quem comenta o tempo. Ela sentiu todos os últimos anos pesarem nas costas. Lembrou que ria demais, via graça demais, sentia demais. Lembrou da força para não ceder, não se deixar moldar, para continuar a mostrar mais a essência, menos a aparência. Sentiu os problemas da semana, do mês, da última década. Se problemas contassem quilômetros rodados ela seria um corcel 73.
“te sentes mais protegida em tua casa?” perguntou, respondendo a si próprio. A casa, o casulo, a boneca guardada, as fotos, a música, o palavrão, a piada sem graça. Todas coisas que a protegem de envelhecer (por dentro) rápido demais.
“te sentes mais protegida em tua casa?” perguntou, respondendo a si próprio. A casa, o casulo, a boneca guardada, as fotos, a música, o palavrão, a piada sem graça. Todas coisas que a protegem de envelhecer (por dentro) rápido demais.
foto maravilhosa de um blog que não diz autor
A gente só descobre a nossa verdadeira casa quando envelhece, Manuela. O resto é casa de aluguel.
ResponderExcluirLindo post, amiga. =)
ResponderExcluirPara quem sabe um pouquinho -mesmo pelo blog- do que viveste em tão pouco tempo, fica fácil entender. parabéns. ainda espero livro dos teus textos. francisco
ResponderExcluirC'est la vie!
ResponderExcluirUma mulher sensível, a escolha da foto inspira esta idéia. Esta placa me fez pensar num bom filme que vi na faculdade. Chama-se “A vida secreta das palavras”, dirigido por Isabel Coixet. Quando houver oportunidade o assista. Vou continuar acompanhando seu blog.
ResponderExcluirEle nem mereceria conversar com ela! Ela deve ser muito jovem pq tem sonhos.
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