quinta-feira, 1 de abril de 2010

O técnico


4o mil gritam, choram, cantam. Um grande círculo em que todos olham para o mesmo objeto: a bola. Ela hipnotiza, seduz. Mulher nenhuma tem esse poder. Num quadrado com poucos metros caminha, corre, bate os braços o solitário técnico. Fala com aqueles que correm atrás dela, a bola. Aconselha aqueles que fazem o que ele não faz: chutar a bola. Ele olha para o mesmo objeto que todos e decide por todos nós quais pés a tocarão. Solitário técnico. No meio da multidão que grita ele parece ser apenas mais um de nós. Mesmo que não seja.

Todos já nos sentimos assim: solitários num ambiente com milhares de pessoas.
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Ontem, no jogo do Colorado, estava em um lugar em que via tudo, inclusive o nosso técnico Fossati. Eu nunca gosto de técnico que perde. Gostar mesmo eu gostava do Abel, que nos garantiu o Mundial. Mas observei o comportamento do Fossati e concluí que é solitário ser técnico.

Um comentário:

  1. O Inter vinha de seis resultados negativos, o clima no clube não estava nada bom e a gente sabe que Libertadores não é brincadeira. Mesmo assim a Manu vestiu a camisa, acreditou na reação, colocou a cara no Beira-Rio e o Colorado saiu de lá com a vitória. Achei isso muito bacana. Admiro e valorizo muito as pessoas que não tem medo de enfrentar as situações difíceis.

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