No silêncio de meu apartamento o dia e os últimos anos passam pela minha cabeça de maneira frenética. Decido desabafar aqui, o espaço que eu mesma criei para falar de minha vida, de minhas felicidades e angústias.
Olho a menina que era há apenas seis anos atrás. Penso em tudo o que a vida e as pessoas me ensinaram. A não desistir, a não mudar, a manter a calma, a conversar mais. A ouvir. Lembro de rostos, de mensagens de esperança. Lembro de dias e noites escuras.
Hoje vivi uma grande mistura de tudo isso. Encontrei, no comício em Viamão, uma menina que escreveu para o site (a Laura) dizendo que passou a acreditar na política devido a nossa atuação. Linda, com quinze anos, Laura me emocionou porque é jovem como eu era quando mergulhei na luta política, no movimento estudantil.
Minutos depois vi pela internet a grande onda que estava se formando em torno de uma matéria no site Congresso em Foco sobre minha atuação parlamentar. Imaginem a minha reação ao ler mensagens dizendo que eu havia criado a censura na TV! Seria como ler que o Senador Paim que é autor de uma lei contra os aposentados. Uma contradição. Um absurdo! Me acertou no peito. Por vários motivos. O primeiro deles é porque este é um site sério e que eu respeito. Foi justamente o site que propiciou a disputa sobre os melhores parlamentares do Congresso (em que ganhei a que melhor representa a população, pela escolha na internet!). O segundo por que ler uma crítica é sempre difícil. Mas aprendi a conviver com elas. Principalmente quando decorrem de uma opinião minha que desagrada as pessoas. Não somos obrigados a concordar em tudo. Mas receber críticas sobre algo que é crucial na minha história e luta política é duro. Disse para o jornalista: seria como alguém me dizer que leu uma lei de minha autoria proibindo dois homossexuais de se beijarem! Uma loucura! Uma injustiça!(Já que sou autora da lei da união civil entre pessoas do mesmo sexo!).
Acho que conseguimos corrigir e esclarecer as pessoas. Alguns dizem: não dá bola para um ou outro, é maldade... Sei que muitos fazem na maldade das disputas políticas. Já me acostumei com elas. As combato cotidianamente. Mas cada cidadão deve ser valorizado. Cada pessoa é importante. E o fato de uma pessoa qualquer, por mais diferente de mim que seja, por mais opositor que seja, se um cidadão apenas achar que eu defendo a censura... já é triste demais para mim.
Espero que tenham entendido porque publiquei a nota abaixo, espero que tenham entendido a nota, espero que leiam novamente a matéria do site (que não diz o que alguns interpretaram). Espero que entendam o porquê do desabafo.
Tem dias que são intensos. Hoje foi um deles.
Olho a menina que era há apenas seis anos atrás. Penso em tudo o que a vida e as pessoas me ensinaram. A não desistir, a não mudar, a manter a calma, a conversar mais. A ouvir. Lembro de rostos, de mensagens de esperança. Lembro de dias e noites escuras.
Hoje vivi uma grande mistura de tudo isso. Encontrei, no comício em Viamão, uma menina que escreveu para o site (a Laura) dizendo que passou a acreditar na política devido a nossa atuação. Linda, com quinze anos, Laura me emocionou porque é jovem como eu era quando mergulhei na luta política, no movimento estudantil.
Minutos depois vi pela internet a grande onda que estava se formando em torno de uma matéria no site Congresso em Foco sobre minha atuação parlamentar. Imaginem a minha reação ao ler mensagens dizendo que eu havia criado a censura na TV! Seria como ler que o Senador Paim que é autor de uma lei contra os aposentados. Uma contradição. Um absurdo! Me acertou no peito. Por vários motivos. O primeiro deles é porque este é um site sério e que eu respeito. Foi justamente o site que propiciou a disputa sobre os melhores parlamentares do Congresso (em que ganhei a que melhor representa a população, pela escolha na internet!). O segundo por que ler uma crítica é sempre difícil. Mas aprendi a conviver com elas. Principalmente quando decorrem de uma opinião minha que desagrada as pessoas. Não somos obrigados a concordar em tudo. Mas receber críticas sobre algo que é crucial na minha história e luta política é duro. Disse para o jornalista: seria como alguém me dizer que leu uma lei de minha autoria proibindo dois homossexuais de se beijarem! Uma loucura! Uma injustiça!(Já que sou autora da lei da união civil entre pessoas do mesmo sexo!).
Acho que conseguimos corrigir e esclarecer as pessoas. Alguns dizem: não dá bola para um ou outro, é maldade... Sei que muitos fazem na maldade das disputas políticas. Já me acostumei com elas. As combato cotidianamente. Mas cada cidadão deve ser valorizado. Cada pessoa é importante. E o fato de uma pessoa qualquer, por mais diferente de mim que seja, por mais opositor que seja, se um cidadão apenas achar que eu defendo a censura... já é triste demais para mim.
Espero que tenham entendido porque publiquei a nota abaixo, espero que tenham entendido a nota, espero que leiam novamente a matéria do site (que não diz o que alguns interpretaram). Espero que entendam o porquê do desabafo.
Tem dias que são intensos. Hoje foi um deles.
Força querida, e toca as "braçadas em frente" porque a maré não está para peixe!!!!
ResponderExcluirVamos sempre...depois das eleições tira uma ferizinhas para refrescar...e tomar uma cervejunha bem gelada!!!!
Abraço e muita força
Silêncio
Oi, Manu.
ResponderExcluirSei o quanto deve ter sido difícil ler essa nota divulgada no site Congrasso em Foco. Conheço ao menos uma pessoa que trabalha lá - se é que ainda está - que trouxe pra colunista da VOTO quando era editor da revista.
Tenho 36 anos de jornalismo - e tu só me conheceste na curva do Cabo da Boa Esperança e viste como sou moleque pelo olhar. Coisa de gênio. Acompanhou tua atuação política e sei o quanto elas engrandecem o parlamento brasileiro. Me orgulho de te ver, corajosa nas posições e atitudes.
Por tudo isso, tenha certeza que não será a observação de um jornalista, mal informado, que mudará o conceito que as pessoas inteligentes, argutas, aptas a entender o momento político do país, sabem. Tenho orgulho de conviver contigo e da tua atuação política em Brasília, onde cruzamos algumas vezes em 2009. Fatos como esse são cicatrizes que nos amadurecem mais rapidamente. Precisaremos de ti logo, para subsstituir uma geração que certamente estará feliz ao passar o bastão pra ti.
Minha solidariedade e grande beijo.
Prezada Deputada,
ResponderExcluirAcompanho a sua atuação parlamentar dia a dia. Leio notícias nos jornais, revista etc que fico perplexas com a irresponsabilidade de quem as escreve. Não se preocupe com o jornalista. Sugiro, não sei se é possível, que ele faça uma retratação para que atinja a todos que ouviram e leram a inverdade por ele publicada.
Acho o jornalismo uma profissão maravilhosa, mas tenho observado que muitos jornalistas não trazem à verdade com provas. São suposições.
Anônimo.
Olá Manuela.
ResponderExcluirOntem para mim foi um dia intenso, estava na Sala da Redenção assistindo ao documentário "Notícias de uma outra cidade", na comemoração do 10 anos do Jornal Boca de Rua. Pude ver você no documentário de 2004, jornalista e vereadora de Porto Alegre, falando da democratização da comunicação. Você tem trajetória na luta pela democratização da comunicação.
O que acontece Manu, é que toda vez que se fala em controle social da comunicação a mídia empresarial começa a falar em censura. Essa tônica estava na CONFECOM, você sabe melhor que eu, nosso amigo Altamiro Borges que o diga.
Você é uma referência positiva para todos nós que lutamos por uma sociedade de plenos direitos, e, como diz o Gonzaguinha, "não vamos deixar ninguém chegar com sacanagem".
A hora é essa, vamos ganhar. A festa da democracia vai começar, com a cara da nova política na Câmara para continuara acontecendo.
Abração. Olha meu blog a matéria do Boca de Rua: http://igordefato.blogspot.com/2010/08/jornal-boca-de-rua-10-anos.html
Prezada Deputada,
ResponderExcluirTambém sou jornalista, acompanho sua trajetória já há algum tempo e minha dissertação de Mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de Juiz de Fora teve o foco da retomada do interesse pelo jovem, dedicando boa parte do trabalho à sua pessoa, jovem, engajada e "apaixonada" pela política.
Trabalho há 17 anos na área de comunicação (hoje, com 33 de idade, me orgulho em dizer que passei a maior parte da minha vida dentro da área do que fora!), sou filho de jornalista "das antigas", que levou muita cacetada de militar nas ruas de São Paulo pra que hoje eu pudesse ter o direito de me expressar.
Não acredito, nem por um momento, que você se prestaria a ir contra a liberdade de expressão, ao livre pensamento e à manifestação de idéias. Contudo, não acredito, nem por um mísero momento, que o chamado "controle social da comunicação" seja algo benéfico em um estado democrático de direito.
Resguardadas as devidas proporções, puxemos pela memória o que aprendemos em nossas aulas de História: todos os grandes ditadores começaram por exterminar a liberdade de imprensa. Informação é poder, e quem controla a informação controla o povo.
Acredito, sinceramente, que a imprensa deva ser livre, até para os excessos. Em caso de difamação, calúnia, ou até mesmo a notícia errada em um site, há o remédio jurídico, o DIREITO DE RESPOSTA, garantido pela Constituição Federal, além da recém-criada "indústria do dano moral", que visa lucro em detrimento da retratação da honra.
Apesar de ser eleitor de Minas Gerais, me manifesto em seu blog por sempre acompanhar sua trajetória política (com uma certa "inveja" do Rio Grande do Sul por contar com uma política de seu gabarito!), e quis expressar minha opinião no episódio da "notícia enganosa" a seu respeito.
Um grande abraço e força durante a campanha. Sua reeleição representa uma grande vitória não só para RS, e sim para todo o Brasil!
Manu,
ResponderExcluirLinda mensagem. Humana, firme e terna como você e sua atenção.Faz parte da vida as adversidades e as injustiças. Siga sempre com essa garra e a beleza de sua alma íntegra e generosa lutando por um mundo mais justo e mais solidário. Beijos
Kátia Souto