sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Direitos humanos
Essa semana fui indicada pelo meu Partido para presidir a Comissão de Direitos Humanos e minorias da Câmara Dos deputados. A eleição deve ocorrer na próxima quarta. Devo confessar que é uma responsabilidade nova e que me deixou animada e reflexiva.
Animada porque trabalho sempre anima. Ainda mais porque poderei ajudar ainda mais ao Brasil. Temas como trabalho escravo, situação dos jovens dependentes químicos, direitos das mulheres, dos negros, da comunidade LGBT. pensar propostas que garantam liberdade na comunicação... A situação dos nossos presidios, a
Vida nas grandes cidades. Tudo isso e mais um tanto serão grande parte da minha rotina em Brasília.
Reflexiva por razões partidárias. Serei a primeira presidenta do PCdoB nessa comissão. Meu partido, com sua trajetória marcada pela ilegalidade imposta por governos autoritários, meu partido com militantes mortos e torturados. Sou de outra geração. E fico emocionada e orgulhosa dos mais antigos saberem que carrego os mesmos compromissos de um Brasil desenvolvido e que garanta dignidade para todos.
Animada porque trabalho sempre anima. Ainda mais porque poderei ajudar ainda mais ao Brasil. Temas como trabalho escravo, situação dos jovens dependentes químicos, direitos das mulheres, dos negros, da comunidade LGBT. pensar propostas que garantam liberdade na comunicação... A situação dos nossos presidios, a
Vida nas grandes cidades. Tudo isso e mais um tanto serão grande parte da minha rotina em Brasília.
Reflexiva por razões partidárias. Serei a primeira presidenta do PCdoB nessa comissão. Meu partido, com sua trajetória marcada pela ilegalidade imposta por governos autoritários, meu partido com militantes mortos e torturados. Sou de outra geração. E fico emocionada e orgulhosa dos mais antigos saberem que carrego os mesmos compromissos de um Brasil desenvolvido e que garanta dignidade para todos.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Salário
Ontem não foi um dia simples. Mas escrevo com a tranquilidade de quem fez a escolha pelo que esta mais próximo do correto.
Há muitos anos lutamos pela valorização do salário mínimo. O senador Paim sempre defendeu que p mínimo chegasse a U$ 100. Chegamos aos 300. Isso foi possível com a
Política implementada por Lula de valorização e recuperação do mínimo. Poucos sabem. Anualmente o reajuste é concedido com base na soma da inflação e o crescimento do PIB. Esse foi o caminho para chegarmos ao valor atual.
O que a presidente Dilma fez? Mandou para o congresso o projeto que torna lei o acordo da política do salário mínimo. Ou seja, não depende mais da vontade do presidente. Esta escrito na lei. Essa foi uma das maiores vitorias recentes dos trabalhadores. Há muitos anos estava na pauta. A aprovação garante que novas pautas ganhem centralidade: jornada, salários iguais para mulheres.
Mas Ontem tambem fomos votar o valor do reajuste. O que aconteceu? 2009 foi um ano de crise econômica mundial. PIB foi zero. Aumento menor.
Não era o que o PCdoB queria. O que propusemos? Antecipar parte do aumento do próximo ano. O
Governo não aceitou, apresentou dezenas de razões económicas. Nós temos nossas duvidas. Mas nossa bancada inteira decidiu que o certo seria votar com nosso. Governo. Tínhamos duas opções: dar um
Voto de confiança na Presidente que foi eleita com nosso voto e em sua equipe ou passar a acreditar que os DEM e PSDB se preocupam
Com os trabalhadores. Fizemos a escolha do projeto. Do todo. De confiar no governo do PROUNI, das escolas técnicas, da farmácia
Popular, universidades federais, 15 milhões de empregos. No governo da política nacional do salário mínimo.
Não foi perfeito. Mas estou com a consciência tranqüila.
Há muitos anos lutamos pela valorização do salário mínimo. O senador Paim sempre defendeu que p mínimo chegasse a U$ 100. Chegamos aos 300. Isso foi possível com a
Política implementada por Lula de valorização e recuperação do mínimo. Poucos sabem. Anualmente o reajuste é concedido com base na soma da inflação e o crescimento do PIB. Esse foi o caminho para chegarmos ao valor atual.
O que a presidente Dilma fez? Mandou para o congresso o projeto que torna lei o acordo da política do salário mínimo. Ou seja, não depende mais da vontade do presidente. Esta escrito na lei. Essa foi uma das maiores vitorias recentes dos trabalhadores. Há muitos anos estava na pauta. A aprovação garante que novas pautas ganhem centralidade: jornada, salários iguais para mulheres.
Mas Ontem tambem fomos votar o valor do reajuste. O que aconteceu? 2009 foi um ano de crise econômica mundial. PIB foi zero. Aumento menor.
Não era o que o PCdoB queria. O que propusemos? Antecipar parte do aumento do próximo ano. O
Governo não aceitou, apresentou dezenas de razões económicas. Nós temos nossas duvidas. Mas nossa bancada inteira decidiu que o certo seria votar com nosso. Governo. Tínhamos duas opções: dar um
Voto de confiança na Presidente que foi eleita com nosso voto e em sua equipe ou passar a acreditar que os DEM e PSDB se preocupam
Com os trabalhadores. Fizemos a escolha do projeto. Do todo. De confiar no governo do PROUNI, das escolas técnicas, da farmácia
Popular, universidades federais, 15 milhões de empregos. No governo da política nacional do salário mínimo.
Não foi perfeito. Mas estou com a consciência tranqüila.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
A quem serve não debater?
Sou apaixonada por debate. Sim! Adoro ouvir opiniões favoráveis, contrárias, críticas, elogios. E não tenho muita paciência com quem não gosta de ouvir. O relator do código florestal veio ao Rio Grande no domingo. Como eu coordeno a bancada de deputados federais e senadores do estado, imediatamente dei um jeito de encaixarmos na agenda dele um debate. para que apresentasse suas ponderações e os deputados pudessem fazer as suas. Como saldo teremos uma audiência pública (acho que dia 14) na Assembléia Legislativa para que a sociedade possa conhecer, opinar etc. Porque deputados não são pagos para fazer discursos, apenas. Nossa obrigação é conhecer o projeto, emendar, destacar, construir soluções concretas. E, preferencialmente, ouvindo muito a população.
Adivinhem? Tem gente que questionou eu organizar a reunião! Deveriam questionar se eu ficasse parada, esperando as coisas acontecerem. Adianto: estou esperando no email (dep.manuela@gmail.com) todas as opiniões, dúvidas e críticas ao código. Aproveitarei todas as opiniões para construir meu voto.
Adivinhem? Tem gente que questionou eu organizar a reunião! Deveriam questionar se eu ficasse parada, esperando as coisas acontecerem. Adianto: estou esperando no email (dep.manuela@gmail.com) todas as opiniões, dúvidas e críticas ao código. Aproveitarei todas as opiniões para construir meu voto.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
A distância entre nós
há dois anos li uma obra com esse título. Creio que tratava das castas na complexa sociedade indiana. A expressão surgiu naturalmente ao pensar no conteúdo desse texto: a distância gigantesca entre representantes e representados na sociedade brasileira.
Ontem participei da entrega do prêmio Anu, da CUFA. A entidade é hoje, em minha opinião, uma das maiores referências na batalha em dar voz aos jovens e visibilidade aos problemas (in)visíveis das periferias brasileiras. Evidente que não é perfeita. Mas trabalha muito bem. O ato foi muito impactante. Jovens da periferia no refinado teatro Municipal da antiga capital federal. Pouquíssimos eram os políticos ali presentes. Por que falo sobre isso? Porque por ali passam respostas para problemas graves da Nossa sociedade, por exemplo, o combate ao consumo de crack e Outras drogas; alerta sobre aumento de casos de HIV entre jovens. É óbvio que a ausência por si só não significa ignorar a CUFA e os temas importantes. Poderia falar de tantas outras pautas... Citar por exemplo os direitos dos homossexuais que avançam a passos largos no Poder Judiciário e que não avançam um milímetro no Congresso. Ou falar que somos apenas 8% de mulheres no parlamento e que essa desproporção não equivale ao que vivemos na sociedade brasileira.
A que se deve esse abismo? são muitos fatores, creio eu. mas o principal deles é nosso sistema eleitoral. É ele que permite que parlamentares sejam eleitos sem bandeiras, sem programa. partidos em que posições não são claras. Falta de mecanismos para controle público, falta transparência.
Falta entender que a democracia é representativa, ou seja, representamos ideais, propostas. E elas renovam-se no
Convívio permanente com quem representamos. No convívio com os problemas da sociedade, com as
Soluções criativas que nossa população constrói.
Assim, superamos a distancia existente
Entre as instituições políticas e a sociedade. E fortalecemos a democracia.
Ontem participei da entrega do prêmio Anu, da CUFA. A entidade é hoje, em minha opinião, uma das maiores referências na batalha em dar voz aos jovens e visibilidade aos problemas (in)visíveis das periferias brasileiras. Evidente que não é perfeita. Mas trabalha muito bem. O ato foi muito impactante. Jovens da periferia no refinado teatro Municipal da antiga capital federal. Pouquíssimos eram os políticos ali presentes. Por que falo sobre isso? Porque por ali passam respostas para problemas graves da Nossa sociedade, por exemplo, o combate ao consumo de crack e Outras drogas; alerta sobre aumento de casos de HIV entre jovens. É óbvio que a ausência por si só não significa ignorar a CUFA e os temas importantes. Poderia falar de tantas outras pautas... Citar por exemplo os direitos dos homossexuais que avançam a passos largos no Poder Judiciário e que não avançam um milímetro no Congresso. Ou falar que somos apenas 8% de mulheres no parlamento e que essa desproporção não equivale ao que vivemos na sociedade brasileira.
A que se deve esse abismo? são muitos fatores, creio eu. mas o principal deles é nosso sistema eleitoral. É ele que permite que parlamentares sejam eleitos sem bandeiras, sem programa. partidos em que posições não são claras. Falta de mecanismos para controle público, falta transparência.
Falta entender que a democracia é representativa, ou seja, representamos ideais, propostas. E elas renovam-se no
Convívio permanente com quem representamos. No convívio com os problemas da sociedade, com as
Soluções criativas que nossa população constrói.
Assim, superamos a distancia existente
Entre as instituições políticas e a sociedade. E fortalecemos a democracia.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Filme + Livro
Odeio quando sou obrigada a discordar de quase todos os amigos e de todos que entendem mais de algo do que eu. Não sou e nunca fui expert em cinema. Mal tenho tempo de assistir a algum filme. Mas me desloquei até o cinema para assistir "Cisne Negro". Achei uma grande interpretação do elenco, bela maquiagem. Mas... Achei o tratamento dado ao universo do esquizofrênico caricato. Saúde mental não cabe em estereótipos. Lutamos muito para que as pessoas sejam tratadas com dignidade para ver mais um filme em que a doença vira o horror. Achei, por isso, um filme mediano. Desculpa a todos os entendidos.
Nas férias li, por sugestão de minha amiga Cris, "Maldito Karma", de David Safier. Ri demais. Leve, engraçado. Livro para férias. De fato ou da cabeça.
CONFISSÃO
Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!
Mario Quintana
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!
Mario Quintana
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Um novo mandato
Assumir um novo mandato de deputada federal é bastante emocionante. Lembro de cada detalhe de minha posse anterior. A dor no estômago, a expectativa, os planos de trabalho.
Muitas coisas mudaram nesses quatro anos. E eu acredito que para melhor.
Se é verdade que não carrego mais o olhar e sorriso tão ingênuos, se já não confio em tantos quanto antes, também é verdade que trago uma convicção maior da Necessidade de lutarmos para o Brasil se desenvolver.
O que mais mudou?
Mudou a visão que eu tinha da Câmara. Ao olhar de perto conheci muitos homens e mulheres que trabalham duro e que, com distintas visões políticas e ideologicas, lutam para construir o desenvolvimento do Brasil. Eles existem. Apesar dos tantos que afetam duramente a imagem do Congresso e colocam sempre em descrédito o trabalho parlamentar. Aprendi a reconhecer o grito demagógico de alguns e o silêncio barulhento e avassalador de outros. Aprendi a respeitar ainda mais as diferenças e me tornei intolerante com a intolerância, Com gente que se
Julga dono da verdade.
Nesses quatro anos percebi que manter o mandato próximo da população é uma das mais difíceis missões. Quebrei a cabeça, estive presente em todas as regiões do estado. Física e virtualmente. Por que? Porque ouvir as pessoas se tornou a minha principal aliança para enfrentar dilemas e desafios. A lição simples, da mulher
Chefe de família da Vila Cruzeiro supera, muitas vezes, grandes teses acadêmicas.
Nossa equipe se refez a medida em que novos desafios surgiram. Isso sempre me lembra Neruda: " nós dois, os dois de então, já não somos mais ou mesmos". Por que? Porque nesses quatro anos grande parte de Nossas vitórias aconteceu pela capacidade de Nossa equipe: trabalho com paixão,entusiasmo, disciplina. E se a equipe está mudando é porque as pessoas cresceram e podem ocupar novos e importantes espaços.
Agora serão mais quatro anos. A posse tem um gosto diferente. A responsabilidade é ainda maior. A posse agora é a possibilidade de prosseguirmos o trabalho. E também de reinventar o trabalho (porque não há contradição em
Seguir e seguir mudando, amadurecendo idéias e equipe). A posse agora é de mais gaúchos e gaúchas que sonham com um mundo justo.
Enfim, a posse é um momento de importantes reflexões. Sobre o tanto de trabalho que esta por vir.
A posse é pensar no Congresso durante o governo Dilma e suas difíceis e decisivas missões. É um Congresso capaz de ajudar nas grandes reformas que o nosso povo necessita? Conseguiremos ser um Congresso que eleve o patamar das discussões e impulsione, em parceria com os movimentos sociais, mudanças progressistas no Brasil?
Tudo isso aparece na cabeça enquanto me arrumo para tomar posse pela segunda vez. Aparece também uma certeza: nosso mandato fará a sua parte.
Muitas coisas mudaram nesses quatro anos. E eu acredito que para melhor.
Se é verdade que não carrego mais o olhar e sorriso tão ingênuos, se já não confio em tantos quanto antes, também é verdade que trago uma convicção maior da Necessidade de lutarmos para o Brasil se desenvolver.
O que mais mudou?
Mudou a visão que eu tinha da Câmara. Ao olhar de perto conheci muitos homens e mulheres que trabalham duro e que, com distintas visões políticas e ideologicas, lutam para construir o desenvolvimento do Brasil. Eles existem. Apesar dos tantos que afetam duramente a imagem do Congresso e colocam sempre em descrédito o trabalho parlamentar. Aprendi a reconhecer o grito demagógico de alguns e o silêncio barulhento e avassalador de outros. Aprendi a respeitar ainda mais as diferenças e me tornei intolerante com a intolerância, Com gente que se
Julga dono da verdade.
Nesses quatro anos percebi que manter o mandato próximo da população é uma das mais difíceis missões. Quebrei a cabeça, estive presente em todas as regiões do estado. Física e virtualmente. Por que? Porque ouvir as pessoas se tornou a minha principal aliança para enfrentar dilemas e desafios. A lição simples, da mulher
Chefe de família da Vila Cruzeiro supera, muitas vezes, grandes teses acadêmicas.
Nossa equipe se refez a medida em que novos desafios surgiram. Isso sempre me lembra Neruda: " nós dois, os dois de então, já não somos mais ou mesmos". Por que? Porque nesses quatro anos grande parte de Nossas vitórias aconteceu pela capacidade de Nossa equipe: trabalho com paixão,entusiasmo, disciplina. E se a equipe está mudando é porque as pessoas cresceram e podem ocupar novos e importantes espaços.
Agora serão mais quatro anos. A posse tem um gosto diferente. A responsabilidade é ainda maior. A posse agora é a possibilidade de prosseguirmos o trabalho. E também de reinventar o trabalho (porque não há contradição em
Seguir e seguir mudando, amadurecendo idéias e equipe). A posse agora é de mais gaúchos e gaúchas que sonham com um mundo justo.
Enfim, a posse é um momento de importantes reflexões. Sobre o tanto de trabalho que esta por vir.
A posse é pensar no Congresso durante o governo Dilma e suas difíceis e decisivas missões. É um Congresso capaz de ajudar nas grandes reformas que o nosso povo necessita? Conseguiremos ser um Congresso que eleve o patamar das discussões e impulsione, em parceria com os movimentos sociais, mudanças progressistas no Brasil?
Tudo isso aparece na cabeça enquanto me arrumo para tomar posse pela segunda vez. Aparece também uma certeza: nosso mandato fará a sua parte.