Ontem começou o julgamento no STF sobre a união homoafetiva. Ouvi o voto de Ayres Britto feliz. Carrego a sensação de quem não entende (racional e emocionalmente) como alguém pode se achar no direito de decidir quem pode ou não pode amar e ser amado. Quem perde com o amor dos outros? O que interfere na vida de um heterossexual permitir a um casal homossexual partilhar legalmente as suas coisas? Hoje teremos a continuidade desse julgamento. Tenho uma esperança gigantesca que o STF interprete a lei da forma que eu interpreto, permitindo a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Vi o julgamento aqui do gabinete, pela TV. Passei a manhã em BH palestrando sobre “tecnologias da informação e políticas públicas” num encontro fantástico da Associação Mineira de Municípios. Aqui na Câmara estavam acontecendo negociações sobre o relatório do novo código florestal.
Tentei ir ao STF e não consegui entrar por estar sem blazer – muitos de vocês leram isso na imprensa. Fico chocada com esse tipo de regra por vários motivos. O primeiro deles e principal é que uma instituição que tem o papel de assegurar a justiça ao País não poderia negar acesso a nenhuma pessoa. O segundo motivo é um Poder (o judiciário) impor regras a membros de outro poder (o legislativo). Imaginem se a Câmara fizesse isso com algum Ministro do STF! Escândalo! O terceiro deles a invenção de que o traje formal das mulheres é com blazer! Meu deus. Eu estava de vestido, salto, meia calça . Um traje de fato formal. Não entendem nada de formalidade. Não pode ser casaco. Tem que ser blazer. Ou seja, casaco de manga longa sem o corte de um blazer, não. Camiseta, calça e blazer, sim. Sem sentido algum. Não é o traje formal. É o blazer!!!!
Mas o blazer é o de menos. Minha seriedade nem a de ninguém é medida pela roupa. Espero que um dia quem tem o papel de zelar pela justiça também compreenda isso.
Agora, milhares de brasileiros vestem o blazer e gritam: senhores ministros qualquer maneira de amar vale a pena!
O mais interessante é que o Judiciário deveria ser o mais democrático dos poderes. Acessível a todos. Estagiários de Direito para assistirem audiências em Tribunais, necessitam de terno e gravata. Alguns têm condições, e os demais? como poderão atender às exigências das Universidades de horas de audiências? O Brasil não aprendeu que o que importa é o conteúdo, e não a forma.
ResponderExcluirÉ necessária uma reforma urgente no Judiciário, eles parecem viver ainda no século 19, uma das coisas que atrapalha muito o desenvolvimento do Brasil, é a Justiça, que é antiquada, lenta, corrupta e elitista! Precisamos de uma Justiça, simples, rápida, eficiênte e igual para todos os cidadãos!!!
ResponderExcluiraiii essas besteiras me irritam sabia?? Eles deveriam se preocupar com as coisas mais importantes!!bjs menina
ResponderExcluirEstive em sua palestra no congresso em BH e me tornei sua fã como mulher, política séria e comprometida com o público. Sou mineira e não voto em vc. Ideologias partidárias à parte, confesso q adorei ouvir vc. Trouxe até uma foto ao seu lado... Qto ao uso do blazer, importante entender q a Justiça é um dos poderes que menos se moderniza em todas as áreas... Faltam cabeças novas e renovadas lá, assim como está acontecendo no Congresso e nas esferas estaduais e municipais. Parabéns! Vc me surpreendeu...
ResponderExcluirParticipei de sua palestra em BH. Mesmo sem blazer, você deu um show de conhecimento, de incentivo e inspiração para uma nova postura política aqui em nosso Estado.
ResponderExcluirPoxa vida, e não apareceu uma alma boa para emprestar um blazer para essa mulher!
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