terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pílulas dos meus 30 anos II

Minha família é uma família de mulheres. Minha mãe, quatro filhas (apenas o caçula dos cinco Filhos é homem!). Mas, mesmo assim, muito do que carrego comigo, em meu cotidiano, veio de meu pai. A paixão por crianças e a cara de pau de brincar com qualquer uma na rua; as piadas sem graça com o objetivo de "testar o humor" dos outros; o hábito de não presentear em datas específicas e, de maneira absolutamente extemporânea, comprar um belo presente ou comprar tomates na feira porque lembrou que o amigo adora tomates e aqueles eram os melhores. Certamente, Carrego alguns defeitos dele também e tento não carregar outros. 
Mas, a grande lição de meu pai foi o idealismo com que construiu sua vida. Viver aquilo que acreditamos. Meu pai é um tipo que dá aulas de reforço para os alunos da faculdade   em casa.  Ou que senta-se no
chão, em frente ao ônibus lotado que vai ao campus universitário, como protesto individual. Ou
Que ajuda a criar três filhas sem nunca diferenciar de seus biológicos.
Ele acredita em mundo melhor. E me ensinou a lutar para construí-lo.
Ele é um dos culpados por minha rebeldia. Transformei em militância partidária aquilo que ele vive dentro de casa.

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