Sentara-se no sofá como se fosse o único lugar, seu único canto no mundo. Cobrira-se com tanta coberta que sentiu-se no calor do útero. Ou naquilo que imaginava ser o útero: o lugar do nada. De um nada agradável. Nada de esforço, nada de pensamento, apenas os órgãos, os sentidos. Apenas as sensações. Parou. Permaneceu assim durante todo o dia de domingo. Olhava sem ver, falava sem pensar. Estática.
Nutrindo-se daquilo que o útero poderia lhe dar de maior: amor.
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