quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Primeiros debates

Primeiro turno de debates está sendo incrível! Como lamento estar sem o twitter!
Tivemos um belo debate com mais de 15 expositores. Três, em especial, me chamaram a atenção.
Um francês, chamado Bercis, presidente da Associação dos Novos direitos humanos, membro da comissão nacional francesa de Direitos Humanos. Ele tratou dos chamados novos direitos humanos e da questão das diferenças entre oriente e ocidente. E afirmou que a China deveria ser o porta voz de novos direitos básicos para a sociedade. Direitos como a paz, num mundo em que os EUA conduzem tantas guerras. Direitos como a liberdade religiosa e o estado laico, num mundo cada vez mais intolerante. Direitos como a ciência que liberta (sem patentes), ciência para todos e não para alguns.
Outra ótima apresentação foi do holandês Zwart, professor de Direito de Utrecht, uma das maiores universidades do mundo. Fez uma belíssima apresentação sobre diferenças culturais e pactos nacionais em torno de direitos.
E como cada povo tem o direito de não ser padronizado.
Tambem gostei do Ye Xiaower, vice-presidente da sociedade Chinesa por direitos humanos. Ele falou sobre o "desenvolvimento cientifico e harmonioso" chinês (nome dado por eles a atual etapa de desenvolvimento). E defesa do fim das contradições dos direitos humanos construídas durante a
Guerra fria. Naquele período (como coloquei no post anterior) a escola francesa e norte-americana defendiam o ápice do individualismo. Os soviéticos, o ápice do Estado.
Estamos, afirma Ye, na fase de supermos isso: precisamos de direitos humanos que garantam a radical participação do indivíduo, sim. Mas tambem precisamos radicalizar a participação do indivíduo no desenvolvimento econômico. Radicalizar a liberdade individual garantindo papel do estado. Superar a fase de um ou outro.
Grande começo!
Já deu para sentir: o grande esforço dos chineses, indianos e demais países orientais é mostrar que existe uma antiga cultura e valores distintos dos ocidentais mas não por isso pior.
E eles estão certos. O mundo precisa entender que não tem um lado bom e outro ruim. Tem dois lados diferentes. Que podem ensinar e aprender mutuamente.

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