Com os cotovelos empurrou o idoso que lentamente caminhava até o portão de embarque, também usou o corpo para se antecipar à mãe com os gêmeos, um em cada braço. Não vacilou ao ultrapassar a cadeira de rodas e a mulher com aos mãos no quadril, a espera do primeiro filho. Sim. Ele não tinha mais de 60, não era cadeirante, não estava acompanhado de crianças e nem estava grávido, por óbvio. Também não era passageiro da classe executiva e não possuía nenhum daqueles cartões especiais de milhagens. Tinha apenas pressa. Pressa de entrar no avião, apertar o cinto e rezar. Afinal, no avião era aceitável rezar.
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