sábado, 10 de dezembro de 2011

Liberdade

Não entendi o porquê, esse post saiu da ordem. Talvez para lembrar que já faz mais de um ano.

Um ano

Ele perguntou: "tem algo, qualquer coisa, que proporcione prazer vinte ou trinta vezes ao dia?". A resposta é não. Nem para quem, como eu, é apaixonada pela comida e vive em constante guerra com a balança. O cigarro é um prazer permanenete, uma companhia leal.
Os cigarros de antes, os cigarros de durante, os cigarros de depois. Um melhor que outro.
Só não era melhor o cheiro. Só não era legal o cansaço, só não era legal a imunidade que baixava, só não era legal a ansiedade gerada pela falta.
Eu não seria feliz, por exemplo, se tivesse um marido que mandasse em mim e me fizesse submissa. E, aos poucos, percebi que meu casamento com cigarro funcionava assim.
Mas Não esperem de mim a mentira. Quem fuma sabe e sente o prazer de fumar. A escolha que a vida nos impõe é sobre o prazer e a razão.

Às 15 horas do dia 10 de dezembro de 2010, fumei meu último cigarro. Fui para acupuntura (a laser) e de lá, a noitinha, para um restaurante japonês.
Depois, vivi um processo jamais imaginado: não dormia direito, sentia o cheiro da nicotina saindo da minha pele, sonhei algumas vezes que fumava, meu humor foi alterando, engordei dez quilos (tanto pela ansiedade quanto por ter que aprender a lidar com um corpo sem a química!).
Mas, Junto a isso minha vitalidade e energia foram retornando, minha pele perdeu aquele tom opaco dos fumantes, passei a sentir o gosto do biscoito de maizena, viajar de avião por doze ou vinte horas tornou-se fácil, não passo frio na entrada dos lugares.
Hoje, completo um ano de 365 dias. Com um dia de cada vez fiquei livre do cigarro. Sei e sinto o sabor de cada um deles.

3 comentários:

  1. oh! Manuela, parabéns! E força pra continuar, posso imaginar o quanto deve ser difícil e também as alegrias deste lado de não-fumante. Nunca fumei. Mas, não consigo imaginar minha vida sem café. Beijos. E coragem!

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