Encerramos o Bairro a Bairro na da zona leste na Vila Pinto.
sábado, 30 de junho de 2012
Bairro a Bairro em fotos 22
Na Vila Grécia o esporte ajuda a ocupar os dias das crianças, em mais uma ação voluntária, de quem quer e faz a diferença. Nosso povo dá exemplo mais uma vez.
Bairro a Bairro em fotos 20 e 21
Na zona Leste, junto com as comunidades Divineia e Mato Sampaio, caminhei até a creche 3 Corações. Ricas histórias, especialmente de quem cuida das crianças.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Bairro a Bairro em fotos 18 e 19
Mais uma da Nova Chocolatão: nem as dificuldades mais sérias tiram o sorriso dessas mulheres.
Aqui na zona Leste, com mulheres que fazem a diferença e que ensinam os moradores a transformar o lixo em renda: mudam a vida das pessoas.
Aqui na zona Leste, com mulheres que fazem a diferença e que ensinam os moradores a transformar o lixo em renda: mudam a vida das pessoas.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Licença
Queridos amigos, queridas companheiras de caminhada:
Há alguns dias estou com uma gripe forte, com sinusite e acabei perdendo a voz! Por isso, hoje entrei com um pedido de licença para me restabelecer da gripe e ficar boa para todos os desafios.
Além disso, tomei uma decisão séria provocada por muitas reflexões: decidi me licenciar da câmara dos deputados. Sou uma deputada que honra todos os compromissos, trabalha intensamente e faz do mandato um instrumento de transformação social.
Por estar me dedicando, também, à construção de minha candidatura à prefeita, julgo que não conseguirei trabalhar tanto quanto estou acostumada em Brasília. Tenho muito honra de ser deputada federal e não considero justo receber meu salário sem dedicação exclusiva.
Em meu lugar assumirá um companheiro tão comprometido quanto eu, Vicente Selistre, do PSB. Ele dará seguimento a todos os meus projetos e passarei todos os pleitos a ele.
Obrigada pela compreensão.
Tenho certeza de que faço o mais correto para honrar os votos que sempre recebi.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Bairro a Bairro em fotos 16
No centro social Antônio Gianlli, um ótimo exemplo. Mais um ótimo exemplo das pessoas que se organizam para superarem os problemas.
Bairro a Bairro em fotos 14
Ainda na Vila Ecológica e na Gaúcha, fizemos uma caminhada no domingo, conversando com as pessoas. Bruninha, que é um exemplo pra mim, me falava da situação que as crianças enfrentam.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Bairro a Bairro em fotos 13
Na Vila Gaúcha e na Vila Ecológica, mais uma vez fomos recebidos pelos moradores com todo carinho e vimos de perto os desafios que enfrentam todos os dias.
domingo, 24 de junho de 2012
Emoção
Não canso de dizer o quanto a vida tem me permitido viver emoções fortes e bonitas. Ontem, vivi um dia cheio dessas emoções. Tivemos a convenção de meu partido que homologou minha candidatura à prefeita. Ali, encontrei gente que sei da vida, das lutas, da família. E encontrei gente desconhecida, gente que não sei o nome, nem o endereço, mas que tem comigo uma identidade muito forte: o mesmo sonho de construir uma cidade mais humana, mais desenvolvida, mais ousada!
Sou como um copo vazio que fica cheio de energia e força quando me encontro com essa gente toda. E essa coragem, essa garra, essa convicção de que é possível, sim, construir soluções novas para esses problemas antigos, isso está tatuado em mim.
A política tem que ser feita para mudar a vida das pessoas. Ontem, mais uma vez, tive certeza que vale a pena.
O que posso dizer? Obrigada. Obrigada pela generosidade e por fazerem de mim instrumento de luta pelos nossos sonhos.
Aqui, meu discurso (a parte escrita pois improvisei quase tudo!)
Queridos amigos, queridos dirigentes partidários, queridos companheiros de caminhada.
Todos os homens e mulheres que almejam construir uma sociedade mais justa precisam saber ouvir a população com o coração aberto e ter muita humildade para aprender.
A arrogância é um dos piores vícios da política.
Ontem, lembrando de nossa convenção, que aconteceu aqui, exatamente aqui, há quatro anos, eu pensava: o que mudou de 2008 para 2012? O que aprendemos? O que aprendi?
De onde sai a nossa convicção de que podemos oferecer um projeto alternativo, melhor para a nossa cidade?
De nossa parte, minha, de meu partido, o PcdoB, dos nossos partidos aliados PSB, PSC, PSD e PHS, posso dizer que nós amadurecemos ainda mais.
Esses quatro anos foram intensos.
Nos conectamos com as experiências mais modernas de gestão que existem no país e no mundo.
Nesses 4 anos, tive a oportunidade de trabalhar ao lado dos presidentes Lula e Dilma, ajudando a mudar profundamente o nosso Brasil.
Nesse tempo em que nós amadurecemos, o Brasil mudou muito.
Nosso país avançou no combate a pobreza extrema, a renda média do brasileiro cresceu, mais pessoas tiveram acesso à universidade e nos tornamos uma Nação com mais protagonismo mundial.
O Brasil mostrou que é possível governar com competência e com o coração. Que é possível fazer desenvolvimento e justiça social ao mesmo tempo. Não há contradição!
O Brasil elegeu a primeira mulher Presidente em sua história.
Sim, podemos dizer que o Brasil mudou muito, e para melhor.
Nós amadurecemos, o Brasil mudou. Vivemos um grande momento para as cidades!
E Porto Alegre? Como se posiciona nessas mudanças? Qual papel nossa cidade cumpre nesse Brasil que está mudando?
Nós dizíamos, há quatro anos, que a cidade precisava construir um caminho novo, uma alternativa mais avançada, com a superação de falsos dilemas.
Dizíamos que a prefeitura deveria ser mais protagonista no Brasil, mais moderna, deveria ter liderança e ser mais empreendedora.
Concorri em 2008, porque faltavam creches para as mães trabalhadoras; porque o sistema de saúde da cidade atendia mal as pessoas; porque estávamos perdendo a qualidade do nosso Transporte Coletivo, até bem pouco tempo atrás exemplo para o Brasil; porque a insegurança ameaçava a todos – sejam as pessoas mais pobres vitimas do tráfico e da violência, sejam as famílias de classe média vitimas do assalto e também das drogas.
A renda média das famílias de Porto Alegre não aumentou na última década. Nosso trânsito piorou.
E é exatamente por isso que estamos reunidos aqui novamente, quatro anos depois.
Temos um passivo de problemas sociais e temos a obrigação de nos projetarmos para o futuro. Por isso concorro novamente a prefeita.
Meu adversário nessa eleição não é o Prefeito da cidade. Não é ele quem nós vamos desafiar nessa campanha.
Meus adversários são os problemas da cidade, os problemas da população, e eles que eu vou sim desafiar: a crise da saúde, a falta de creches, a perda de qualidade do ensino.
É a eles que eu quero vencer, porque eu acredito em Porto Alegre. Se o Brasil pode mudar, se outras cidades, algumas bem perto daqui, podem mudar, é claro que Porto Alegre também pode.
Eu quero ser Prefeita para interromper esse ciclo em que os governos mudam, mas os mesmos problemas ficam.
Meus adversários são os problemas da população e meus aliados, queridos presidentes dos partidos de nossa candidatura, meus aliados são as pessoas de nossa cidade.
Sejam os técnicos capazes de construir soluções não aproveitadas aqui, seja o povo que conhece sua realidade e sente na pele a necessidade de avançarmos.
Cada cidade tem a sua alma, a sua essência de espírito. E na alma de Porto Alegre estão marcadas de maneira bem forte três vocações: pioneirismo, coragem de mudar, e a inconformidade com as injustiças sociais. Por isso Prefeitos como Loureiro da Silva, Leonel Brizola e Olívio Dutra são ícones na nossa história.
Loureiro com sua ousadia de planejar o futuro, Brizola fazendo de nossa cidade a capital nacional da educação, Olívio Dutra fazendo da cidade exemplo mundial de participação popular. Os três foram pioneiros, os três promoveram grandes mudanças, os três deixaram o legado de uma cidade mais justa.
Eu quero ser uma Prefeita que encarne essa alma, e fazer um governo que se reencontre com o espírito que sempre marcou essa cidade. O espírito corajoso, moderno, inovador. Nunca tivemos medo de inovar! Foi assim em toda nossa história!
Por que queremos reencontrar esse espírito? Porque não queremos ser a 18ª capital do Brasil em cobertura da rede de saúde da família, como acontece hoje. O lugar de Porto Alegre é ser a capital com o melhor serviço de saúde pública do Brasil. Porque não queremos ser, entre as três capitais da região Sul, a que tem a menor cobertura de creches.
Queremos ser a capital nacional do cuidado com a infância, de verdade, e não só na propaganda.
Porque nós não nos conformamos em ter índices de roubo e furtos maiores que os de São Paulo, e achamos que segurança é, sim problema do Prefeito. Se o Prefeito de Canoas assumiu com eficiência a mobilização da cidade contra a violência, porque o de Porto Alegre não pode fazer o mesmo? Pois bem, se o Prefeito não assumiu, a Prefeita vai assumir essa responsabilidade. Quando a gente fala de mudar a atitude, está falando disso.
Precisamos reencontrar esse espírito porque o transito da nossa cidade precisa de soluções pra agora. não podemos esperar os 15 ou 20 anos que o metrô ainda vai demorar para ser construído.
Porque nossa economia precisa ocupar um espaço mais importante nesse Brasil que cresce, investindo na economia criativa, na alta tecnologia, atraindo empresas e sim, baixando impostos para o resgate de regiões como o 4º Distrito. Qual foi o último empreendimento privado disputado por nossa cidade?
Quando os problemas não mudam, como resolvê-los? Mudando as ideias, as saídas, a atitude com que se enfrentam esses problemas.
Por isso, o que a nossa cidade precisa não é a mera continuidade do que aí está. Ela precisa de uma alternativa mais avançada, sintonizada com o Brasil e com o nosso tempo. E mudar a atitude e o jeito de fazer significa modernizar a gestão pública. Eu quero uma administração inovadora, moderna para minha cidade, para a nossa cidade.
Em 2012 avançar significa mudar, modernizar!
Modernizar significa menos CCs políticos, e mais especialistas no comando do serviço ao cidadão. Buscar na inteligência da cidade as saídas que a política tradicional não consegue mais produzir. Moderno é valorizar o funcionalismo público municipal!
Modernizar a gestão é ser transparente de verdade, é fazer do orçamento Participativo um instrumento de controle do governo pela comunidade, e não um palco de proselitismo político.
É governar com metas e em parceria com a iniciativa privada. É usar a informatização e a comunicação pra acabar com as filas de saúde, pra tornar a cidade mais segura.
Modernizar a gestão é uma nova atitude política, é gastar mais em ciclovias, e menos na propaganda da ciclovia.
Modernizar é fazer atual o sonho de erradicar a miséria. Vamos fazer esse pacto com nossa cidade?
Moderno é criança na escola. Moderno é não adoecer. Moderno é ser sustentável de verdade.
Não quero ser Prefeita para fazer mais do mesmo. Vamos respeitar e, evidentemente, manter o que cada Prefeito fez de bom. Vamos, também, avançar, fazer uma administração mais empreendedora, moderna, dinâmica, criativa, iniciar um novo ciclo de mudanças. Essa é a Prefeita que eu quero ser.
E a hora é agora, Porto Alegre não pode desperdiçar esse momento.
Uma nova atitude não é colocar placas em obras.
Hoje, estão previstos mais de 500 milhões em obras de mobilidade, e só 13% são contrapartidas do município. As obras da Copa não são do Prefeito, são da cidade, e nós não vamos deixar que usem elas como chantagem pra ganhar o voto dos porto alegrenses. E aqui eu quero usar uma frase do Prefeito Fogaça, la na campanha de 2004. Ele dizia que “O OP fica porque ele não é de um partido, ele é patrimônio da cidade, ele não vai embora com o PT”. Sobre as obras da cidade é exatamente a mesma coisa, elas acontecerão de qualquer jeito, porque são patrimônio da cidade e porque os recursos são federais. O Prefeito não é dono delas, e elas não vão ir embora se ele não continuar, ou seja, haverá continuidade em todas as obras!
Não é isso que está em discussão nessa eleição. O debate é se a cidade, além das obras da Copa, vai dar um salto e buscar soluções inovadoras para os seus problemas.
Nós vamos mostrar na campanha que temos o melhor projeto e a melhor equipe para fazer isso.
Mas eu quero dizer que não me contento com as obras de cimento. A minha maior obra, como Prefeita, será cuidar das pessoas. Quero ser lembrada como a prefeita que cuidou das crianças! Essa será minha maior obra física! O ser humano. Quero para todas as crianças aquilo que darei para filhos que terei.
Não trago em mim a experiência da maternidade. Mas não preciso dela para trazer em mim o sentimento de cada mãe que conheci nesses anos de caminhada. Cada mãe que quer o filho mais preparado do que ela foi, quer ele cuidado e protegido enquanto ela trabalha.
Quero ser Prefeita para iniciar uma revolução no atendimento da saúde em Porto Alegre. Que vai dar a atenção devida a mãe trabalhadora. Quero ser Prefeita para assumir a responsabilidade pela segurança.
A grande avenida que eu quero construir é a que levará Porto Alegre, de novo, a ser a capital nacional da igualdade, a capital nacional da justiça social, a capital da qualidade de vida.
Por falar em experiência, vão questionar a nossa experiência para governar. Como fizeram com Lula, com Dilma, como certamente fizeram com Brizola e com o jovem prefeito Loureiro há seu tempo.
Pois eu vou enfrentar esse debate. Administração que determina feriadão em Posto de Saúde em pleno início de inverno não tem autoridade pra cobrar experiência!
Trago a experiencia de ter sido vereadora dessa cidade e duas vezes deputada federal.
Mas trago uma experiência em especial que me orgulha: conheço os problemas do povo dessa cidade.
A experiência de conhecer as novas políticas públicas que são feitas nos governos Lula e Dilma, e em outras cidades do Brasil e do mundo, eu tenho tanto ou mais que eles. Aliás, se são tão experientes, por que não desenvolveram soluções?
Não, o debate nessa eleição não é sobre quem é ou não experiente. Mas sobre qual tipo de experiência queremos: das soluções que não resolvem, dos problemas que continuam, da política tradicional onde os interesses dos partidos e o loteamento de cargos estão acima da cidade, ou a experiência das novas soluções, de uma nova mudança, como muitas vezes essa cidade teve a coragem para fazer.
E agora é de novo a hora de construir avançar mais, de renovar as soluções, de virar mais uma página na história da nossa cidade.
Repito: quero solucionar o passivo de problemas sociais, da queda da qualidade dos serviços públicos em Porto Alegre. Mas quero mais: quero projetar Nossa cidade para o futuro!
Tenho orgulho da minha trajetória, que construí sem padrinhos ou máquinas, caminhando com meus próprios pés, de mãos dadas com nossa população, uma caminhada na qual se juntam ano a ano mais homens, mulheres, jovens, adultos, idosos, pessoas de todas as cores e crenças que tem em comum o sonho de uma vida melhor.
Tenho orgulho de fazer parte de uma geração de mulheres que está mudando a política, com uma nova atitude para enfrentar os problemas e subverter os padrões da política tradicional. Mulheres como a presidenta. Tenho orgulho de fazer parte de uma geração de mulheres que está mudando o país, mulheres anônimas, que cuidam das suas famílias no dia a dia com coragem.
Por isso, no nosso governo, cuidar das mulheres e das mães será um primeiro passo para cuidar da vida de todos.
E tenho muito orgulho da nossa aliança. Dos nossos partidos, do PC do B, PSB, PSD, PSC, PHS, dos cidadãos sem partido, de todos que estão juntando-se a nós nessa caminhada. Estão conosco não por cargos, não por interesses pequenos, mas porque acreditam em Porto Alegre, porque compartilham de sua alma inovadora, mudancista e justa.
Tenho orgulho de ter vocês que vem de todas as comunidades de nossa Porto Alegre para dizer que, juntos, vamos vencer as eleições e fazer Porto Alegre avançar.
Chegou nossa hora e eu estou – graças a cada um de vocês – pronta, preparada para ser a primeira Prefeita de Porto Alegre.
E, juntos, vamos construir nossa vitória!
Sou como um copo vazio que fica cheio de energia e força quando me encontro com essa gente toda. E essa coragem, essa garra, essa convicção de que é possível, sim, construir soluções novas para esses problemas antigos, isso está tatuado em mim.
A política tem que ser feita para mudar a vida das pessoas. Ontem, mais uma vez, tive certeza que vale a pena.
O que posso dizer? Obrigada. Obrigada pela generosidade e por fazerem de mim instrumento de luta pelos nossos sonhos.
Aqui, meu discurso (a parte escrita pois improvisei quase tudo!)
Queridos amigos, queridos dirigentes partidários, queridos companheiros de caminhada.
Todos os homens e mulheres que almejam construir uma sociedade mais justa precisam saber ouvir a população com o coração aberto e ter muita humildade para aprender.
A arrogância é um dos piores vícios da política.
Ontem, lembrando de nossa convenção, que aconteceu aqui, exatamente aqui, há quatro anos, eu pensava: o que mudou de 2008 para 2012? O que aprendemos? O que aprendi?
De onde sai a nossa convicção de que podemos oferecer um projeto alternativo, melhor para a nossa cidade?
De nossa parte, minha, de meu partido, o PcdoB, dos nossos partidos aliados PSB, PSC, PSD e PHS, posso dizer que nós amadurecemos ainda mais.
Esses quatro anos foram intensos.
Nos conectamos com as experiências mais modernas de gestão que existem no país e no mundo.
Nesses 4 anos, tive a oportunidade de trabalhar ao lado dos presidentes Lula e Dilma, ajudando a mudar profundamente o nosso Brasil.
Nesse tempo em que nós amadurecemos, o Brasil mudou muito.
Nosso país avançou no combate a pobreza extrema, a renda média do brasileiro cresceu, mais pessoas tiveram acesso à universidade e nos tornamos uma Nação com mais protagonismo mundial.
O Brasil mostrou que é possível governar com competência e com o coração. Que é possível fazer desenvolvimento e justiça social ao mesmo tempo. Não há contradição!
O Brasil elegeu a primeira mulher Presidente em sua história.
Sim, podemos dizer que o Brasil mudou muito, e para melhor.
Nós amadurecemos, o Brasil mudou. Vivemos um grande momento para as cidades!
E Porto Alegre? Como se posiciona nessas mudanças? Qual papel nossa cidade cumpre nesse Brasil que está mudando?
Nós dizíamos, há quatro anos, que a cidade precisava construir um caminho novo, uma alternativa mais avançada, com a superação de falsos dilemas.
Dizíamos que a prefeitura deveria ser mais protagonista no Brasil, mais moderna, deveria ter liderança e ser mais empreendedora.
Concorri em 2008, porque faltavam creches para as mães trabalhadoras; porque o sistema de saúde da cidade atendia mal as pessoas; porque estávamos perdendo a qualidade do nosso Transporte Coletivo, até bem pouco tempo atrás exemplo para o Brasil; porque a insegurança ameaçava a todos – sejam as pessoas mais pobres vitimas do tráfico e da violência, sejam as famílias de classe média vitimas do assalto e também das drogas.
A renda média das famílias de Porto Alegre não aumentou na última década. Nosso trânsito piorou.
E é exatamente por isso que estamos reunidos aqui novamente, quatro anos depois.
Temos um passivo de problemas sociais e temos a obrigação de nos projetarmos para o futuro. Por isso concorro novamente a prefeita.
Meu adversário nessa eleição não é o Prefeito da cidade. Não é ele quem nós vamos desafiar nessa campanha.
Meus adversários são os problemas da cidade, os problemas da população, e eles que eu vou sim desafiar: a crise da saúde, a falta de creches, a perda de qualidade do ensino.
É a eles que eu quero vencer, porque eu acredito em Porto Alegre. Se o Brasil pode mudar, se outras cidades, algumas bem perto daqui, podem mudar, é claro que Porto Alegre também pode.
Eu quero ser Prefeita para interromper esse ciclo em que os governos mudam, mas os mesmos problemas ficam.
Meus adversários são os problemas da população e meus aliados, queridos presidentes dos partidos de nossa candidatura, meus aliados são as pessoas de nossa cidade.
Sejam os técnicos capazes de construir soluções não aproveitadas aqui, seja o povo que conhece sua realidade e sente na pele a necessidade de avançarmos.
Cada cidade tem a sua alma, a sua essência de espírito. E na alma de Porto Alegre estão marcadas de maneira bem forte três vocações: pioneirismo, coragem de mudar, e a inconformidade com as injustiças sociais. Por isso Prefeitos como Loureiro da Silva, Leonel Brizola e Olívio Dutra são ícones na nossa história.
Loureiro com sua ousadia de planejar o futuro, Brizola fazendo de nossa cidade a capital nacional da educação, Olívio Dutra fazendo da cidade exemplo mundial de participação popular. Os três foram pioneiros, os três promoveram grandes mudanças, os três deixaram o legado de uma cidade mais justa.
Eu quero ser uma Prefeita que encarne essa alma, e fazer um governo que se reencontre com o espírito que sempre marcou essa cidade. O espírito corajoso, moderno, inovador. Nunca tivemos medo de inovar! Foi assim em toda nossa história!
Por que queremos reencontrar esse espírito? Porque não queremos ser a 18ª capital do Brasil em cobertura da rede de saúde da família, como acontece hoje. O lugar de Porto Alegre é ser a capital com o melhor serviço de saúde pública do Brasil. Porque não queremos ser, entre as três capitais da região Sul, a que tem a menor cobertura de creches.
Queremos ser a capital nacional do cuidado com a infância, de verdade, e não só na propaganda.
Porque nós não nos conformamos em ter índices de roubo e furtos maiores que os de São Paulo, e achamos que segurança é, sim problema do Prefeito. Se o Prefeito de Canoas assumiu com eficiência a mobilização da cidade contra a violência, porque o de Porto Alegre não pode fazer o mesmo? Pois bem, se o Prefeito não assumiu, a Prefeita vai assumir essa responsabilidade. Quando a gente fala de mudar a atitude, está falando disso.
Precisamos reencontrar esse espírito porque o transito da nossa cidade precisa de soluções pra agora. não podemos esperar os 15 ou 20 anos que o metrô ainda vai demorar para ser construído.
Porque nossa economia precisa ocupar um espaço mais importante nesse Brasil que cresce, investindo na economia criativa, na alta tecnologia, atraindo empresas e sim, baixando impostos para o resgate de regiões como o 4º Distrito. Qual foi o último empreendimento privado disputado por nossa cidade?
Quando os problemas não mudam, como resolvê-los? Mudando as ideias, as saídas, a atitude com que se enfrentam esses problemas.
Por isso, o que a nossa cidade precisa não é a mera continuidade do que aí está. Ela precisa de uma alternativa mais avançada, sintonizada com o Brasil e com o nosso tempo. E mudar a atitude e o jeito de fazer significa modernizar a gestão pública. Eu quero uma administração inovadora, moderna para minha cidade, para a nossa cidade.
Em 2012 avançar significa mudar, modernizar!
Modernizar significa menos CCs políticos, e mais especialistas no comando do serviço ao cidadão. Buscar na inteligência da cidade as saídas que a política tradicional não consegue mais produzir. Moderno é valorizar o funcionalismo público municipal!
Modernizar a gestão é ser transparente de verdade, é fazer do orçamento Participativo um instrumento de controle do governo pela comunidade, e não um palco de proselitismo político.
É governar com metas e em parceria com a iniciativa privada. É usar a informatização e a comunicação pra acabar com as filas de saúde, pra tornar a cidade mais segura.
Modernizar a gestão é uma nova atitude política, é gastar mais em ciclovias, e menos na propaganda da ciclovia.
Modernizar é fazer atual o sonho de erradicar a miséria. Vamos fazer esse pacto com nossa cidade?
Moderno é criança na escola. Moderno é não adoecer. Moderno é ser sustentável de verdade.
Não quero ser Prefeita para fazer mais do mesmo. Vamos respeitar e, evidentemente, manter o que cada Prefeito fez de bom. Vamos, também, avançar, fazer uma administração mais empreendedora, moderna, dinâmica, criativa, iniciar um novo ciclo de mudanças. Essa é a Prefeita que eu quero ser.
E a hora é agora, Porto Alegre não pode desperdiçar esse momento.
Uma nova atitude não é colocar placas em obras.
Hoje, estão previstos mais de 500 milhões em obras de mobilidade, e só 13% são contrapartidas do município. As obras da Copa não são do Prefeito, são da cidade, e nós não vamos deixar que usem elas como chantagem pra ganhar o voto dos porto alegrenses. E aqui eu quero usar uma frase do Prefeito Fogaça, la na campanha de 2004. Ele dizia que “O OP fica porque ele não é de um partido, ele é patrimônio da cidade, ele não vai embora com o PT”. Sobre as obras da cidade é exatamente a mesma coisa, elas acontecerão de qualquer jeito, porque são patrimônio da cidade e porque os recursos são federais. O Prefeito não é dono delas, e elas não vão ir embora se ele não continuar, ou seja, haverá continuidade em todas as obras!
Não é isso que está em discussão nessa eleição. O debate é se a cidade, além das obras da Copa, vai dar um salto e buscar soluções inovadoras para os seus problemas.
Nós vamos mostrar na campanha que temos o melhor projeto e a melhor equipe para fazer isso.
Mas eu quero dizer que não me contento com as obras de cimento. A minha maior obra, como Prefeita, será cuidar das pessoas. Quero ser lembrada como a prefeita que cuidou das crianças! Essa será minha maior obra física! O ser humano. Quero para todas as crianças aquilo que darei para filhos que terei.
Não trago em mim a experiência da maternidade. Mas não preciso dela para trazer em mim o sentimento de cada mãe que conheci nesses anos de caminhada. Cada mãe que quer o filho mais preparado do que ela foi, quer ele cuidado e protegido enquanto ela trabalha.
Quero ser Prefeita para iniciar uma revolução no atendimento da saúde em Porto Alegre. Que vai dar a atenção devida a mãe trabalhadora. Quero ser Prefeita para assumir a responsabilidade pela segurança.
A grande avenida que eu quero construir é a que levará Porto Alegre, de novo, a ser a capital nacional da igualdade, a capital nacional da justiça social, a capital da qualidade de vida.
Por falar em experiência, vão questionar a nossa experiência para governar. Como fizeram com Lula, com Dilma, como certamente fizeram com Brizola e com o jovem prefeito Loureiro há seu tempo.
Pois eu vou enfrentar esse debate. Administração que determina feriadão em Posto de Saúde em pleno início de inverno não tem autoridade pra cobrar experiência!
Trago a experiencia de ter sido vereadora dessa cidade e duas vezes deputada federal.
Mas trago uma experiência em especial que me orgulha: conheço os problemas do povo dessa cidade.
A experiência de conhecer as novas políticas públicas que são feitas nos governos Lula e Dilma, e em outras cidades do Brasil e do mundo, eu tenho tanto ou mais que eles. Aliás, se são tão experientes, por que não desenvolveram soluções?
Não, o debate nessa eleição não é sobre quem é ou não experiente. Mas sobre qual tipo de experiência queremos: das soluções que não resolvem, dos problemas que continuam, da política tradicional onde os interesses dos partidos e o loteamento de cargos estão acima da cidade, ou a experiência das novas soluções, de uma nova mudança, como muitas vezes essa cidade teve a coragem para fazer.
E agora é de novo a hora de construir avançar mais, de renovar as soluções, de virar mais uma página na história da nossa cidade.
Repito: quero solucionar o passivo de problemas sociais, da queda da qualidade dos serviços públicos em Porto Alegre. Mas quero mais: quero projetar Nossa cidade para o futuro!
Tenho orgulho da minha trajetória, que construí sem padrinhos ou máquinas, caminhando com meus próprios pés, de mãos dadas com nossa população, uma caminhada na qual se juntam ano a ano mais homens, mulheres, jovens, adultos, idosos, pessoas de todas as cores e crenças que tem em comum o sonho de uma vida melhor.
Tenho orgulho de fazer parte de uma geração de mulheres que está mudando a política, com uma nova atitude para enfrentar os problemas e subverter os padrões da política tradicional. Mulheres como a presidenta. Tenho orgulho de fazer parte de uma geração de mulheres que está mudando o país, mulheres anônimas, que cuidam das suas famílias no dia a dia com coragem.
Por isso, no nosso governo, cuidar das mulheres e das mães será um primeiro passo para cuidar da vida de todos.
E tenho muito orgulho da nossa aliança. Dos nossos partidos, do PC do B, PSB, PSD, PSC, PHS, dos cidadãos sem partido, de todos que estão juntando-se a nós nessa caminhada. Estão conosco não por cargos, não por interesses pequenos, mas porque acreditam em Porto Alegre, porque compartilham de sua alma inovadora, mudancista e justa.
Tenho orgulho de ter vocês que vem de todas as comunidades de nossa Porto Alegre para dizer que, juntos, vamos vencer as eleições e fazer Porto Alegre avançar.
Chegou nossa hora e eu estou – graças a cada um de vocês – pronta, preparada para ser a primeira Prefeita de Porto Alegre.
E, juntos, vamos construir nossa vitória!
sábado, 23 de junho de 2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Bairro a Bairro em fotos 10
O Bairro a Bairro foi de histórias de mulheres. Mulheres protagonistas de suas famílias, de suas vidas, de suas comunidades. Grandes histórias, grandes mulheres, grandes exemplos.
Mais educação, mais desenvolvimento
Recentemente, o Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA) apontou os 10 países com melhor desempenho escolar. Em sua 4ª edição, o estudo traz, na sequência, Xangai, Coréia do Sul, Finlândia, Hong Kong, Cingapura, Canadá, Nova Zelândia, Japão, Austrália e Holanda. Todos esses países têm em comum a valorização dos anos iniciais da educação. É preciso acertar desde o início na educação, pois na maioria dos casos não há uma segunda chance. Estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) alertam para o cuidado com a primeira infância (zero a seis anos), período fundamental para o desenvolvimento cognitivo e no qual o cérebro humano desenvolve a maioria das ligações entre os neurônios. Aos quatro anos, por exemplo, estima-se que a criança tenha atingido metade do seu potencial intelectual. Segundo a SBP, o bom desenvolvimento na primeira infância permite a formação da inteligência, da capacidade de aprendizagem, do perfil da personalidade e do comportamento individual.
Segundo o TCE 2009/2010, Porto Alegre se encontra no 191º lugar do ranking estadual-RS de atendimento à Educação Infantil (zero a cinco anos). Se analisarmos o número de crianças que estão nas creches, Porto Alegre está atrás de Florianópolis (43,80%), Curitiba (36,80%) e São Paulo (43,60%). Já na educação infantil, são 34 escolas municipais e, para atender a toda demanda, é preciso aumentar em 20% o número de vagas. Por isso entendo que é preciso garantir vagas nas creches para todas as crianças e investir na educação infantil de qualidade, buscando adaptar a escola ao nosso tempo. Afinal, uma cidade bem desenvolvida precisa ter como base uma educação de qualidade e acessível a todos.
Esse meu artigo foi publicado no Jornal do Comércio de hoje.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Bairro a Bairro em fotos 7
Mais uma, agora do extremo-sul de Porto Alegre. Como sempre, o carinho das pessoas foi muito grande.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Agora é tarde
Para quem não conseguiu assistir ontem à noite, aqui está minha entrevista ao Danilo Gentili, no Agora É Tarde
terça-feira, 19 de junho de 2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Bairro a Bairro em fotos 1
Escolhi algumas fotos do Bairro e Bairro e aos poucos vou dividindo com vocês aqui. Todas estão no http://www.manuela.org.br/galerias/i/421
A primeira é lá da ONG Núcleo, no extremo sul de Porto Alegre. Um lindo trabalho que ajuda a mudar para melhor a vida de dezenas de famílias.
A primeira é lá da ONG Núcleo, no extremo sul de Porto Alegre. Um lindo trabalho que ajuda a mudar para melhor a vida de dezenas de famílias.
domingo, 17 de junho de 2012
Encontros
Sempre lembro daquela frase, acho que de Vinicius de Moraes, que diz "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida". Para mim, a perspectiva de disputar as eleições em Porto Alegre e a possibilidade de governá-la é a chance de encontrar pessoas certas para resolver problemas graves vividos pelas pessoas. Embora tenha visto nesses anos todos de política que muitas vezes há um desencontro entre as possibilidades de nossa cidade, os problemas de nossa população e as pessoas escolhidas para ocupar espaços de decisão.
O Bairro a Bairro, evento realizado semanalmente pela nossa pré-candidatura para ouvir a população de nossa cidade, foi um dos palcos de encontros entre mim, os técnicos que trabalham em nosso programa e as pessoas reais de nossa cidade (reais, pois vivem a cidade real e não a de propaganda).
Estava em São Paulo quando percebi que faríamos, no sábado, a última edição. Começamos em janeiro, num dia de 42 graus no extremo sul de Porto Alegre.
Por onde passei, ouvi histórias de pessoas que escrevem sua história todos os dias com força, com superação, com fé e com esperança. E esses encontros permitem que eu diga com convicção: é Impossível sair desses encontros igual ao que eu era há seis meses. Impossível ver a vida dessas pessoas e não buscar fazer algo que permita a eles viver Porto alegre com mais direitos.
Há uma diferença muito grande entre teoria e prática, embora alguns insistam que é o mesmo e que é possível mudar a vida das pessoas sem conhecê-las de perto. Digo isso porque acredito que as cidades são as pessoas. A vida, a dinâmica, a rotina, tudo são as pessoas. Então, se isso é o que acreditamos, então as cidades precisam ser para as pessoas algo bom.
E mesmo não sendo, não vi esmorecimento. Ao contrário!
A vida nos endurece um pouco a cada dia, porque nos coloca de frente com aquilo contra o que lutamos há anos. Tento segurar firme. Mas houve momentos em que chorei, em que olhei para o lado e vi gente também chorando. Chorei quando reencontrei o porteiro do prédio da minha avó (contei isso aqui), quando conheci Gabriel, quando ouvi das crianças da Linha do Tiro pedindo um lugar seguro para brincarem, quando vi uma criança comendo lixo e outra em cima do lixo com soro pendurado a uma parede nas Ilhas...
Aprender com essas pessoas é duro. Mas é a melhor forma de conhecer a realidade para, a partir disso, lutar para mudá-la. Eu fiz uma opção desde meus 15 anos e, em cada conversa que tive, olhando no olho das pessoas, vi que há muito por fazer e que vale a pena fazer.
Saio desse processo sabendo muito mais, sem dúvida. Em todos os lugares fui recebida com todo o carinho do mundo. Um carinho que é, também, esperança. E essa esperança é, para mim, responsabilidade, é força, é vontade e é, também, esperança. Esperança de ver aqueles que conheci bebês e que hoje já caminham em uma situação melhor, mais digna, menos difícil.
O Bairro a Bairro foi de reencontros, também. E fiquei feliz, porque sigo olhando nos olhos das mesmas pessoas e isso tem significado e importância pra mim. Isso representa a verdade e a transparência nas relações.
O fim dessa caminhada não poderia ter sido melhor. No espaço Flor da Tinga, fui recebida com música, com gente cantando, sorrindo. Casa enfeitada da forma mais simples: eram folhas de ofício pintadas com canetinha hidrocor coladas à parede. Essas mulheres me deram mais força e fizeram eu ter, mais uma vez, a sensação de que tudo valeu a pena. E que agora, somos muito mais na busca do que acreditamos, somos mais e melhores de braços dados.
Não lembro de cabeça todos os lugares que visitei no Bairro a Bairro. Deixo alguns aqui, porque lembro de grandes pessoas e grandes histórias. Espero reencontrar todas em breve.
Vila Santa Rosa
Clara Nunes
Chapéu do Sol
Lami
São Caetano
Flores da Cunha
Túnel Verde
Ponta Grossa
Santo Agostinho
Vila Dique
Ilhas
Parque os Maias
Santa Fé
Partenon
Vila São José
Morro da Cruz
Vila São Judas Tadeu
Vila São Miguel
Vila Planetário
Navegantes
Humaitá
São Geraldo
Vila Farrapos
Vila Santo Antônio
Vila dos Ferroviários
Chácara do Primeiro
Parque dos Mayas
Vila dos Eucaliptos
Nova Chocolatão
Sarandi
Jardim Protásio Alves
Mário Quintana
Rubem Berta
Cruzeiro
Cristal
Glória
Belém Velho
Jardim Cascata
Taquareiras
Vila Gaúcha
Vila Ecológica
Moab Caldas
Cascata
Teresópolis
Centro
Menino Deus
Bela Vista
Moinhos
Mont`Serrat
Restinga
Lomba do Pinheiro
O Bairro a Bairro, evento realizado semanalmente pela nossa pré-candidatura para ouvir a população de nossa cidade, foi um dos palcos de encontros entre mim, os técnicos que trabalham em nosso programa e as pessoas reais de nossa cidade (reais, pois vivem a cidade real e não a de propaganda).
Estava em São Paulo quando percebi que faríamos, no sábado, a última edição. Começamos em janeiro, num dia de 42 graus no extremo sul de Porto Alegre.
Por onde passei, ouvi histórias de pessoas que escrevem sua história todos os dias com força, com superação, com fé e com esperança. E esses encontros permitem que eu diga com convicção: é Impossível sair desses encontros igual ao que eu era há seis meses. Impossível ver a vida dessas pessoas e não buscar fazer algo que permita a eles viver Porto alegre com mais direitos.
Há uma diferença muito grande entre teoria e prática, embora alguns insistam que é o mesmo e que é possível mudar a vida das pessoas sem conhecê-las de perto. Digo isso porque acredito que as cidades são as pessoas. A vida, a dinâmica, a rotina, tudo são as pessoas. Então, se isso é o que acreditamos, então as cidades precisam ser para as pessoas algo bom.
E mesmo não sendo, não vi esmorecimento. Ao contrário!
A vida nos endurece um pouco a cada dia, porque nos coloca de frente com aquilo contra o que lutamos há anos. Tento segurar firme. Mas houve momentos em que chorei, em que olhei para o lado e vi gente também chorando. Chorei quando reencontrei o porteiro do prédio da minha avó (contei isso aqui), quando conheci Gabriel, quando ouvi das crianças da Linha do Tiro pedindo um lugar seguro para brincarem, quando vi uma criança comendo lixo e outra em cima do lixo com soro pendurado a uma parede nas Ilhas...
Aprender com essas pessoas é duro. Mas é a melhor forma de conhecer a realidade para, a partir disso, lutar para mudá-la. Eu fiz uma opção desde meus 15 anos e, em cada conversa que tive, olhando no olho das pessoas, vi que há muito por fazer e que vale a pena fazer.
Saio desse processo sabendo muito mais, sem dúvida. Em todos os lugares fui recebida com todo o carinho do mundo. Um carinho que é, também, esperança. E essa esperança é, para mim, responsabilidade, é força, é vontade e é, também, esperança. Esperança de ver aqueles que conheci bebês e que hoje já caminham em uma situação melhor, mais digna, menos difícil.
O Bairro a Bairro foi de reencontros, também. E fiquei feliz, porque sigo olhando nos olhos das mesmas pessoas e isso tem significado e importância pra mim. Isso representa a verdade e a transparência nas relações.
O fim dessa caminhada não poderia ter sido melhor. No espaço Flor da Tinga, fui recebida com música, com gente cantando, sorrindo. Casa enfeitada da forma mais simples: eram folhas de ofício pintadas com canetinha hidrocor coladas à parede. Essas mulheres me deram mais força e fizeram eu ter, mais uma vez, a sensação de que tudo valeu a pena. E que agora, somos muito mais na busca do que acreditamos, somos mais e melhores de braços dados.
Não lembro de cabeça todos os lugares que visitei no Bairro a Bairro. Deixo alguns aqui, porque lembro de grandes pessoas e grandes histórias. Espero reencontrar todas em breve.
Vila Santa Rosa
Clara Nunes
Chapéu do Sol
Lami
São Caetano
Flores da Cunha
Túnel Verde
Ponta Grossa
Santo Agostinho
Vila Dique
Ilhas
Parque os Maias
Santa Fé
Partenon
Vila São José
Morro da Cruz
Vila São Judas Tadeu
Vila São Miguel
Vila Planetário
Navegantes
Humaitá
São Geraldo
Vila Farrapos
Vila Santo Antônio
Vila dos Ferroviários
Chácara do Primeiro
Parque dos Mayas
Vila dos Eucaliptos
Nova Chocolatão
Sarandi
Jardim Protásio Alves
Mário Quintana
Rubem Berta
Cruzeiro
Cristal
Glória
Belém Velho
Jardim Cascata
Taquareiras
Vila Gaúcha
Vila Ecológica
Moab Caldas
Cascata
Teresópolis
Centro
Menino Deus
Bela Vista
Moinhos
Mont`Serrat
Restinga
Lomba do Pinheiro
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Cidadania e direitos humanos
Um dia recebi um telefonema de um outro parlamentar, tarde da noite. Ele me perguntou se eu queria mesmo ser prefeita. Eu disse que sim. Ele automaticamente respondeu: "então para de defender esses gays. Achas que vais chegar onde com isso?!". Lembro como se fosse hoje (e não faz tanto tempo assim) que com indignação respondi que ele havia me feito a pergunta errada. Que a Pergunta certa deveria ter sido se eu topava abrir mão daquilo que acredito. E então a minha resposta a essa pergunta era não. Não e não. Queria (e quero!) muito ser prefeita. Mas, para isso, não abri e não abrirei mão daquilo que acredito.
A luta pela igualdade, pela liberdade, pelo amor, pelo respeito e tolerância fazem parte disso.
Receber esse prêmio cidadania e respeito à diversidade me fez ver que vale a pena. Simples assim. Não é o caminho mais fácil. Mas é o único para mim. Obrigada pela homenagem.
A luta pela igualdade, pela liberdade, pelo amor, pelo respeito e tolerância fazem parte disso.
Receber esse prêmio cidadania e respeito à diversidade me fez ver que vale a pena. Simples assim. Não é o caminho mais fácil. Mas é o único para mim. Obrigada pela homenagem.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Reciclagem
Barrigas vazias de fome e úteros cheios de vida. Cigarros aquecendo os corpos frios do inverno. Garrafas vazias, embalagens de todas as cores vazias, latas de tinta que não coloriram aquelas paredes. Caleidoscópios de vidro verdes, marrom de cerveja e azul. Shampoo, condicionador, sabão de lavar louça. Tudo ali.
Dez toneladas de lixo são despejadas por dia no galpão de reciclagem. As estruturas estão ruindo e as mulheres têm medo das garrafas que ultrapassam a tela. As telhas já caíram. A vida segue firme.
Dez toneladas de lixo são despejadas por dia no galpão de reciclagem. As estruturas estão ruindo e as mulheres têm medo das garrafas que ultrapassam a tela. As telhas já caíram. A vida segue firme.
Sobre coragem e sonhos
Hoje foi um dia especial. Um dia que me fez lembrar muitas histórias e muitas pessoas que já passaram pela minha e que sempre fazem renascer sonhos dentro de mim.
Vivian, de manhã, falou dos sonhos, de que é preciso acreditar sempre e que temos que ter esperança. Ela tem 3 filhos, não desiste das lutas, tem coragem e força para seguir em frente. Tudo sem jamais deixar de sonhar.
Depois, vi seu Jair chorar ao falar sobre o trabalho que desenvolve há décadas. A missão de vida dele: recuperar crianças que se envolvem com o tráfico. Ele pediu desculpas por chorar ao falar sua história. Mas ele não está errado. A emoção dele deve servir como exemplo para nós todos, porque é a exacerbação de uma vida toda de altruísmo.
E, para completar, vi nos olhos de Gabriel, um menino que fala como gente grande, a esperança. Ele me fez chorar porque pediu o mínimo para quem vive sobre cadeiras de rodas. Ele quer a liberdade de poder ir a todos os lugares, assistir shows, andar nas ruas, ir à escola... Ele disse que acredita nas mudanças e na renovação.
A gente, por circunstâncias da vida, acaba sendo um pouco mais dura. E hoje, assim como no dia em que encontrei o porteiro do prédio de minha avó na vila Planetário, foi de renovação. Ver nessas três pessoas a esperança e a fé em um futuro melhor me tocaram fundo.
As histórias que ouço são duras: crianças que têm no pátio da creche o tráfico de drogas como vizinho; mães que não trabalham porque não podem pagar uma creche e dizem “se não trabalho, meu filho passa fome”; uma adolescente de 13 anos que não estudam para cuidar da irmã de um ano e meio enquanto a mãe busca o sustento da casa como catadora de lixo; avós que veem uma neta por horas em crise de asma e sem atendimento...
Tudo isso, pelos olhos de seu Jair, Vivian e Gabriel reforçam a certeza que tenho: é preciso olhar as pessoas para poder cuidar delas. E, enquanto eu ouvir histórias como essas, vou me emocionar por ver a coragem que nasce em cada um em função das necessidades que a vida impõe a eles. A coragem que faz com eles superem tudo sem jamais deixar de sonhar e acreditar.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
As despedidas que são recomeços
"Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante, acreditar em você de novo." Isso é o recomeço de Drummond. E lembrei dessa frase ontem à noite, durante a festa de aniversário do João Derly.
Conheço o João há anos. O esporte nos aproximou e, por acreditarmos que o esporte afasta os jovens da drogadição e da violência, trabalhamos juntos em diversos momentos na causa.
João é nosso primeiro bi-campeão mundial de judô. Deixa os tatames após quase 25 anos de dedicação. Ontem pensava no vazio que essa despedida irá provocar. Mas também pensei que há tantos outros desafios, que a força e a disciplina que ele adquiriu nas lutas servirá de estímulo.
Toda vez que vejo um grande atleta "se aposentar" tento imaginar o presente e o futuro dele. O esporte de alto rendimento é exigente e, por isso, preenche todos os espaços. O que fazer quando é hora de parar? E ainda tem o detalhe de que eles param cedo e têm, por isso, uma vida inteira pela frente. É quando penso que os vazios que se abrem precisam ser preenchidos; e que as despedidas podem ser recomeços. Tudo depende de como olhamos cada momento e da postura que temos diante das mudanças. Na Câmara temos ótimas surpresas como Romário, Popó e Danrlei.
Tenho certeza de que os novos caminhos do João, que o recomeço dele, será o recomeço Drummond, com esperanças renovadas, novos desafios e um futuro brilhante! Tenho orgulho de tê-lo comigo nessa caminhada.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Isa: todas as crianças do mundo
Não me lembro ao certo o que senti quando ela nasceu. Pequenina e chorona, gritona, furiosa era a menina dos olhinhos assustados. Foi crescendo, sorrindo, olhando e, quando percebi, havia brotado em mim um amor diferente de todos os que já havia sentido. Um amor que me faz ficar repleta de sentimentos bons. Um amor que ela devolve com cada sorriso ou abraço apertado. Um amor de saber que ela fez por minha irmã querida o maior bem do mundo. E sem qualquer interesse. Essa menina me mudou por completo. Fez caber em mim todas as crianças do mundo.
Antes eu lutava para ver todas as crianças felizes, agora é mais forte. Cada criança é uma Isadora. Cada mãe é uma Carolina. É pela felicidade e tranquilidade das Carolinas e Isadoras que eu luto.
A Isa faz hoje dois anos. Dois anos de sorriso, cara melecada de chocolate e amor. E eu agradeço a ela por ter me dado a convicção que cada criança merece tudo. E que cada mãe merece tudo. Obrigada, Isa. Contigo, todas as crianças do mundo vieram para dentro do meu coração.
---------
A Isa abriu caminho para a Bia (minha sobrinha de um aninho). Abriu caminho para um amor ainda mais profundo que eu ainda sentirei, o de mãe.
Antes eu lutava para ver todas as crianças felizes, agora é mais forte. Cada criança é uma Isadora. Cada mãe é uma Carolina. É pela felicidade e tranquilidade das Carolinas e Isadoras que eu luto.
A Isa faz hoje dois anos. Dois anos de sorriso, cara melecada de chocolate e amor. E eu agradeço a ela por ter me dado a convicção que cada criança merece tudo. E que cada mãe merece tudo. Obrigada, Isa. Contigo, todas as crianças do mundo vieram para dentro do meu coração.
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A Isa abriu caminho para a Bia (minha sobrinha de um aninho). Abriu caminho para um amor ainda mais profundo que eu ainda sentirei, o de mãe.
Veja ou Lula?
Chegando da viagem de trabalho, malas perdidas mais uma vez, sento no café e peço aquilo que São Paulo tem de melhor: pão na chapa e café com leite. A televisão ligada exibe imagens da CPI. "Palhaços", exclama o homem ao meu lado. Dizia palhaço a todos. Ao senador Demóstenes, quieto na CPMI; ao deputado Sílvio Costa, que o mandou para o inferno; ao senador Pedro Taques, que defendeu a Constituição. Palhaços?
Penso em tudo o que não escrevi aqui nos últimos dias. Prefiro a prudência quando avisto grandes crises. Prefiro o tempo, que vai esclarecendo com novos fatos. Não sendo membro da CPMI, mantenho conversas regulares com nossos representantes. E concordo com eles: quem investiga tudo, não investiga nada. Temos que ter centro. Nosso centro, do PCdoB, é a empreiteira que presta serviços para cima e para baixo, a Delta. A fumaça não ajuda em nada. Gritos, tampouco. Gente aparecida? Menos ainda. Estamos na nossa, estudando os documentos da PF. Ali reside a maior parte das informações. Por isso, sempre acho CPI algo com baixa eficácia. Muito show, pouco resultado.
Vem à mente o outro episódio polêmico da semana: a fala do ministro Gilmar envolvendo o presidente Lula numa suposta pressão pelo adiamento do julgamento do mensalão. Disso tudo (inclusive da notícia da Folha de São Paulo que nos conta que Serra pressionou Jobim para atender à revista Veja), sei de algumas coisas: sei que Lula não seria ingênuo de pedir ajuda alguém que não é e nunca foi seu aliado; sei que Lula imagina que nada adiantaria pressionar, pois não nomeou ministros influenciados por ele, ao contrário. Sei, também, que há muito corriam boatos em Brasília sobre a amizade de Gilmar e Demóstenes, e que disso decorrem especulações. Sei que ninguém fica uma mês pressionado em casa e, num belo dia, conta para a revista de oposição ao país que estava mal, pressionado... Para mim, existem duas provas de que Gilmar contou muito mal essa história: a indignação tardia e dirigida à Veja e a própria Veja. Aliás, a Veja é o ponto de ligação entre a CPMI e o episódio Gilmar/Lula. Não é o julgamento do mensalão, não é a Delta, não é a briga do Silvio Costa e Pedro Taques. A Veja está em todas.
Em Lula, eu confio. Já na Veja....
Penso em tudo o que não escrevi aqui nos últimos dias. Prefiro a prudência quando avisto grandes crises. Prefiro o tempo, que vai esclarecendo com novos fatos. Não sendo membro da CPMI, mantenho conversas regulares com nossos representantes. E concordo com eles: quem investiga tudo, não investiga nada. Temos que ter centro. Nosso centro, do PCdoB, é a empreiteira que presta serviços para cima e para baixo, a Delta. A fumaça não ajuda em nada. Gritos, tampouco. Gente aparecida? Menos ainda. Estamos na nossa, estudando os documentos da PF. Ali reside a maior parte das informações. Por isso, sempre acho CPI algo com baixa eficácia. Muito show, pouco resultado.
Vem à mente o outro episódio polêmico da semana: a fala do ministro Gilmar envolvendo o presidente Lula numa suposta pressão pelo adiamento do julgamento do mensalão. Disso tudo (inclusive da notícia da Folha de São Paulo que nos conta que Serra pressionou Jobim para atender à revista Veja), sei de algumas coisas: sei que Lula não seria ingênuo de pedir ajuda alguém que não é e nunca foi seu aliado; sei que Lula imagina que nada adiantaria pressionar, pois não nomeou ministros influenciados por ele, ao contrário. Sei, também, que há muito corriam boatos em Brasília sobre a amizade de Gilmar e Demóstenes, e que disso decorrem especulações. Sei que ninguém fica uma mês pressionado em casa e, num belo dia, conta para a revista de oposição ao país que estava mal, pressionado... Para mim, existem duas provas de que Gilmar contou muito mal essa história: a indignação tardia e dirigida à Veja e a própria Veja. Aliás, a Veja é o ponto de ligação entre a CPMI e o episódio Gilmar/Lula. Não é o julgamento do mensalão, não é a Delta, não é a briga do Silvio Costa e Pedro Taques. A Veja está em todas.
Em Lula, eu confio. Já na Veja....