Sinto saudade
do jeito que me olhavas:
Como se a beleza infinita de todas as mulheres coubesse em meu sorriso.
Me olhavas
e me fazias crer na força das flores que nascem entre pedras,
na doçura do mel das abelhas que ferem, na proteção desesperada dos animais selvagens.
Assim me amavas.
Assim me olhavas.
Lembro dos planos que fazíamos:
infantis e ingênuos.
Felizes para sempre,
sempre,
todos os dias,
ao acordar e dormir,
numa casa branca de Madeira
com as janelas e portas azuis
eu a havia sonhado e tu topaste realizar.
Conheço o rosto dos filhos que não tivemos e sei como são as praias em que eles correram peladinhos no verão dos que anos que não aconteceram.
Sinto saudade do jeito que me olhavas.
Me fazias acreditar no amor.
Mesmo quando eu não te amava,
Eu contava contigo.
E isso bastava para seguir em frente.
Sinto saudade.
um ninar contemplativo, ilma?
ResponderExcluir