Queria que sentisses raiva de mim,
Aquela raiva que sentimos quando somos traídos.
A raiva que nos faz, por uma fração de segundos,
sermos capazes de apertar o gatilho, tomar o veneno,
chegarmos à júri popular.
Podias talvez sentir nojo,
O nojo de imaginar teres tocado na pele suja de um suor que não era o teu.
O Nojo do cheiro de cigarro impregnado na roupa, nojo do sorriso dado para outra pessoa fotografar.
Ou saudade.
Falta da presença constante,
Moribunda,
Saudade Do olhar que te segue,
admira e deseja.
Podias sentir saudade do abraço, do cheiro, de qualquer coisa.
Mas não sentes Nada.
Nada disso.
és indiferente.
Não sentes
Raiva,
Nojo,
Saudade.
Não sentes nada.
Nada.
Quando terminei de ler, exclamei: "Que horror!". Pois é exatamente a indiferença do outro que tenho sentido nos últimos meses. E dói, como dói!
ResponderExcluirQue surpresa boa navegar pela internet e encontrar seus poemas. Adorei! Irei te acompanhar e te convido a conhecer meu blog também
ResponderExcluirwww.sonhosemmosaico.wordpress.com
Parabéns pelo talento!