"essa vai para o caderninho de deboches" e "eu tenho medo. Eu não tenho mais dez anos"
Minhas irmãs Carolina e Mariana nunca foram flor que se cheire em
Matéria de seriedade. Amam rir dos outros e com os outros! São, em nossa escadinha de cinco, as duas irmãs mais próximas de idade e, por isso, implicam-se mutuamente. Isso ocorre desde que o mundo é mundo! Se uma tinha a blusa tal, a outra também tinha que ter, se uma recebia atenção da mãe com tal tema, a outra também queria. Isso foi tão longe que ambas tiveram filhos quase juntos!
Mas além de gastarem parte (cada vez menor) de seu tempo implicando uma com a outra, elas riem juntas dos outros. Debocham mesmo. Da boca da minha mãe, da cara de nossa irmã mais velha, do mal humor de meu pai. Riem de tudo. Debocham e tem crises de risos que muitas vezes irritam a todos.
Quando era adolescente, Carolina começou a anotar as coisas ridículas ditas ou feitas pelos outros que motivavam tais ataques de riso. Chamou a isso de "caderninho de deboches". Por exemplo, determinada guria, lá em Pedro Osório, tinha 18 anos e um guri de 15 queria sair com ela. Ela disse: "Eu tenho medo, não tenho mais dez anos". Pronto. Virou um grande deboche (e um código de Família para quando as pessoas são ridículas!).
Até hoje, lá em casa, quando alguém faz algo que julgamos engraçado ou ridículo, dizemos: "essa vai para o caderninho de deboches". O caderno não existe há anos. Mas os deboches... Não param de crescer!
Matéria para esse caderninho é que não falta, né. kkkkkkkkk
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