segunda-feira, 30 de julho de 2012
Primeiro mês e a Porto Alegre de Quintana
O primeiro mês da campanha já chegando ao fim... Dizer que o tempo voa é clichê, mas às vezes eles são necessários! E a sensação que tenho é a melhor possível. Andar pelas ruas de Porto Alegre me faz reviver tantas histórias! Histórias de pessoas que são a tradução da esperança, da fé. Não penso na vida sem isso: sem acreditar que é possível mudá-la para melhor. É o que vejo em cada olhar, o que sinto em cada abraço.
Esse mês de julho foi assim. Fui para as ruas, para o comércio, conversei com as pessoas, ouvi mais sobre nossa cidade. Reencontrei pessoas que não via há tempos... E delas vem a renovação da minha energia, todos os dias. Tenho recebido, também, o carinho das pessoas por e-mail e pelas redes. Difícil responder a todos, mas sigo por lá, lendo cada palavra de apoio. E são muitas. Muitas de fora daqui, inclusive!!! Sem isso, sem esse carinho, não seria tão bom, podem ter certeza. O que dá cor e vida a uma campanha nada mais é do que as pessoas, do que elas nos trazem. Seja num abraço, num sinal de positivo, numa piscada de olho ou numa mensagem privada no Face.
Obrigada a todos pelo imenso carinho!
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Hoje, Quintana faria 106 anos e em muitos lugares por onde passo, lembro da poesia dele. Sempre simples, sempre perspicaz, sempre a cara da cidade que ele escolheu para ser chamar sua. Porto Alegre é assim, a cara de nossas pessoas. Aos que não conhecem, minha sugestão é que a conheçam pelas mãos e voz de nossa gente. Porque a verdadeira Porto Alegre é feita por anônimos, esses que encontro todos os dias e que me ensinam um pouco mais a cada novo dia.
O Mapa
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(É nem que fosse meu corpo!)
Sinto uma dor esquisita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita
Tanta nuança de paredes
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar
Suave mistério amoroso
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
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