Culpada.
Sou ré confessa.
Eu matei parte de mim.
Com marretadas em azulejos,
pinceladas nas paredes,
Desfiando os cabelos
Matei.
Com Pauladas pelo corpo,
Rabiscos nas pernas,
Chorando cartas de final,
Matei.
Matei parte de mim.
E quando te vejo dormir,
Sei que valeu a pena.
Lindo isso que escreveste.
ResponderExcluirEmbora dolorido, acredito que é necessário amputar algumas partes nossas para que as melhores realmente se desenvolvam. Momentos de indecisão fazem com que eu me sinta um tanto "assassina".
Grande bjo,
Renata Mendonça.
Que fase criativa estás vivendo gaucha! Se diante de cada perda tú produzires assim... empata ou vira o jogo!
ResponderExcluirBelas palavras e agradecido.
ResponderExcluirabraços.
Não me julgues
ResponderExcluirEmbora conheças meus crimes
Que inadvertidamente confessei
Me encontro em queda livre
E o abismo me enxarca de poesia
E o meu suicídio parcial
É pra que possa renascer
Mais viva
Mais linda
Mais louca e faminta por viver
E aí colarei os cacos de cada azulejo
Pintarei mais uma vez as paredes
com cores vivas e alegres
LavareI cada traço pintado nas pernas
Enxugarei contorcendo as cartas de meus crimes
Com compressas curarei minhas feridas
E apagarei as marcas de meu sofrimento
E acariciarei meu corpo
Sedenta de vida
Minha metade viva
grita e manda a outra embora
"você é pagina esquecida, é lágrima sem vida e
o passado que não me serve mais
Liberta-me, que a vida ME chama lá fora
Sua morte nasceu das minhas mãos
E agora te expulso de minha casa"
Não me arrependo
para me libertar da tristeza que ME abraçou
para saciar minha fome de viver
Minha alma dança e canta
E sem culpas e penas
comemora a vida renascida
Do crime que compensa