segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Erros

Roupas
Livros
Temperos
Esmaltes.
Na casa é tudo único.
Exceto os erros.
Esses repito sempre.

2 comentários:

  1. Chamo meus erros pra duelar
    Quero varar o ano despida de meus erros
    Quero irresponsavelmente poder errar
    Quero viajar leve sem o peso da consciência de meus erros na bagagem
    Repetir os erros num infindável e peamemte aprendizado
    E esgrimar com eles
    Olha-los cara a cara
    E percebe-los mutantes
    Porque diante de mim
    Eles podem parecer os mesmos
    Mas não são
    Não pelos caprichos ou pela monotonia de meus erros
    Mas porque meus olhos são outros
    Mais vividos, mais sofridos,mais experientes
    E meus erros persistentes
    Não me amedrontam mais
    e posso olha-los nos olhos
    E gargalhar de sua inútil persistência
    Por que meus olhos e minha vida seguem
    Miram o novo ano que desponta na esquina
    E que inexoravelmente chegará
    E aí jogarei meus erros junto com prendas pra Iemaná
    Nas águas do Guaíba
    E os meus erros serão arquivados
    Entre calendários do ano que passou
    E aí poderei pintar minhas unhas
    Com esmaltes únicos e exóticos
    Jogar ao alto folhas de tomilho e maneei ao
    Únicas e saborosas
    Degustar meus livros
    Únicos e tentadores e
    Vestir a mais leve roupa despida de erros
    E caminhar nua pelas ruas de meus acertos
    E respirar livre a brisa solta e única
    De minha vida

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  2. Infindavel e permanente aprendizado
    Iemanjá
    Tomilho e manjericao

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