segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Louça

Abro a torneira, mãe.
Pelo ralo mando embora
a gordura dos pratos,
a sujeira das mãos,
as mágoas,
os desentendimentos.
Abro a torneira, mãe.
Sozinha.
Lavo a louça sozinha.
Sozinha,
Nasço,
Morro.
Vivo acompanhada.
A louça?
Lavo sozinha.
Sei que apenas tu és capaz de entender.

5 comentários:

  1. Roupa (ou louça) suja
    Em casa se lava
    De tanto e tanto lavar
    A alegria que aqui habitava
    Mansamente escorreu
    Para o mar

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  2. Roupa (ou louça) suja
    Em casa se lava
    De tanto e tanto lavar
    A alegria que aqui habitava
    Mansamente correu
    Para o mar

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  3. São várias as análises e micro revoluções que acontecem apenas na nossa própria companhia né?

    P.S: Um salve para a internet que, mesmo nos tempos de hoje, é capaz de despertar carinho (ao menos no teu caso, pois por muitas vezes para mim ocorre o contrário, ahaha) antes que as pessoas se conheçam fora do mundo virtual. =)

    Grande bjo,

    Renata Mendonça.

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  4. ... Gosto, Quero... Amo... mas se eu me for munca mais...nem rastro...

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  5. Das coisas mais lindas que tu já escreveu.

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