sábado, 9 de fevereiro de 2013

Sempre tatuo os pontos finais em meu corpo.

5 comentários:

  1. E removeste os pontos de interrogação?

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  2. Nessas horas queria muito você por perto, não tenho para onde ir, não tenho ninguém...

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  3. Sobre meus ombros
    Carrego os pecados e as virtudes do mundo
    Gostaria de caminhar leve
    Mas a dilacerante e dilacerada poesia
    Que transborda em minha pele
    Sangra minhas energias
    Em incontinente hemorragia
    E expõe minhas vísceras
    Melancólica como um tango
    Em tarde de domingo
    Minha pele
    Sempre carrega minhas reticências
    Minhas interrogações
    Virgulas e exclamações
    Não há partida
    Não há chegada
    Resta a travessia
    Não há ponto final
    Mas finjo que os tatuo
    Acreditando decretar finais
    E novos começos
    Meus pequenos dramas
    Embaralho em rimas e poemas
    Pareço um trapezista sem rede
    A ultima das românticas
    A louca que namora com o suicídio
    Mas não se impressione
    Não leve tão a serio
    Nem meu sorriso permanente
    Nem a fraturas expostas
    Em poemas kamikases
    A ebulição que me possui
    A tormenta que me embriaga
    Nao resistem ao aconchego
    Do ombro da pessoa amada
    Não
    Não carregare mais em meus ombros
    Os pecados do mundo
    Apenas uma flor
    Apenas umavrosa
    Não como um ponto que anuncia o fim
    Mas a metaformose do eterno recomeço
    Não creia que houve um final dramático
    A rosa em meu ombro
    Reverencia o amor de Simone e Jean Paul
    Em torno de um cálice e um xícara
    No Café Maurgaux
    Esqueça o texto anterior e
    Os pontos finais em meu corpo
    Esqueça a romântica kamikase
    Afinal nem pensei em me jogar do alto da Torre Eifel
    Não deixarei mais minhas vísceras
    E minhas mais radicais tensões transbordarem
    Mostrando a ebulição que assombra
    Minha alma
    Chega!
    Agora com ar blasé
    Posarei de intelectual com a mão no queixo
    E esconderei meus dramas
    Atras de racionalizações irretocaveis
    Que verbalizarei
    Com o charme frio
    De uma intelectual francesa,
    A rosa no ombro é o ultimo gesto de lirismo
    Chega dessa atitude tórrida e destemperada
    Que invade meu mundo tropical
    Estou cansada
    Uma rosa
    Um corpo
    Um ombro
    Meu corpo pontua
    Um final
    Que desemboca
    No desejo de me ancorar
    No ombro de Simone
    Que me ensinará
    Com voz lenta e pausada
    Sobre a nova mulher que serei
    Após o ponto final
    Tatuado em meu ombro
    Quentão carrega mais os pecados do mundo....
    Apenas uma rosa

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  4. É uma bela flor no seu jardim..

    Hélio

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