quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Infértil

Larga distância de pequenos silêncios entre nós,
arrancaste minha cabeça de teu peito com a força de quem cospe a semente da laranja.
Deixei que ela caísse no solo,
não há mais nada para germinar.




5 comentários:

  1. A palavra soa.
    Quando a semente é boa
    (de pomo de ouro)
    não carece de coro
    que a amplifique,
    nem de fermento ou loa,
    que a magnifique.
    Basta-lhe sentir
    no solo,
    o eco sensível
    que se faz ouvir
    no colo,
    quando a semente é boa.

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  2. A não ser, que a peça que o tempo me pregou,
    Venha com a calmaria, tão comum depois das tormentas - sic- .
    E depois, da dor ao sossego, e do sossego, a um novo bem-querer...

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  3. A não ser, que a peça que o tempo me pregou,
    Venha com a calmaria, tão comum depois das tormentas - sic- .
    E depois, da dor ao sossego, e do sossego, a um novo bem-querer...

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  4. Há um oceano a nos separar
    Entre nós cavastes um abismo
    Em seus pequenos silêncios
    Cada palavra não dita
    São milhas construídas de distância
    Não cultivas a alma dos navegadores
    Que se aventuram mar a dentro
    Sonhando aproximar o mundo
    As naus se sentem mais seguras no cais
    Mas não foram pra isso que foram feitas
    Me sinto como Maria Antonieta
    Diante da guilhotina
    Arrancaste minha a cabeça
    De teu peito
    Como se fosse crime
    Oferecer brioches ao povo faminto
    Me usaste até a última gota de suco
    Tua indelicadeza molda o bagaço
    A semente que cospes
    Por momentos, se imaginou estéril
    Caiu ao solo
    Ao som de um tango melodramático
    De Carlos Gardel
    Por que me deixa distante entre silêncios e gestos bruscos?
    Por que me faz sentir teria, improdutiva, triste?
    Por que sou dramática assim como o tango de Gardel?
    Minha auto-imagem projetada no espelho de minha poesia,
    Não traduz a alegria e a vitalidade que escondo no peito
    será que é você, com seus silêncios, gestos e caroços de laranja,
    Que me faz sentir assim?
    Mas um consolo existe
    De um jeito ou outro
    A vida sempre germina outra vez

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  5. Há um oceano a nos separar
    Entre nós cavaste um abismo
    Em seus pequenos silêncios
    Cada palavra não dita
    São milhas construídas de distância
    Não cultivas a alma dos navegadores
    Que se aventuram mar a dentro
    Sonhando aproximar o mundo
    As naus se sentem mais seguras no cais
    Mas não foram pra isso que foram feitas
    Me sinto como Maria Antonieta
    Diante da guilhotina
    Arrancaste minha cabeça
    De teu peito
    Como se fosse crime
    Oferecer brioches ao povo faminto
    Me usaste até a última gota do suco
    Tua indelicadeza molda o bagaço.
    A semente que cospe
    Por momentos, se imaginou estéril
    Caiu ao solo
    Ao som de um tango melodramático
    De Carlos Gardel
    Por que me deixa distante entre silêncios e gestos bruscos?
    Por que me faz sentir estéril, improdutiva, triste?
    Por que sou dramática assim como o tango de Gardel?
    Minha auto-imagem projetada no espelho de minha poesia,
    Não traduz a alegria e a vitalidade que escondo no peito
    será que é você, com seus silêncios, gestos e caroços de laranja,
    Que me faz sentir assim?
    Mas um consolo existe
    De um jeito ou outro
    A vida sempre germina outra vez

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