terça-feira, 8 de outubro de 2013

Inverno

Olhos no umbigo,
Terra que gira ao redor.
De tanto olhar pra dentro
Tropeço no próprio pé.

No espelho reflete a tristeza 
Da solidão que desejas
Teu silêncio manda embora 
Até as flores da estação.


 

3 comentários:

  1. Palavras ditas,
    Palavras escritas.
    Caminhos longos,
    Curtos caminhos,
    Vielas, grandes avenidas.
    São bilhões de pessoas,
    Girando com o mundo
    E eu estou sozinho!

    Frio do inverno,
    Calor do verão,
    Flores da primavera,
    A tristeza do outono,
    Da passagem pelo tempo
    Fica a marca indelével.
    Mas que tudo isto importa,
    Se em mim há solidão!

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  2. A tristeza é necessária. Mas o sol sempre teima em brilhar.

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  3. Não te no jeito
    Caso perdido
    Incorrigível
    É verdade que vida de popstar
    Me levar a centrar o olhar
    No próprio umbigo
    E o tropeço no pé
    É a revelação do revero do que sou
    Porque insisto em me dizer triste e solitária
    Quando estou feliz e cheio de decisões
    A vida é espinhos e flores
    Bem sei
    mas não tenho do quente queixar
    Poque minha poesia é tão triste e angustiada?
    Mal sei
    resolvi ficar perto de casa
    Decidi cruzar as escovas de dentes
    Com meu parceiro de vida
    Reduzindo meus horizontes
    Do Paranoá para o Guaíba
    Não quero percorrer longas distancias
    Para atender as expectativas
    Que os outros constroem para mim
    Quero coisas simples
    Como almoçar em casa ou estar perto dos amigos
    E voar menos
    Fisicamente, a poesia pode me fazer viajar
    Estou fechando um ciclo
    A vida impõe decisões
    Talvez queira só uma casa no campo
    Onde possa realizar a utopia de Zé Rodriz e Guarabira
    Porque insisto em me dizer aqui triste e solitária?
    Minha vida é o desmentido vivo da minha poesia
    A vida nem sempre imita a arte
    E nem Vice-versa
    Vou sentir saudades
    De minha projeção nacional
    Os pampas são tão longe de tudo
    Vou deixar saudades, é verdade
    Mas quero um pouco de paz e tranqüilidade
    Não é crime isto
    Este JK deve ter sido um maluco
    De plantar Brasília no coração do país
    No cenário árido do cerrado brasileiro
    Minha terra é minha pátria
    Quero ficar perto das raízes
    Tomar chimarrão e estar perto
    Das coisas que escolhi pra viver
    As coisasmque vivo hoje
    São uma mistura contraditória
    De fascinação e tédio
    De tesão e enfado
    Vou pra minha terra
    Já disse o grande poeta
    Que o rio mais bonito
    É ombreio da minha aldeia
    Quem sabe se quando envelhecer mais um pouco
    Não viro Senadora da Republica
    Nome pomposo e imponente
    Que fará voltar
    Para o Planalto Central
    Enquanto isto não acontece
    Vou cuidar
    Das flores do meu jardim

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