Dia cheio de contradições. Dia de vida.
Perdemos a mãe de uma grande amiga, de enorme coração, a mãe da querida Mara. A Mara é a pessoa que me ensinou que aquela estória de que a mão é do tamanho do coração é mentira. Porque ela tem uma mão bem pequenininha e um coração enorme.
Sempre sofro muito em velórios e enterros. Esse, em especial, guardava uma infeliz casualidade: foi a mesma capela em que minha avó foi velada.
Lá, estávamos todos nós. Colegas de trabalho que somos, irmãos que nos transformamos no PCdoB, no gabinete, nas campanhas, na vida. Debatíamos se o Régis deveria remarcar a festinha que organizou para comemorar o um aninho do Téo (filho dele e meu afilhado), logo depois do expediente. Concluímos que sim. A morte só é triste porque nos lembramos da vida, do tempo em que vivemos com aquela pessoa querida. Então, nada mais justo do que celebrar a vida (há muito escrito sobre o Téo, nos primeiros posts do blog, há um ano). Principalmente a de alguém especial como o Téo.
Por que escrevo tudo isso? Porque lá pelas tantas, enquanto abraçávamos a Mara chorando ou sentávamos no canto para conversar, a Gisele concluiu: somos uma família desajeitada, uma família buscapé. É verdade Gi. Nos tornamos uma grande família. Juntos compartilhamos a alegria da construção de um Brasil melhor, juntos nos cansamos nas campanhas, comemoramos as vitórias, choramos as derrotas. Juntos crescemos (nos dois sentidos, etário e de amadurecer). Juntos compartilhamos inícios e finais de relacionamentos, a saúde de nossas pessoas queridas e as doenças. Os momentos tristes, como a perda da mãe da Marinha e os felizes, como o nascimento e a saúde do Téo.
Nos tornamos uma família. De comunistas, jovens, amigos. Alguns de mãos pequenas. Mas todos com um coraçaõ com muito amor.
Obrigada por estarem sempre comigo.
5 comentários:
Manu, sabia que estaria a meu lado hj, mas fiquei surpresa por te ver indo e vindo me oferecer teu carinho entre uma agenda e outra. Coisa bem boa ter gente sensível por perto!!! Obrigada por hj e por todos e tantos dias em que entendeste o momento dificil pelo qual eu e minha mãe estávamos passando! Valeu pela sensibilidade, solidariedade e amizade! Me orgulho de ser uma integrante da família buscapé. Te adoro!
É isso que me emociona no PCdoB... essa capacidade de se tornar irmão, essa mão pequena e o coração enorme... Que assim seja sempre!
Muito bom saber que existe nesse deserto árido e seco que é o nosso governo, esperança de uma futuro melhor, de água fresca, sinonimo de vida, logo esperança, ao povo. Parabéns pelo o que tem feito e mudado, não conheço direito o seu trabalho nem a você, mas acompanho seu blog quase que diariamente, e deixo aqui expresso de uma forma simples e singela a satisfação que é poder ter pessoas como você,. lutando pelo ideias de um bem comum.
Manu, somos uma familía desajeitada, mas muito feliz, pois acreditamos no que fazemos e por isso fazemos com tanto amor.Um beijo grande amo todos vocês!!!
O Rappa tem uma música que diz mais ou menos assim:
"Família é quem você escolhe pra viver
Família é quem você escolhe pra você
Não precisa ter conta sanguínea
É preciso ter sempre um pouco mais de sintonia"
É isso!
bj
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