Busquem na internet "Cinco a seco". São uns guris maravilhosos que descobri por acaso.
sábado, 28 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
O que motiva?
Olhem esse depoimento publicado no site da campanha e entendam gente. É isso que dá forças para enfrentar o fogo cruzado.
Daniela De Freitas Fanfa
Quinta, 26 de Agosto de 2010
Manu, bom dia, tarde ou noite(se for você que estiver lendo meu depoimento e pra quem o está lendo também). Meu nome é Daniela Fanfa. Tenho 17 anos e esta é a primeira eleição que voto. Vejo seus programas desde quando você se candidatou À
vereadora de POA, e desculpe, mas tanto me fazia se você existia ou não até ver
o seu programa na segunda feira. Quando soube Manu, que tu fizesse a lei do
estagiário, fiquei muito feliz, por saber que alguém da política se importava
comigo e com os meus amigos. Antes de ser estagiária da ECT(Empresa de Correios
e Telégrafos), recebia um salário miséravel, ao qual chamavam de "estágio", onde
eu ganhava 150 por mês(que depois recebia apenas por produção), trabalhava das
13.00 às 17.00, o que, por se aproveitarem, usaram de me colocar até as 17.30,
onde me atrasava para escola. Até que consegui o meu estágio, que, não por me
gabar, acho um dos melhores. Tua lei me ajudou a ter meu primeiro emprego de
carteira assinada, com dieito a férias, décimo terceiro, melhor, ajudou eu, a
Lu, a Fran, a Ray e mando um abraço pra você no meu nome e no delas também. Vou votar em você e espero que um dia tu passe na minha casa pra falarmos sobre
política, tomares um café. Brigada Manu, faça mais por mim e por nós jovens.
Beijos Daniela Fanfa
Carta aberta
Acho que aqui consegui escrever um pouco melhor. Se ainda resta dúvida em alguém... Juro que é a última coisa que escrevo sobre o tema. É que fiquei louca, louca, louca de irritada com tudo isso.
Cara Hildegard Angel,
Tentei manter contato com você de diversas formas. Resolvi escrever e postar em seu blog, talvez a modernidade nos imponha essa forma de contato. Não nos conhecemos mas acredito que compartilhamos – com alguns milhares de brasileiros – o sonho de um Brasil democrático e justo. Sonho de gerações de meu partido (o PCdoB) e de sua família.
Vivo dias dignos de Kafka, a partir de uma coluna assinada por você. Aliás, a coluna aborda o tema do humor na política de maneira bem próxima aquilo que penso. Mas existe um porém. Você usou uma fonte com equívocos e cita o meu nome.
Depois de tentar esclarecer pelo telefone com sua equipe, resolvi colocar no papel.
A lei eleitoral é de 1997. Ela não aborda apenas o humor na política. Ela aborda todas as regras das eleições. Muros, faixas, tamanhos, CNPJ, fotos, contas, tudo aquilo que diz respeito ao processo eleitoral. No ano passado fizemos alguns ajustes a essa lei. Como deputada, o procedimento legislativo DEVE SER que, qualquer tema relacionada ao processo eleitoral passa por emendas ou alterações a essa lei já existente. Apresentamos emendas supressivas ou aditivas. Coube a mim, como deputada que sempre lutou pela liberdade de expressão e, precisamente na internet, tentar liberar o uso dessa importante ferramenta nas eleições.
Assim o fiz. E conseguimos. Diferente do processo eleitoral de 2008, no qual sites, vídeos, comunidades em redes socais, foram retirados no ar pela Justiça Eleitoral, nessas eleições todos usam abertamente a internet. Nessa emenda, proibimos a trucagem e a montagem em sites de candidatos. Apenas em sites de candidatos. Qual o objetivo? CANDIDATOS USAVAM MONTAGENS FALSAS A SEU FAVOR. Apenas isso.
Esse foi o meu papel em todo o processo da mini-reforma. Nada, absolutamente nada relacionado à censura. Muito menos a censura aos humoristas, a quem fui solidária diante da interpretação do PODER JUDICIÁRIO.
Tua voz é muito mais forte do que a minha. Tua coluna é lida por milhares de pessoas que, de imediato, passaram a me acusar de ser autora de uma lei de 1997. Repare: em 1997 EU TINHA 16 ANOS. NÃO VOTAVA!!! ESTAVA NO ENSINO MÉDIO!
Tua coluna passou a ser usada por todos aqueles que disputam eleições contra mim. Usada de maneira baixa, é verdade, por que infelizmente muitos fazem política assim, na direita e na esquerda.
Disse que vivo dias dignos de Kakfa por não ter mais o que fazer. É como provar que não há relação extraconjugal. Se não há fatos, não há provas. Peço que corrijas essa informação. Sei que não agiste de má fé e reitero, gostei muito de tua posição no artigo. Mas o fato se tornou muito grave para mim. O mal entendido, a falta da informação correta, virou uma bola de neve. Contra a pessoa errada, que nada tem com isso.
Abraço solidário,
Manuela dÁvila - Deputada Federal do PCdoB -RS
Cara Hildegard Angel,
Tentei manter contato com você de diversas formas. Resolvi escrever e postar em seu blog, talvez a modernidade nos imponha essa forma de contato. Não nos conhecemos mas acredito que compartilhamos – com alguns milhares de brasileiros – o sonho de um Brasil democrático e justo. Sonho de gerações de meu partido (o PCdoB) e de sua família.
Vivo dias dignos de Kafka, a partir de uma coluna assinada por você. Aliás, a coluna aborda o tema do humor na política de maneira bem próxima aquilo que penso. Mas existe um porém. Você usou uma fonte com equívocos e cita o meu nome.
Depois de tentar esclarecer pelo telefone com sua equipe, resolvi colocar no papel.
A lei eleitoral é de 1997. Ela não aborda apenas o humor na política. Ela aborda todas as regras das eleições. Muros, faixas, tamanhos, CNPJ, fotos, contas, tudo aquilo que diz respeito ao processo eleitoral. No ano passado fizemos alguns ajustes a essa lei. Como deputada, o procedimento legislativo DEVE SER que, qualquer tema relacionada ao processo eleitoral passa por emendas ou alterações a essa lei já existente. Apresentamos emendas supressivas ou aditivas. Coube a mim, como deputada que sempre lutou pela liberdade de expressão e, precisamente na internet, tentar liberar o uso dessa importante ferramenta nas eleições.
Assim o fiz. E conseguimos. Diferente do processo eleitoral de 2008, no qual sites, vídeos, comunidades em redes socais, foram retirados no ar pela Justiça Eleitoral, nessas eleições todos usam abertamente a internet. Nessa emenda, proibimos a trucagem e a montagem em sites de candidatos. Apenas em sites de candidatos. Qual o objetivo? CANDIDATOS USAVAM MONTAGENS FALSAS A SEU FAVOR. Apenas isso.
Esse foi o meu papel em todo o processo da mini-reforma. Nada, absolutamente nada relacionado à censura. Muito menos a censura aos humoristas, a quem fui solidária diante da interpretação do PODER JUDICIÁRIO.
Tua voz é muito mais forte do que a minha. Tua coluna é lida por milhares de pessoas que, de imediato, passaram a me acusar de ser autora de uma lei de 1997. Repare: em 1997 EU TINHA 16 ANOS. NÃO VOTAVA!!! ESTAVA NO ENSINO MÉDIO!
Tua coluna passou a ser usada por todos aqueles que disputam eleições contra mim. Usada de maneira baixa, é verdade, por que infelizmente muitos fazem política assim, na direita e na esquerda.
Disse que vivo dias dignos de Kakfa por não ter mais o que fazer. É como provar que não há relação extraconjugal. Se não há fatos, não há provas. Peço que corrijas essa informação. Sei que não agiste de má fé e reitero, gostei muito de tua posição no artigo. Mas o fato se tornou muito grave para mim. O mal entendido, a falta da informação correta, virou uma bola de neve. Contra a pessoa errada, que nada tem com isso.
Abraço solidário,
Manuela dÁvila - Deputada Federal do PCdoB -RS
A vida digital
Militantes mais antigos me juram que havia um tempo em que alguns partidos contratavam pessoas para espalhar boatos. Dizem, por exemplo, que as grandes paradas de ônibus eram o melhor lugar para isso. A pessoa ficaria ali parada, receberia um panfleto e gritaria, por exemplo: "nesse eu não voto porque bate em mulher". E aí estaria a explicação para um série de boatos que surgiam sincronizados na cidade inteira. Achei péssimo saber disso, é óbvio. Mas foi uma explicação que me pareceu razoável para algumas versões que corriam com o vento. Comigo sempre surgiram os mesmos dois boatos: que eu sou festeira e lésbica. Como me elegi vereadora aos 22 anos, nunca vi nenhum problema em dizerem que sou festeira. Afinal, não fosse a vida corrida que tenho, seria natural eu estar em uma ou outra festa. Já o fato de minha sexualidade também nunca fez eu me sentir ofendida. Não sou lésbica, mas se fosse não mudaria em nada a forma como vejo o mundo. Ou seja, nunca dei bola.
Essa semana, porém, percebi que a internet é uma ferramenta mais democrática também para isso! Dessa vez com um fato sério, que foi a interpretação mal feita por alguns e maldosa de outros, de uma emenda minha a uma lei. Esse fato já está superado e acho que todos já leram e entenderam a verdade. Mas o fato é que transformaram minha emenda que liberou o uso de internet em campanhas eleitorais em uma lei de 1997 (ano em que eu ainda estava no Ensino Médio e nem votava!) que censurava o humor.
Apenas descobri isso por que uso as redes sociais. Ali vi perguntas sem nehum sentido surgirem. A diferença é que, pela internet, é mais fácil descobrir quem é "a senhora sentada na parada de ônibus". Também é mais fácil responder.
Depois disso, passei a olhar outras coisas que as pessoas diziam sobre mim, indiretamente. Um militante de um partido de esquerda, por exemplo, ridicularizava um projeto super bacana de minha autoria. Um que prevê que o SUS distribua filtro solar. Tratava como um projeto fútil, abstraindo talvez (ou abusando de sua suposta condição de anonimato) que o cancêr que mais mata no nosso país é o de pele. E que os trabalhadores do campo e das ruas de nossas cidades, esses que ganham um salário mínimo ou menos, não tem recursos para comprar algo que pode ser fundamental para previnirmos essa maldita doença e economizarmos milhões no tratamento.
Escrevi tudo isso porque percebi que a falta de envolvimento com a política e o descrédito de nossa política faz as pessoas reproduzirem coisas sem ler ou entender, julgar sem antes perguntar, adotar posturas radicais sem ouvir. Se é verdade que existe muita coisa ruim por aí (e as essas combatemos cotidianamente), também é verdade que agora é mais fácil esclarecer, conversar, perguntar, ouvir, discutir.
A democracia que queremos construir, a justiça social que lutamos para ver existir, passa pela não existência de censura, sim, mas também passa pelo não existência de "donos da verdade". Já que a vida digital nos abre tantas portas, agora a gente pode aproveitar e conversar. Como se estivesse na parada de ônibus com aquela senhora paga para fazer fofoca. Já pensou em olhar para ela e perguntar: "de onde a senhora sabe disso?"
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Dia intenso
No silêncio de meu apartamento o dia e os últimos anos passam pela minha cabeça de maneira frenética. Decido desabafar aqui, o espaço que eu mesma criei para falar de minha vida, de minhas felicidades e angústias.
Olho a menina que era há apenas seis anos atrás. Penso em tudo o que a vida e as pessoas me ensinaram. A não desistir, a não mudar, a manter a calma, a conversar mais. A ouvir. Lembro de rostos, de mensagens de esperança. Lembro de dias e noites escuras.
Hoje vivi uma grande mistura de tudo isso. Encontrei, no comício em Viamão, uma menina que escreveu para o site (a Laura) dizendo que passou a acreditar na política devido a nossa atuação. Linda, com quinze anos, Laura me emocionou porque é jovem como eu era quando mergulhei na luta política, no movimento estudantil.
Minutos depois vi pela internet a grande onda que estava se formando em torno de uma matéria no site Congresso em Foco sobre minha atuação parlamentar. Imaginem a minha reação ao ler mensagens dizendo que eu havia criado a censura na TV! Seria como ler que o Senador Paim que é autor de uma lei contra os aposentados. Uma contradição. Um absurdo! Me acertou no peito. Por vários motivos. O primeiro deles é porque este é um site sério e que eu respeito. Foi justamente o site que propiciou a disputa sobre os melhores parlamentares do Congresso (em que ganhei a que melhor representa a população, pela escolha na internet!). O segundo por que ler uma crítica é sempre difícil. Mas aprendi a conviver com elas. Principalmente quando decorrem de uma opinião minha que desagrada as pessoas. Não somos obrigados a concordar em tudo. Mas receber críticas sobre algo que é crucial na minha história e luta política é duro. Disse para o jornalista: seria como alguém me dizer que leu uma lei de minha autoria proibindo dois homossexuais de se beijarem! Uma loucura! Uma injustiça!(Já que sou autora da lei da união civil entre pessoas do mesmo sexo!).
Acho que conseguimos corrigir e esclarecer as pessoas. Alguns dizem: não dá bola para um ou outro, é maldade... Sei que muitos fazem na maldade das disputas políticas. Já me acostumei com elas. As combato cotidianamente. Mas cada cidadão deve ser valorizado. Cada pessoa é importante. E o fato de uma pessoa qualquer, por mais diferente de mim que seja, por mais opositor que seja, se um cidadão apenas achar que eu defendo a censura... já é triste demais para mim.
Espero que tenham entendido porque publiquei a nota abaixo, espero que tenham entendido a nota, espero que leiam novamente a matéria do site (que não diz o que alguns interpretaram). Espero que entendam o porquê do desabafo.
Tem dias que são intensos. Hoje foi um deles.
Olho a menina que era há apenas seis anos atrás. Penso em tudo o que a vida e as pessoas me ensinaram. A não desistir, a não mudar, a manter a calma, a conversar mais. A ouvir. Lembro de rostos, de mensagens de esperança. Lembro de dias e noites escuras.
Hoje vivi uma grande mistura de tudo isso. Encontrei, no comício em Viamão, uma menina que escreveu para o site (a Laura) dizendo que passou a acreditar na política devido a nossa atuação. Linda, com quinze anos, Laura me emocionou porque é jovem como eu era quando mergulhei na luta política, no movimento estudantil.
Minutos depois vi pela internet a grande onda que estava se formando em torno de uma matéria no site Congresso em Foco sobre minha atuação parlamentar. Imaginem a minha reação ao ler mensagens dizendo que eu havia criado a censura na TV! Seria como ler que o Senador Paim que é autor de uma lei contra os aposentados. Uma contradição. Um absurdo! Me acertou no peito. Por vários motivos. O primeiro deles é porque este é um site sério e que eu respeito. Foi justamente o site que propiciou a disputa sobre os melhores parlamentares do Congresso (em que ganhei a que melhor representa a população, pela escolha na internet!). O segundo por que ler uma crítica é sempre difícil. Mas aprendi a conviver com elas. Principalmente quando decorrem de uma opinião minha que desagrada as pessoas. Não somos obrigados a concordar em tudo. Mas receber críticas sobre algo que é crucial na minha história e luta política é duro. Disse para o jornalista: seria como alguém me dizer que leu uma lei de minha autoria proibindo dois homossexuais de se beijarem! Uma loucura! Uma injustiça!(Já que sou autora da lei da união civil entre pessoas do mesmo sexo!).
Acho que conseguimos corrigir e esclarecer as pessoas. Alguns dizem: não dá bola para um ou outro, é maldade... Sei que muitos fazem na maldade das disputas políticas. Já me acostumei com elas. As combato cotidianamente. Mas cada cidadão deve ser valorizado. Cada pessoa é importante. E o fato de uma pessoa qualquer, por mais diferente de mim que seja, por mais opositor que seja, se um cidadão apenas achar que eu defendo a censura... já é triste demais para mim.
Espero que tenham entendido porque publiquei a nota abaixo, espero que tenham entendido a nota, espero que leiam novamente a matéria do site (que não diz o que alguns interpretaram). Espero que entendam o porquê do desabafo.
Tem dias que são intensos. Hoje foi um deles.
Em defesa da liberdade de expressão
A respeito da matéria publicada no site Congresso em Foco no dia 11/08/2010 gostaria de registrar alguns pontos:
1 - Tenho uma atuação marcada pela defesa da liberdade de expressão e pela defesa da liberdade na internet. Fui uma das deputadas mais atuantes na luta contra o AI-5 Digital e em defesa da liberdade plena dos usuários da internet, sendo uma das autoras da lei que LIBERA O USO DA INTERNET NAS ELEIÇÕES.
2 - Minha emenda associada à matéria se refere EXCLUSIVAMENTE AOS SITES DE CANDIDATOS, jamais legislei ou inspirei nenhuma legislação sobre TV, principalmente sobre CENSURA.
3 - Após receber diversos e-mails e mensagens pelas redes sociais que uso e defendo, percebi que há um profundo equívoco de interpretação por parte de diversos leitores da matéria, por isso reitero;
SOU CONTRA QUALQUER TIPO DE CENSURA, INCLUSIVE A CENSURA DO HUMOR NA TV, e minha emenda garante a liberdade dos internautas.
Deputada Manuela d'Ávila (PCdoB/RS)
1 - Tenho uma atuação marcada pela defesa da liberdade de expressão e pela defesa da liberdade na internet. Fui uma das deputadas mais atuantes na luta contra o AI-5 Digital e em defesa da liberdade plena dos usuários da internet, sendo uma das autoras da lei que LIBERA O USO DA INTERNET NAS ELEIÇÕES.
2 - Minha emenda associada à matéria se refere EXCLUSIVAMENTE AOS SITES DE CANDIDATOS, jamais legislei ou inspirei nenhuma legislação sobre TV, principalmente sobre CENSURA.
3 - Após receber diversos e-mails e mensagens pelas redes sociais que uso e defendo, percebi que há um profundo equívoco de interpretação por parte de diversos leitores da matéria, por isso reitero;
SOU CONTRA QUALQUER TIPO DE CENSURA, INCLUSIVE A CENSURA DO HUMOR NA TV, e minha emenda garante a liberdade dos internautas.
Deputada Manuela d'Ávila (PCdoB/RS)
Campanha
Fazer campanha é para mim, em primeiro lugar, estar mais próxima ainda das pessoas. Nas eleições, testemunho cenas ímpares de esperança nos olhos de crianças, nas palavras de senhoras. Vejo a alegria que as pessoas tiram de pequenas ações. Vejo o amor gratuito que o ser humano tem para dar.
Mas também vejo a fúria no trânsito, as buzinas desnecessárias, o individualismo das ultrapassagens arriscadas nas estradas. Vejo mais mães e pais desesperados com a dependência química dos filhos, mais filhos desesperados pela falta de atendimento hospitalar para os pais.
Fazer campanha é nutrir-se de mais certeza da necessidade de lutarmos para melhorar a vida dessas pessoas.
Mas também vejo a fúria no trânsito, as buzinas desnecessárias, o individualismo das ultrapassagens arriscadas nas estradas. Vejo mais mães e pais desesperados com a dependência química dos filhos, mais filhos desesperados pela falta de atendimento hospitalar para os pais.
Fazer campanha é nutrir-se de mais certeza da necessidade de lutarmos para melhorar a vida dessas pessoas.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Falta tempo!
Anda faltando tanto tempo para o blog quanto para algumas coisas da vida. Mas tenho muitas coisas boas para contar. Depois eu tento.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Apenas começando...
Eu confesso: Gosto de fazer aniversário. Gosto mais a cada ano. Transformei a data num grande momento de reflexão, uma espécie de Ano-novo meu. Sem o compromisso do 31 de dezembro, o dia 18 de agosto transformou-se no meu grande momento de recomeçar, de corrigir, de comemorar. Sempre penso em algo simbólico. Este 18 de agosto, por exemplo, é meu último aniversário de vinte. São vinte e nove anos bem vividos. Para aqueles que dizem: "passa rápido, hein?", respondo com a frase que aprendi no ano passado: "se tu parares para pensar tudo o que fizeste no ultimo ano, vais ver que passa bem devagar!"
Com o tempo também relativizei determinados conceitos, ao mesmo tempo que consolidei outros. Na política, me tornei ainda mais sólida na defesa dos ideais que me levaram ao PCdoB, quado completava 17 anos... Na minha vida... Ih! Achava que com 30 seria uma senhora! E agora que apenas um ano me separa da data... Ainda me considero tão tão jovem!!!
Não posso reclamar. Entre dores e amores, vivi muitas dores. Mas muito mais amores. Recebo, aos 29 anos, o carinho cotidiano de pessoas absolutamente desconhecidas! Tenho a
Chance de conhecer de perto Tanta coisa, tanta gente!!! Sinto falta de muito! De tantos sonhos, ainda restam tantos... Mas ainda resta muito, muito tempo. E o tempo, quando falamos da vida, sempre ajuda a ver sonhos virarem realidade! Que assim seja. Para todos nós!
Com o tempo também relativizei determinados conceitos, ao mesmo tempo que consolidei outros. Na política, me tornei ainda mais sólida na defesa dos ideais que me levaram ao PCdoB, quado completava 17 anos... Na minha vida... Ih! Achava que com 30 seria uma senhora! E agora que apenas um ano me separa da data... Ainda me considero tão tão jovem!!!
Não posso reclamar. Entre dores e amores, vivi muitas dores. Mas muito mais amores. Recebo, aos 29 anos, o carinho cotidiano de pessoas absolutamente desconhecidas! Tenho a
Chance de conhecer de perto Tanta coisa, tanta gente!!! Sinto falta de muito! De tantos sonhos, ainda restam tantos... Mas ainda resta muito, muito tempo. E o tempo, quando falamos da vida, sempre ajuda a ver sonhos virarem realidade! Que assim seja. Para todos nós!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Estímulo!
Será a idade? Serão as marcas que ficam com as alegrias e amarguras da vida? Não sei. Sei que hoje um senhor me fez chorar. Depois de um dia exaustivo, daqueles que o corpo pede para ser remontado, fui tomar um café com leite e comer um cacetinho com queijo na padaria, na esquina do Partido. Eis que um senhor se levanta, vai a minha mesa e diz: "obrigada por tu existir na política". E repetiu.
Não sei. O cansaço, os nervos a flor da pele, a véspera do aniversario... Tudo junto fez eu me emocionar. E me revigorou para esses próximos 50 dias.
Ah! Se esse senhor soubesse como é bom ouvir uma frase de estímulo!
Não sei. O cansaço, os nervos a flor da pele, a véspera do aniversario... Tudo junto fez eu me emocionar. E me revigorou para esses próximos 50 dias.
Ah! Se esse senhor soubesse como é bom ouvir uma frase de estímulo!
sábado, 14 de agosto de 2010
A bailarina
Ela havia nascido com os pés tortos. Mas, para realizar o sonho da família, dedicara-se desde a mais tenra idade ao ballet. Seria bailarina.
Treinava, comprava Saias, sapatilhas, tiaras. Dançava. Conseguiu. Tornou-se bailarina do teatro municipal.
Todos reconheciam sua graça, seu jeito delicado, seu esforço. A cidade sentia orgulho de sua estrela.
Mas para os pais, aqueles a quem ela havia dedicado os treinos, os esforços, as dores, para eles ela ainda seguia a menina dos pés tortos.
Nunca chamava a atenção deles sua dedicação, sua graça. Por melhor treinada que estivesse, por mais capas de jornais que ocupasse, eles sempre a
Faziam lembrar que ela nascera com os pés tortos.
Treinava, comprava Saias, sapatilhas, tiaras. Dançava. Conseguiu. Tornou-se bailarina do teatro municipal.
Todos reconheciam sua graça, seu jeito delicado, seu esforço. A cidade sentia orgulho de sua estrela.
Mas para os pais, aqueles a quem ela havia dedicado os treinos, os esforços, as dores, para eles ela ainda seguia a menina dos pés tortos.
Nunca chamava a atenção deles sua dedicação, sua graça. Por melhor treinada que estivesse, por mais capas de jornais que ocupasse, eles sempre a
Faziam lembrar que ela nascera com os pés tortos.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Esperança
A correria esta grande, cada vez maior. A vida desorganizando, os almoços faltando, os lanches sobrando. Pessoas amadas que encontro no caminho, olhares "gordos", olhos de afeto. Esperança. Sempre ela é que nos move.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
"Alegria"
Pegou a mala, a cuia e os sapatos especiais e viajou. Partiu de Gravataí, chegou a Rio Grande. A vida o havia ensinado apenas um ofício: o de palhaço. Com palhaçadas ganhava a vida e tornava a vida dos outros mais leve. "Alegria", o nome escolhido para aquele que passava a existir no momento em que o macacão laranja era vestido juntamente com a camisa azul e o par de sapatos vermelho e amarelo.
Encontrei "Alegria" triste. Foi proíbido de fazer a vida mais leve no centro da cidade. Suas palhaçadas atrapalhavam o trânsito das pessoas, sua voz fazia concorrência a algumas lojas. A lei, fria, foi cumprida. "Alegria" saiu das ruas e agora, mais triste e com menos sonhos, pegará a estrada de volta para sua cidade.
Será preciso parar de sorrir para as cidades funcionarem? Não! Não é possível! Proponho que no lugar de cada traficante seja posto um palhaço!!! Assim, quem sabe, "as autoridades responsáveis pela saída de Alegria do calçadão" percebam quem faz mal para as cidades! E as ruas serão mais alegres e nossa sociedade viverá com mais paz!
Encontrei "Alegria" triste. Foi proíbido de fazer a vida mais leve no centro da cidade. Suas palhaçadas atrapalhavam o trânsito das pessoas, sua voz fazia concorrência a algumas lojas. A lei, fria, foi cumprida. "Alegria" saiu das ruas e agora, mais triste e com menos sonhos, pegará a estrada de volta para sua cidade.
Será preciso parar de sorrir para as cidades funcionarem? Não! Não é possível! Proponho que no lugar de cada traficante seja posto um palhaço!!! Assim, quem sabe, "as autoridades responsáveis pela saída de Alegria do calçadão" percebam quem faz mal para as cidades! E as ruas serão mais alegres e nossa sociedade viverá com mais paz!
domingo, 8 de agosto de 2010
A canoa e o mar
Ele achava que quando soubesse o que queria tudo seria mais fácil. Afinal, quando se tem claro o objetivo, é só definir o caminho a seguir que ele é alcançado, certo? Errado. Tudo era mais fácil quando ele deixava que a vida o levasse, como o mar leva a canoa. Era mais fácil ser canoa, mesmo achando que era mar.
Quando soube exatamente o que queria, muito da canoa já havia sido destruído pela maresia.
Quando soube exatamente o que queria, muito da canoa já havia sido destruído pela maresia.
Ah! Brasília...
Quando fui eleita deputada as pessoas muitas vezes pediam: não deixa Brasilia mudar aquilo que és. Sempre entendi isso como um apelo para que eu não desistisse de meus sonhos, que não deixasse "subir para a cabeça", que não me tornasse parecida com aqueles que combato. Acho que, nesse sentido, sigo intacta. Sigo sabendo para que estou La, quem represento. E isso é o que faz com que eu não vacile: lembrar dessas pessoas.
Mas muito em mim mudou nesses quase 4 anos. Eu poderia falar da tal maturidade política. Maior capacidade de dialogar, de pautar projetos, maior eficiência nas ações. Mas sei que nada mudou tanto quanto minha relação comigo mesma. Reconhecer limites, trabalhar em grupo, confiar ainda mais nas pessoas. Ser absolutamente sozinha na capital federal fez com que eu me conhecesse mais e por isso respeitasse mais aos outros.
A gente aprende o tempo inteiro, graças a Deus. Brasília fez eu Conhecer a mim mesma. Valorizar mais as pessoas que ficam aqui no estado, me aproximar ainda mais de meus amigos.
Mas muito em mim mudou nesses quase 4 anos. Eu poderia falar da tal maturidade política. Maior capacidade de dialogar, de pautar projetos, maior eficiência nas ações. Mas sei que nada mudou tanto quanto minha relação comigo mesma. Reconhecer limites, trabalhar em grupo, confiar ainda mais nas pessoas. Ser absolutamente sozinha na capital federal fez com que eu me conhecesse mais e por isso respeitasse mais aos outros.
A gente aprende o tempo inteiro, graças a Deus. Brasília fez eu Conhecer a mim mesma. Valorizar mais as pessoas que ficam aqui no estado, me aproximar ainda mais de meus amigos.
Feliz dia dos pais!
Hoje lembrei apenas das mamadeiras com mel porque ele insistia ser mais saudável. E dos discursos para desligar a luz, fechar a torneira e separar o lixo.
Feliz dia dos pais a todos que assumem a paternidade como o desafio de melhorar o mundo!
Feliz dia dos pais a todos que assumem a paternidade como o desafio de melhorar o mundo!
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Pois é...
Não obedeci completamente aos médicos mas me sinto melhor... Consegui diminuir o ritmo ontem (apenas do corpo, o coração pulou muito com o jogo do meu colorado e o primeiro debate dos presidenciáveis). Hoje caminhei com os militantes no centro da cidade, conversei com as pessoas, fiz as coisas que me deixam feliz.
Parava um pouquinho, respirava um pouquinho e seguia adiante.
Bom final de semana para todos!
Parava um pouquinho, respirava um pouquinho e seguia adiante.
Bom final de semana para todos!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Repouso
Sentir dor sempre é terrível! Mas sentir muita dor, sozinha, longe de todos que amamos é a pior coisa do mundo. Foi o que aconteceu comigo ontem. Depois de algumas horas muito ruins, injeções e etc consegui ficar bem de novo. Portanto, se estiver ausente por aqui vocês já sabem... Repouso, para conseguir ter muita força para nossa grande luta!
Felicidade
Há doze anos milito no PCdoB. há doze anos me organizei num partido por ter a certeza de que apenas lutando poderiamos mudar a vida da população para melhor.
Sempre me perguntam: porque lutas? Luto pela felicidade das pessoas, respondo. Felicidade? Isso é filosófico?!? Não, respondo. A felicidade subjetiva é sim matéria filosófica. A quem e como amamos, que férias queremos, que valores temos. Isso é felicidade subjetiva.
Mas existe uma felicidade que é objetiva. O acesso a saúde, a educação, a moradia digna, por exemplo. Será que é possível ser feliz com um filho doente? Não, não é. Mas é mais feliz aquele que tem condições de hospitalizar o filho, em relação ao pai que vê o seu morrer sem atendimento.
Dito isto, gostaria de compartilhar com vocês uma iniciativa de meu mandato em conjunto com o Senador Cristovam buarque. Nós apresentamos a chamada "PEC da felicidade". Que inclui na constituição, em seu artigo sexto, a expressão "busca da felicidade". O que queremos dizer? Que os direitos fundamentais (educação, saúde, moradia) são essenciais na busca da felicidade dos cidadãos brasileiros.
Como diz o Professor Cristovam: queremos deixar a constituição viva, quente e compreensível. Queremos que a população entenda seus direitos. Queremos debater as responsabilidades do estado (o mesmo estado que cobra impostos) sobre as infelicidades dos cidadãos pelo não cumprimento do que a constituição garante.
Pensem. Opinem. Ser feliz é difícil. Mas se não temos casa, educação, saúde é praticamente impossível.
Sempre me perguntam: porque lutas? Luto pela felicidade das pessoas, respondo. Felicidade? Isso é filosófico?!? Não, respondo. A felicidade subjetiva é sim matéria filosófica. A quem e como amamos, que férias queremos, que valores temos. Isso é felicidade subjetiva.
Mas existe uma felicidade que é objetiva. O acesso a saúde, a educação, a moradia digna, por exemplo. Será que é possível ser feliz com um filho doente? Não, não é. Mas é mais feliz aquele que tem condições de hospitalizar o filho, em relação ao pai que vê o seu morrer sem atendimento.
Dito isto, gostaria de compartilhar com vocês uma iniciativa de meu mandato em conjunto com o Senador Cristovam buarque. Nós apresentamos a chamada "PEC da felicidade". Que inclui na constituição, em seu artigo sexto, a expressão "busca da felicidade". O que queremos dizer? Que os direitos fundamentais (educação, saúde, moradia) são essenciais na busca da felicidade dos cidadãos brasileiros.
Como diz o Professor Cristovam: queremos deixar a constituição viva, quente e compreensível. Queremos que a população entenda seus direitos. Queremos debater as responsabilidades do estado (o mesmo estado que cobra impostos) sobre as infelicidades dos cidadãos pelo não cumprimento do que a constituição garante.
Pensem. Opinem. Ser feliz é difícil. Mas se não temos casa, educação, saúde é praticamente impossível.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Pessoas perfeitas
Ainda me surpreendo com as campanhas eleitorais. Entrando na minha quarta disputa percebo o quanto temos por mudar na política e no sistema político. Poderia falar das máquinas eleitorais (muitas inexplicáveis) que enfrentamos, da cara de pau de alguns, do tipo diferente de campanha que o PCdoB faz. Tudo sempre muda e, portanto, sempre está a me (nos) surpreender. Gostaria de analisar (imparcialmente, o que é impossível) a comunicação dos candidatos, já que esta é a minha área e o que mais curto ajudar na campanha (além de ser a candidata, é óbvio...). Poderia falar por horas das fotos engraçadíssimas, dos slogans inusitados, das cores repetitivas. Mas na comunicação nada me supreende mais do que o uso da tecnologia para alterar compeltamente os rostos. Evidente que isso não acontece apenas na política. Nas revistas masculinas (o único termo que achei para não dar o nome da única que conheço.. hahaha) as celulites somem, nas propagandas de cabelo, os arrepiados desaparecem. Mas política é o que faço e, portanto, o que mais observo.
As pessoas apagam suas marcas de expressão. São candidatos sem marcas, sem rugas, sem olheiras. Muitos me dizem: " tua fota está ótima, mas tens tantas ruguinhas do lado do olho!" ou "poderias ter diminuído as olheiras!". Eu não consigo rir sem marcar o rosto, não vivo sem olheiras desde os tempos da faculdade! É assim que sou na rua, em casa, no trabalho.
Por que seria preciso parecer com uma versão aperfeiçoada de mim mesma?
É evidente que a tecnologia pode (e deve!) ser usada para muitas coisas. Inclusive nas fotografias. mas não existem candidatos perfeitos. Nem por dentro e nem por fora!
Eu me canso, por exemplo. Já ouvi que não poderia dizer que estou cansada. Hein? Eu trabalho em média 14 horas no mandato, todos os dias e não posso cansar? Ah! mas nós somos incansáveis. Sim. Na defesa de nosso projeto. mas o corpo cansa. Tenho TPM, crise de riso de nervosa e choro quando fico muito feliz.
Quem não gosta disso tudo tem, lá no fundo, uma visão distorcida do que é a atividade política e a tarefa de ser parlamentar. É como a questão da linguagem que poderia gerar um outro tratado. falar difícil afasta as pessoas da política, mas torna alguns "mais importantes", aparentemente. Quando a política é desumanizada, enquadrada, ela perde a dimensão da proximidade. Representação sem identidade é complicado...
Não somos eleitos para sermos máquinas perfeitas. Somos eleitos para representar pessoas com opiniões próximas as nossas, pessoas que se identificam conosco. Pessoas que tem rugas, marcas de expressão, sentimentos, alegrias e tristezas. Afinal, não existem candidatos e nem pessoas perfeitas. Nem por dentro e nem por fora!
domingo, 1 de agosto de 2010
Para ser
Ana sonhava ser bailarina. Jorge, bombeiro. Edson, ousado, queria ser astronauta e voar com a mochila nas costas. Carla, se possível fosse, lançaria um decreto para perder 5 quilos. Joana faria o mesmo para alisar os cabelos. Andre precisava apenas saber dar um belo toque na bola de futebol. Luis queria ser cozinheiro.
Marta gostaria de não ser. Ela não queria deixar de ser o que era. Nem queria perder peso ou mudar o cabelo. Sonhava apenas em deixar de ser tudo por algumas horas sem colocar nada no lugar. Não ser, repetia, não ser. Não ser, não pensar, não impactar, não falar, não ouvir. Não ser. Para depois voltar a ser plena.
Marta gostaria de não ser. Ela não queria deixar de ser o que era. Nem queria perder peso ou mudar o cabelo. Sonhava apenas em deixar de ser tudo por algumas horas sem colocar nada no lugar. Não ser, repetia, não ser. Não ser, não pensar, não impactar, não falar, não ouvir. Não ser. Para depois voltar a ser plena.