Minha bolsa faz mal ao meu estado de saúde. Certamente traz problemas para a coluna porque carrego três celulares, dentre tantas outras besteiras. Além disso, ando com esse pequeno grande computador, para todos os cantos. Desenvolvi uma doença: odeio a diversidade de maneiras que todos os que trabalham comigo têm para me encontrar. Destesto o fato de sempre estar em contato, falando, resolvendo problemas, em qualquer horário, em qualquer lugar. Mas odeio tanto que isso se transformou em dependência: não vivo sem isso. Me transtorno quando fico sem bateria, sem ler meus emails, sem receber mensagens.
Sábado, tarde da noite, toca o telefone. Penso: morreu alguém. Sábado, tarde da noite, o telefone não toca. Penso: morreu alguém e não querem me contar. É uma doença sem cura, creio eu. Porque é agravante o hábito de trabalhar bastante.
Não me espanta nada disso em mim. Todos, absolutamente todos que conheço, carregam o mesmo vírus. Entretanto, me espanta que a geração anterior tenha sobrevivido sem essa doença. Como faziam política? Como sabiam das felicidades e infelicidades da vida?
Não entendo. Eles sobreviveram.
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