sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Bem bom viver



E não é que conseguimos? Quem acreditaria em nós?

PAZ

Havia um tempo em que as cores eram a parte mais importante do réveillon. Todas passávamos de rosa. Queríamos amor. No máximo um vermelho, paixão. Muito rebelde, passei um ano de preto. Casualmente, foi um ótimo ano.
Adulta, a preparação para o novo ano passou a ser mais reflexiva: avaliar erros, acertos, vitórias, derrotas. Ver o que havia aprendido na confusa dinâmica da vida. Planejar o ano que chega com muitos sonhos a serem realizados.
A reflexão me fez optar por uma nova cor, a mais completa cor para as festas de Ano-Novo: o branco da paz.
A paz de espírito que alcançamos apenas quando todos que amamos estão com saúde. A paz da consciência tranqüila de fazer apenas o bem. A paz de amar a si próprio mesmo com tantas imperfeições. A paz de sentir-se bem sozinho e aí sim poder estar acompanhado.
A paz como antônimo da guerra. Guerra nos sentidos literal e figurado. A paz que Drummond insistia, com razão, em chamar de “justiça social”.
Que todos tenham um ótimo 2011. Que seja um ano de paz.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dicas livro e filmes

Quando os dias ficam mais longos em função do horário de verão acontece algo que adoro: passo a ler muito mais. 
Sábado, assisti no Guion um filme ótimo chamado "O sentimento de culpa". Denso mas leve. Sugiro para todos.
No café do cinema me deparei com um livro daqueles que a gente se apaixona pela aparência. A Cia. Das letras cada vez tem livros mais lindos e bem finalizados. 
Na contracapa um diálogo daqueles envolventes me prendeu a atenção. Pronto. Comprei. 
Hoje o devorei em pouco mais de uma hora. São 140 páginas de diálogos entre 5 personagens. Uma trama enigmática. Gostei. Chama-se "Nada me faltará", de Lourenço Mutarelli.
Ah! Ainda ontem pela noite assisti "O brilho de uma paixão", em casa. Estava com vontade de ver pois na revista "vida simples" (que adoro) o haviam indicado.
A historia do poeta inglês Keats. A fotografia é linda, embora escura. Os figurinos são ricos em cores. Mas o filme é longo e cansativo. 

Dica de leitura

Li "O homem comum" de Philip Roth. Obra premiada merecidamente. Não é fácil descrever de maneira simples, em apenas 131 páginas, toda a trajetória de um homem comum. A família, os filhos, as separações. A vida e a morte.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Em defesa da alegria

Defensa de la alegría

Defender la alegría como una trinchera
defenderla del escándalo y la rutina
de la miseria y los miserables
de las ausencias transitorias
y las definitivas

defender la alegría como un principio
defenderla del pasmo y las pesadillas
de los neutrales y de los neutrones
de las dulces infamias
y los graves diagnósticos

defender la alegría como una bandera
defenderla del rayo y la melancolía
de los ingenuos y de los canallas
de la retórica y los paros cardiacos
de las endemias y las academias

defender la alegría como un destino
defenderla del fuego y de los bomberos
de los suicidas y los homicidas
de las vacaciones y del agobio
de la obligación de estar alegres

defender la alegría como una certeza
defenderla del óxido y de la roña
de la famosa pátina del tiempo
del relente y del oportunismo
de los proxenetas de la risa

defender la alegría como un derecho
defenderla de dios y del invierno
de las mayúsculas y de la muerte
de los apellidos y las lástimas
del azar
y también de la alegría

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Mais um ano...

Passou um ano inteiro. Foram doze – intensos –meses. Foram tantas coisas. Vieram tantas outras. Doze meses vivos.
Passou o ano e com ele muitas dores que eu carregava comigo. 2010 se foi e deixei que levasse muitas das minhas ingenuidades.
Foi um ano de reencontros. E também de despedidas. Ano de vitórias espetaculares e de poucas solitárias derrotas.
Minha equipe e meu partido me orgulharam todos os dias, com a garra e dedicação que nos renderam nossa maior vitória eleitoral. O povo gaúcho continuou me respeitando e demonstrou isso antes e durante as eleições.
Minha família está toda com saúde e mais: crescemos! Isadora já nasceu e Beatriz está chegando... Minhas amigas maravilhosas estiveram comigo, lá no início, na casa amarela em que se ouviam os gritos de sonhos caseiros vendidos.
2010 foi um ano de grandes lições individuais. Ano especial para o resto da minha vida.
Que 2011 seja um ano com mais paz, mais saúde, mais amor, mais felicidade.
Que seja um FELIZ ANO NOVO, todos os dias, todos os meses!

Boas Festas!

Que todos tenham um Natal de muita luz e felicidade. Que as famílias estejam com saúde e próximas. E que se estiverem distantes, que seja com saudade e não com nenhum tipo de problema. Que seja um Natal de paz, porque ter paz é ter saúde e vida.
Feliz Natal. Grande dia para todos.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sim



Existe algo mais lindo do que ouvir: "tu és a parte que gosto do mundo"?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Recentes

Publiquei textos que escrevi nos últimos dias. Fiquei sem internet na Africa do Sul. Vou atualizar o blog com o que vi no festival e também sobre os assuntos da semana: aumento dos salários dos deputados e diplomação dos eleitos nesse ano.
Confesso que esse abandono parcial do blog tem relação com o volume de trabalho. Mas não apenas. Final de ano é tempo de refletir mais e escrever menos. Principalmente para quem teve um ano forte. E eu tive.

Festival da Juventude

Chamam, formalmente,  "veteranos" às pessoas que participam de muitos festivais. Como eles acontecem de quatro em quatro anos e a juventude não dura para sempre, fui surpreendida, aqui na África, com um "Veteran" escrito ao lado de Manuela d'Ávila. 
É verdade que estive em Argel (Argélia) em 2001, em Caracas (Venezuela) em 2005 e agora aqui na África. É verdade que já Havia visto a magia de um encontro que reúne jovens dos cinco continentes, que une palestinos e africanos, brasileiros e vietnamitas. Mas não deixo de me encantar como na primeira vez.
A confusão é gigantesca. Faltam ônibus, refeições. Mas sobra a certeza de que nosso mundo pode melhorar, pode viver em paz, com nações livres e soberanas.
O Festival é sempre uma troca de experiências única para pensarmos alternativas para nossos países. 
Veterana?! Não, obrigada. Somos sempre novatos na luta pela justiça social e paz.

________________

Sei que muitos tem curiosidade sobre a África do Sul. Eu quase não vi nada. Exceto o colorido das roupas, a variedade de cores na comida e a alegria desse povo lutador ao falarem com brasileiros.

Escrito em 14/12 18horas 

Manual

Certo dia Sandra fez a opção: acreditaria neles. Quem eram eles para  ela crer tão cegamente e destilar por anos o pior veneno contra sua irmã? Eles. dois homens sedutores e igualmente cafajestes.
Resignada, Marta, a irmã, deixou que tentasse ser feliz. Nunca entendera como Sandra pudera simplesmente ignorar tudo. Tudo a história, tudo a amizade, tudo a confiança, tudo a vida. Seguiu em frente. 
Um dia Sandra acordou e percebeu que aquele a seu lado nada valia. Aquele que valeu a história, que valeu a vida, que valeu a confiança, que valeu a amizade. Aquele? Nada valia. E desesperada Sandra quis voltar ao tempo de maneira automática. Quis apagar tudo que fizera a todos por aquele que nada valia. 
 Mas não funcionaria assim. Romper é Automático. Reconstruir é demorado, é manual.

Escrito em 13/12

Cicatrizes

Os incidentes aniversariavam em sua memória. Treze meses desde que o trem quase a matara, dezoito meses de seu quase afogamento com as lágrimas derrubadas no chuveiro.  Eram tão fortes as dores que sentia que, mês a mês, comemorava a ausência delas. Sabia que não preenchera o vazio de cada uma das feridas. Mas feridas vazias eram cicatrizes. E cicatrizes, aprendera em um livro, cicatrizes são provas de que sobrevivemos! Era uma sobrevivente.

Escrito em 12/12 22h 

Dica de leitura

Em alguns aeroportos descubro bons livros. Como não gosto de grandes livrarias, acabo sempre procurando os mesmos autores nas minhas mesmas livrarias de sempre. Nos aeroportos fujo disso. Assim parou em minhas mãos "Gonzos e parafusos", da jovem paula parisot. A editora leYa capricha muito em suas obras e a capa chama a atenção pela finalização.
Uma vida bem contada. Nossas insanidades de cada dia em terceira pessoa.

Escrito em 12/12 21h35 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Final de ano

Não havia comentado com vocês, por absoluta falta de tempo, que hoje estou embarcando rumo ao Festival Mundial de Juventude, na África do Sul. Desde 2001 participo dos Festivais, que são realizados de quatro em quatro anos.
Não terei tempo de participar de todo o encontro. Mas fui convidada para uma palestra e lá estarei. Será mais uma das minhas viagens bate e volta. Chego, falo e volto para a diplomação, que será no dia 17.
--------------------------------------------------------------------------------------------
Tenho que confessar que estou louca para que o ano acabe e eu tenha uns diazinhos de férias.

Woody Allen? Ao contrário

Ontem assisti "Dois irmãos", filme argentino. Adorei.
Saí do cinema com a impressão que assisti a um filme de Woody Allen, ao contrário.
Allen imortalizou apartamentos e travessas de Nova York. Nesse filme apartamentos e travessas uruguaias e argentinas são cenário para diálogos entre dois irmãos de idade mais avançada. Então, porque ao contrário? Por que há no filme uma crença na vida e no ser humano.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Filme

Woody Allen é sempre Woody Allen, diriam aqueles críticos convencionais. Eu nem sempre gosto dele. Há nele um pessismo declarado. Isso, em definitivo, não combina comigo. Mas é um grande cineasta. "Você vai conhecer o homem de seus sonhos", não é um filme iluminado. É um bom filme. Irônico sobre as ilusões humanas. Assiti ontem, tarde da noite. Talvez não estivesse num dia muito bom, talvez não estivesse bem humorada o suficiente. Mas É woody Allen.

As ausências

Tenho vontade de escrever sobre tudo o que está acontecendo no Rio. Também tenho mil coisas para comentar sobre o wikileaks. A montagem dos governos estadual e federal merecia algumas linhas. Mas ando cheia. De trabalho, de pressa. Ando cheia de um monte de coisas. Desculpem.

o peixe

Os olhos, sempre abertos, não gostavam da luz acesa. Estático ficava ao perceber meus movimentos. Sozinho, era livre. Nadava em águas calmas. Na semana passada meu peixe me deixou. Agora minha casa volta a ficar sozinha.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Filmes

No último período, para deixar a cabeça mais leve, assisti, em casa, a dois filmes interessantes. "A onda", baseado numa história real, relata a experiência mal sucedida de um professor que ao instigar seus alunos para refletir sobre o fascismo cria um novo grupo neonazista. O filme alemão tem um argumento muito forte. Mas o roteiro tenta ser americano. E, em Minha opinião, não consegue.
Já o outro, grande suspense dinarmaquês, "não é mais uma história de amor", Prende o cidadão do início ao fim. Não é mais do mesmo.

Dica de leitura

Singelo e profundo. Assim é "pequena abelha", do inglês Chris Cleave. Conta a história de uma jovem nigeriana refugiada na Inglaterra. Os sonhos, o cinza, a exploração dos países africanos pelas grandes nações. Leitura rápida das quase 300 páginas, diálogos marcantes.  É um texto corajoso sobre um dos principais temas da atualidade Europeia,  os refugiados.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Aeroportos

Liquidificador, choro, bocejos, páginas folhadas, anúncios de chegadas e partidas. A hora certa, o atraso indesejado. Em aeroportos cabem todos os sons e sensações. Por vezes liberdade, em outras cadeia.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dica de Leitura

São quase 500 sensíveis páginas escritas pela espanhola Maria Dueñas. "o tempo entre costuras" é um romance histórico, meu estilo literário preferido. Conta a estória de uma mulher, como outras milhares, costureira, espanhola que vive nos anos da guerra civil espanhola. Muito bonito.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Carpe diem

Às vezes, o novo é velho, é antigo. E a arte de reinventar é das missões mais complexas. Como ter energia, disposição, entusiasmo com algo que já conhecemos? Como estar surpreso diante daquilo que pode ser previsto?
Assim estamos cuidando do novo mandato. Incorporando ao trabalho a máxima da vida: CARPE DIEM! Fazendo de cada dia, único. De cada tarefa, nova. De cada missão, a mais importante. Assim, nos reinventamos. Com mais experiência.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Grilos

Pela posse da terra, Grilos são colocados em gavetas com documentos falsos. Depois de um tempo, os papéis amanhecem amarelados, com aparência de uma antiguidade que não possuem. 
Ele havia guardado a carta em uma gaveta. Naquela noite, algumas após a que marcara a ruptura definitiva, ela havia adrentado o apartamento e pedido para que ele lesse o amor que dizia sentir há poucas semanas. 
Cansado, ele apenas a depositou em uma gaveta sem uso, para que não voltasse a se deparar com tudo o que lhe causava dor: promessas de uma felicidade que nunca fora plena e agora já nem era real.
Ele não possuía grilos para dar ao amor manifesto na carta a antiguidade que gostaria. Esperou o tempo passar. Quando sentiu-se forte para abrir a gaveta, percebeu o amarelo da folha. Já não causava dor. 
O tempo é o grilo das cartas de amor.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A casa

Tudo tomara mais tempo do que o imaginado. A casa já não estava nova, é verdade. Mas, quando a tormenta veio, recordava Marta, foi veloz e cruel. Juntara, ela também destruída, os cacos em duas pequenas caixas. Foram acomodados sem cuidado algum. Quis ser rápida, pediu ajuda, não queria olhar para os restos daquilo que já havia sido o espaço mais sagrado de sua vida.
Já sem tanta fé, concluiu não ser a nova morada que permaneceu vazia desde a tormenta. E ao se perceber inteira novamente, sentiu-se livre para recomeçar.        
   

Corredor

Corre a dor.
A pressa do
 trabalho atropela.
Gente, amontoada,
esbarrando umas nas outras. 
Nos corredores,
pessoas apressadas
deixam de sentir. 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Máquina do tempo

Aos treze anos tive uma melhor amiga, uma praia que amava e um ídolo com quem me casaria. Nos últimos dez dias, tal qual aos filmes de fantasia, voltei dezesseis anos na vida. Descansei na minha praia de adolescente, andei por um bairro de Rio Grande buscando pela Joyce, fui ao show do Paul. Se não é possível, através da máquina do tempo, viver com a genuína felicidade de tanto tempo passado, certamente me é permitido resgatar os sonhos e usufruir da alegria de sempre me reencontrar comigo.

Três dias

Três dias entre tomates picados, cebolas, arroz, amor e amigos. Três dias sem o controle do relógio e da balança. O corpo estranhou, a temperatura subiu.  O descanso quase vira repouso! As horas de sono, de cozinha, de pensar me devolveram (quase) nova. 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tempo

Há um tempo para tudo. Agora vivo o tempo da arrumação. Organizar as idéias, traçar planos, tentar descansar o corpo. Estou no tempo em que tudo o que há de mais vivo está para dentro. Já já jogo para fora. Aqui mesmo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O guri e o segurança

A noite de domingo marcou a inversão total dos papéis. Sim, ganhamos as eleições presidenciais e daremos continuidade ao projeto de mudanças em curso no Brasil. Sim, superamos uma campanha marcada pela intolerância e centrais de boataria. Sim, nós gostaríamos de enfrentar uma disputa marcada pelo debate de projetos. Mas o fato é que elegemos uma mulher presidente do Brasil.
Racionalmente é evidente que o aspecto mais relevante é o projeto representado por Dilma. A expectativa que temos que não dê apenas continuidade, mas avance em reformas que são estruturantes e necessárias para nosso país e nossa população.
Mas, para mim é inegável que, emocionalmente, me vi estática perante uma igual, uma mulher eleita por nosso povo. Há muitos que julgam superado o debate com relação aos direitos das mulher. Dizem que já existe igualdade de direito e de fato. Fosse verdade não seríamos um dos países com maior índice de violência doméstica. Fosse assim, não seríamos apenas 8% do Parlamento. Não teríamos mulheres com remuneração média 30% inferior a dos homens, nos mesmos espaços. Por isso repito: é muito forte o fato de termos uma mulher comandando o projeto político que a maior parte do nosso povo defende.
Claro... não guardo ilusões. Não mudamos a história com sua eleição. Mas demos grande passo para a mudança cultural.
Será que os meninos chegarão à escola e olharão suas colegas do mesmo jeito? Como será a imagem de uma mulher passando em revista as Forças Armadas?
Invertemos os papéis. E mais do que dizer, sentimos isso.
Na noite da vitória vi Emir Sader, um dos maiores sociólogos do Brasil, gritar e sentar no chão como um guri de quinze anos. Vi José de Abreu, grande ator, se portar como segurança para que ela pudesse subir ao palco e fazer sua primeira declaração. E vi uma mulher, uma mulher como milhares que vejo e convivo todos os dias, se pronunciar como Presidente da República.
Agora é hora de unir nosso povo para que tudo dê certo.

domingo, 31 de outubro de 2010

Balões

Ele explodia, com fina agulha, os sonhos.
Como se fossem balões de festas de criança.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Melhor

Gosto de gente que faz eu querer, com todas as forças, apenas ser alguém melhor.
Gente que faz eu gostar mais do mundo, gente que faz eu querer lutar ainda mais para melhorar o mundo. Gosto de gente que me faz sorrir e que me conforta quando choro. Gosto de gente que gosta de gente.

Ausência

Peço desculpas aos leitores do blog pela maior de todas as ausências desde que ele existe. Dois são os motivos. O primeiro: a correria da campanha eleitoral e a exaustão provocada por quatro meses de um trabalho emocionalmente desgastante. O segundo motivo é a vida estar toda "pra fora". Esse blog é, mais do que qualquer outra coisa, fruto de minha vontade de jogar o que há dentro de mim para fora. Se dou tudo de mim para a luta política, sobra pouquinho para o blog. Beijo e boa semana.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Qual projeto?

No futebol, muitas vezes nosso time joga pelo empate. Na política não existe esse resultado. Aqui no Rio Grande encerramos o campeonato local, o Gauchão: elegemos Tarso governador, com um projeto de desenvolvimento local que uniu forças políticas e a sociedade. Garantimos a reeleição de nosso Senador Paulo Paim, metalúrgico comprometido com os direitos dos trabalhadores aposentados e ativos. O meu partido teve um ótimo resultado. Nossos aliados também. Posso afirmar que vencemos o campeonato. O gauchão é importante. Mas, colorados e gremistas sabem que existem campeonatos ainda mais relevantes. É precisamente esse o caso das eleições presidenciais. Mais do que um campeonato Brasileiro, estamos em uma batalha que tem significado para a América e para o mundo.
Mais de dez dias já passaram no segundo turno. O time adversário, joga da mesma forma das equipes de futebol que apelam para o vale tudo. Chuta canelas, comete sistemáticas faltas. Baixa o nível do debate. O que Serra quer para a educação? Qual papel do nosso sistema educacional no projeto de desenvolvimento nacional? Qual desenvolvimento Serra defende? Aquele submisso as grandes potências em decadência? Aquele que não distribui renda, não diminui a miséria, não aumenta o número de empregos? Quais relações que o Brasil manterá com seus vizinhos? A grande potência aliada aos EUA? Como garantirá saúde para os brasileiros? Com mutirões eventuais? Como será a exploração do petróleo? Privatizada? O time adversário não responde. Ataca, chutando as canelas. Traz para o Brasil valores que não são marcas de nossa sociedade, que convive de maneira fantástica com a diversidade religiosa. Porque escondem o verdadeiro jogo? Porque não tem? Não. Porque não é o jogo que o povo brasileiro quer. Nosso povo viu o Brasil mudar. Viu que nosso destino não era ser uma “semi-nação” como queria Fernando Henrique. Que podemos ser grandes e nos relacionar de maneira independente com todos os países do mundo. Viu que é possível ver um filho de trabalhador na universidade pública ou no PROUNI, viu que é possível ter a carteira assinada, ter luz em casa, ter casa!
Eles escondem o jogo. Nós temos a obrigação de jogar bonito. Não podemos cair na provocação. Não chutaremos canelas daqueles que nos chutam. Porque temos o que mostrar. Nosso jogo é o jogo do projeto. Nós mostramos que a universidade pública não precisava ser privatizada. Aliás, dobramos as vagas nas universidades e hoje, elas estão produzindo conhecimento para libertar tecnologicamente o Brasil. Nós democratizamos o conhecimento, quando permitimos que mais de meio milhão de jovens ingressassem no Ensino Superior com o PROUNI e criamos Escolas técnicas em todo o país. Nós geramos 14 milhões de empregos num momento em que o mundo vivia sua maior crise econômica! Nós defendemos que o Estado tenha papel no desenvolvimento do País e criamos o PAC, garantindo infra-estrutura. Nós criamos o Minha casa, minha vida, o Luz para todos. Mas sabemos que mais luz e casa, esses programas garantem dignidade para as famílias. Nós não vendemos a Petrobras. Também não mudamos o nome de nossa maior estatal para “PETROBRAX”. Mas mais do que isso, nossa empresa pública foi decisiva para descobrirmos o Pré-sal. E nós queremos que esse recurso seja público, para transformarmos nossa educação de maneira estruturante, para garantir mais desenvolvimento, mais distribuição de renda.
Esse é o nosso jogo. O jogo de quem carrega sonhos, projetos. O sonho de quem sabe jogando bonito também se vence campeonato.
Agora, faltam quinze dias para as eleições. A bola está com cada brasileiro comprometido com o Brasil desenvolvido, solidário, soberano. Conversem, mostrem o que fizemos. Essa vitória é mais importante do que qualquer campeonato. Ela é decisiva para nosso país seguir mudando.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma análise inicial sobre o debate da Band

Quero escrever algumas linhas sobre o que assisti no debate de ontem. Alguns exclamarão: “como assim?!? Ela já tem candidata! É óbvio que concordará com o que Dilma disse.” A esses respondo: me sinto com o mesmo direito de análise que tem, por exemplo, o jornal Estadão (a diferença é que eles declararam o voto em Serra após 60 dias de cobertura pretensamente neutra. Eu sou Dilma desde que ela é candidata) .
Esse formato de debate não abre tanto espaço para a discussão de propostas concretas. São feitos para o enfrentamento de projetos. Talvez por isso não sejam muitos os votos disputados em debates. Alguns especialistas afirmam que os candidatos participam com dois objetivos centrais: o primeiro é condensar a base de apoio, dar argumentos para quem já decidiu o voto; o segundo é não perder votos. Eu incluiria outros: responder dúvidas legítimas dos eleitores; desconstruir determinadas imagens e opiniões.
Ontem gostei da participação de minha candidata no debate. Primeiro porque usou o espaço mais nobre da eleição, a televisão, para desconstruir a campanha baixíssima feita contra ela. Quando Dilma teve coragem de pautar o tema do aborto, tirou o tema do submundo da eleição (cartazes e panfletos anônimos, montagens de internet etc.) e o teve a possibilidade de esclarecer aos cidadãos. Afinal, o uso que determinados setores tem feito desse tema é assustador. Primeiro porque ela e Serra têm exatamente a mesma opinião. A lei atual, de 1940, deve ser cumprida, garantindo que o SUS dê segurança para mulheres que correm risco de vida na gravidez ou que sejam vitimas de estupro. Mesmo que ambos tivessem outra opinião, deveriam submeter na forma de projeto de lei, ao Congresso Nacional. Porque fazem essa campanha, então? Porque esse tema desperta paixões nas pessoas. E as paixões estão localizadas fora da racionalidade. As pessoas ouvem e nem questionam: qual a posição do outro? Isso é possível? Também usam porque sabe que, por Dilma ser mulher, isso “pega”. Homens, a princípio, por não terem útero, não são chamados a refletir sobre o aborto. Ou seja, também é uma pauta que surge para aproveitar os traços culturais ainda machistas de setores da sociedade.
Mesmo no ambiente de confronto (que não é o ideal para propostas serem apresentadas) Dilma conseguiu politizar o debate. Ao insistir no tema das privatizações trouxe a tona mais do que o governo Fernando Henrique (escondido por Serra). Fez com diferenças centrais entre dois projetos aparecessem. Muitos cidadãos afirmam na época das eleições: “todos os programas são iguais! Todo mundo diz que vai melhorar a saúde, a educação, a segurança.” Sim. Isso é, em parte, verdade. Na TV muitos programas partidários podem soar parecidos. Mas na essência são muitos distintos. As privatizações são “a cara” dessas diferenças. “Por que?”, alguns podem perguntar. Porque expressam o tipo de Brasil que queremos. De todos ou de poucos. Público ou privado. Serra diz que esse é um tema do passado. Não é verdade. Foi também um tema do passado. Aliás, eu mesma comecei a fazer política para combater o processo de privatização da universidade pública. Mas este tema não está superado. Vejamos o Pré-sal. Nós defendemos que esse dinheiro deve ser a alavanca para o desenvolvimento de nosso país de maneira estruturante. Custear a educação, pesquisas cientificas, por exemplo. Se o petróleo acaba, devemos transformar esse dinheiro em coisas que não acabam, ou seja, na melhoria da capacitação de nosso povo! Isso é futuro. É decisão do próximo presidente. A turma do Serra defende a privatização da exploração dessa riqueza natural brasileira. Dilma, que foi Secretaria e Ministra de Minas e Energia defende que o recurso do Pré-sal é público.
Aliás, o tamanho político de cada candidatura foi resumido de maneira brilhante pelo Senador Sergio Guerra (Presidente do PSDB). Disse ele: “Aborto é tema de interesse nacional, privatização é tema do PT”. Porque digo que ele foi brilhante? Porque de fato, apesar de Dilma e Serra terem a mesma opinião sobre o aborto, os tucanos tentam fazer desse tema (de forma passional e machista) o tema da campanha. Não querem comparar os governos, não querem dizer o que pensam sobre o Estado Nacional e o patrimônio público. Não querem assumir compromissos com a destinação dos recursos do Pré-sal.
Ele entregou a estratégia da campanha deles! Não debater política, projeto.
Por fim gostaria de comentar outro detalhe, não menos importante, do que assisti ontem na televisão e acompanhei pelas redes sociais, como o twitter. A caracterização que Serra tentou pendurar em Dilma. Qualquer palavra dita, ele a caracterizava de “agressiva”. Isso também é parte da estratégia de debates. Repetir algo muitas vezes para que as pessoas passem a refletir sobre o assunto. Mas quando algo é artificial é fácil ser identificado. E ele deixou claro isso. Dilma perguntou: “qual garantia que o senhor vai manter os programas sociais do governo Lula?”. Devo confessar que nem entendi porque ela levantou a bola para ele. Eu apenas responderia: “a garantia é a minha palavra”, qualquer coisa dessa natureza. Ele não respondeu (provavelmente porque não queira assumir compromissos com essas políticas) e ainda me saiu com a seguinte frase: “Estou impressionado com o nível de agressividade da Dilma”. Qual agressividade nessa pergunta? Nenhuma. O que Serra tentou fazer, mais uma vez, foi usar o machismo de setores de nossa sociedade contra Dilma.
Nossa cultura avançou muito. Prova disso é que mais de 60% do eleitorado brasileiro votou nas duas mulheres para presidente da República. Mas conheço bem esse tipo de adjetivação. Mulheres são adjetivadas na política. Homens muito menos. Lembro quando conquistamos meu mandato de vereadora. Na mesma eleição um jovem homem elegeu-se. O locutor do rádio dizia: “quem esta entrando é aquela jovem bonitinha”. Quanto ao homem afirmava: “é um jovem competente com origem no movimento estudantil”. Casualmente militávamos na mesma universidade. Eu na oposição, ele na situação. Eu havia feito mais votos. Mas era a bonitinha.
Cada vez que subimos na tribuna indignadas somos tachadas de histéricas. Eles são convictos e ficam perplexos. Nós temos a vida pessoal vasculhada (somos “sapatonas”, como li ontem no twitter sobre Dilma; mantemos relações sexuais com alguém para chegar onde chegamos...). Eles? Bem, ninguém tem nada com a vida pessoal, devemos nos preocupar com a vida pública.
Nós mulheres, em todos os espaços, estamos acostumadas a enfrentar isso. As mulheres políticas não sofrem nem mais, nem menos do que outras milhares de mulheres. Mas ao chamar, de maneira repetitiva e descontextualizada, Dilma de “agressiva”, Serra usou essa velha tática. Velha tática que nossa sociedade tenta superar.
Sei que muitos gostariam de outro tipo de debate. Por isso, acho que os melhores são aqueles com temas a serem enfrentados pelos candidatos (um bloco para educação, outro para desenvolvimento, outro para trabalho e renda). Às vezes, cidadãos e cidadãs são chamados a perguntas. Noutras vezes os jornalistas cumprem esse papel. Mas isso não torna o debate de ontem menos importante. Não podemos cair no papo de que o debate, por ter esse nível de enfrentamento, não serviu para nada. Serviu sim. Para confrontarmos elementos do projeto de País, para trazermos questões ao debate, para vermos o baixo nível que alguns chegam.
Se a gente vai atrás do que cada um já fez na vida pública, se debatermos o currículo da Dilma e do Serra (o Currículo inteiro, não apenas quantas vezes concorreram eleições, mas onde cada um esteve e que posição teve em cada momento decisivo da história e do presente do Brasil), se a gente faz esse exercício, procura, busca, pesquisa, vai entender exatamente porque Dilma é mais preparada. Não apenas para os debates. Ela é mais preparada para governar o Brasil. Porque representa a superação de velhas táticas políticas, representa um projeto, não esconde posições, não esconde erros e acertos do Governo do presidente Lula. Não fomos perfeitos. Evidente que não. Mas começamos uma bela caminhada de transformações no Brasil. E os avanços só podem ser feitos por quem acredita nesse caminho. Caminho de soberania, de direitos, de educação. Caminho de combate da miséria e da desigualdade. Caminho da solidariedade e de sonhos. De superações. De igualdade entre homens e mulheres. Caminho do amor. E não do ódio.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bonitinho



Nossas crianças são a parte mais lindo do mundo. Vejam esse vídeo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Para todos o direito de sonhar!

Hoje é quarta. Três dias se passaram e eu ainda tenho dificuldade de articular o meu agradecimento. Foram 482 mil 590 pessoas que saíram de suas casas e depositaram a confiança, a esperança, a vontade de ver a política dar valor para vida das pessoas. 482mil 590 pessoas que acreditam que é possiível, sim, construir um mundo mais justo, mais humano, mais solidário. É meio louco pensar que chegamos até aqui.
No domingo, chorei muito na frente de nossa militância. Chorei de alegria, ao vê-los, dessa vez, comemorar a avaliação positiva de nosso trabalho. Nosso sim! Nosso porque são centenas de militantes que caminham juntos, nosso, porque minha equipe é tão dedicada quanto eu sou. Chorei porque me lembrei da menina que entrou na Câmara de Vereadores há seis anos. O passo inseguro, a expressão segura (não podia demomonstrar o medo, né?). Chorei porque lembrei de cada erro, de cada acerto, de cada dia duro, de cada noite não dormida. Lembrei de muita gente e de tantos rostos que não conheço. Das palavras pesadas das críticas, das palavras doces de estímulo. Chorei porque recordei do preconceito que enfrentei quando mal sabia andar pelos corredores do Congresso. E também por lembrar que as pernas tremeram quando subi pela primeira vez na Tribuna.
Lembrei do dia em que li meu primeiro relatório em Brasília e pedi para o meu querido amigo Renildo descer do gabinete para eu ter um ponto, apenas um ponto, de segurança. Lembrei de amigos que me mostraram, no cotidiano da vida parlamentar, que não é preciso mudar para travar a boa luta. Lembrei de minha família, que me viu tão ausente nos últimos doze anos, os doze que me dedico ao PCdoB. Minhas irmãs que não contaram comigo em dias duros de suas vidas. Lembrei da menina que insiste em viver dentro de mim, apesar de tudo.
Mas muito mais do que isso, recordei dos sonhos que me fizeram optar, de forma consciente, pelo PCdoB. Quando tudo isso era muito distante. Quando não elegíamos nem um vereador na Capital do Estado. O sonho de uma universidade para todos. O sonho de um mundo sem desigualdade, com respeito a todas as diferenças. Recordei de cada conquista.
Aqui no Rio Grande, tivemos uma campanha que devolveu ao povo o direito de sonhar (meu primeiro slogan foi: para todos o direito de sonhar!). Tarso foi eleito governador, no primeiro turno, pelo programa de governo, sim. Também o foi porque o povo aceitou o convite a viver com mais esperança. E é isso que mostraremos agora no segundo turno, nacionalmente.
Por isso, peço desculpas por levar três dias para escrever esse post. Além do trabalho, minha vida passou na minha cabeça como um vídeo. A minha e outras tantas vidas dedicadas a isso passaram em minha cabeça como um filme. E essa votação tão expressiva faz com que eu leve para Brasília a certeza de que estamos no caminho certo, uma vontade ainda maior (se é possível) de fazer a minha parte. Mas faz também, que eu leve para lá a menina que vive dentro de mim e que, apesar de tudo, insiste em me dizer que é possível sim construir outro mundo, outro Brasil, outro Rio Grande.
Obrigada a todas e a todos.

sábado, 2 de outubro de 2010

De coração, obrigada!

Pensei que os anos tivessem a força para apagar determinadas emoções. Não, não tem. Aqui estou eu, sábado, final do dia, mais uma vez com os olhos marejados e o coração apertado por ver anos, meses, dias passarem em minha mente como um filme. Dos bons filmes. Aqui estou eu lembrando dos olhos brilhando de centenas de crianças, mulheres, senhores. Aqui estou eu a lembrar dos olhares que ao brilhar, gritam: esperança! luta! justiça!
Hoje, na Zona Norte de minha cidade, olhei rostinhos escondidos por vidros. Sorriam. Não a mim. Sorriam ao mundo novo que ousamos sonhar e lutar para construir. Eleição é, para mim, antes de qualquer coisa, renovação da luta por uma sociedade mais justa, mais humana, mais solidária.
Aqui estou eu... Pensando nos doze anos que me dedico a militância política. Anos que voaram, dias que foram longos. "Ser revolucionário é uma opção cotidiana". Todos os dias tive momentos de reflexão. E todos os dias optei, optamos por seguir em frente, por continuar acreditando que um Brasil com educação, com saúde, com justiça é possível. Que um Rio Grande com mais unidade é possível! Que nosso sonho de uma sociedade mais justa, mais humana, mais solidária é possível!
Hoje eu quero agradecer. Não sei o que vai acontecer amanhã, ninguém sabe ainda. Mas saio dessas eleições mais humana ainda. Foi a mais dura que enfrentei. As responsabilidades são mais elevadas a cada pleito (e esse é o 4o!). Mas, mesmo sendo a mais complexa, foi também a mais bonita. Em 24 horas teremos novos governantes eleitos para nosso país e nosso Rio Grande. Queremos Dilma, queremos Tarso. E eu, independente do resultado da disputa que travo agora, seguirei lutando. Junto com mulheres e homens. Lutando para que meninas como aquela, do outro texto, logo ali embaixo, sejam tratadas com o respeito, com os direitos, com o amor que merecem.
Obrigada a vocês todos, de coração.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sul

O cotidiano me surpreende sempre. Tenho a impressão que a vida permite a todos nós uma espécie de reencontro permanente com nossa história. Isso é exatamente o que acontece quando venho para a metade Sul do Rio Grande. Minha vida passa na cabeça como um álbum de fotografias: as casas em que vivi, as ferias na casa dos avós, minha família toda reunida. Tempos que se foram e que ainda estão aqui. Em tudo o que sou e me tornei.

domingo, 26 de setembro de 2010

Ela veio comigo

Linda. Enormes olhos negros. "Manuela, ô Manuela, deixa eu andar de mão contigo?", repetia a pequena, de dois anos e meio. Pai e mãe presos, rotina de quem vive numa das comunidades em que as drogas estão presentes. 
Uma hora depois e ela seguia firme, agora agarrada no colo, pescoço. "agora deixa eu ir embora?", perguntei. "me leva contigo?". 
Não dava. Não podia. Mas a trouxe. Nos olhos, na mente. Na reafirmação de minha luta para que meninas como ela vivam em um Brasil melhor.  

sábado, 25 de setembro de 2010

...

Vagava no próprio passado em busca de respostas que jamais teria. Em qual momento escolheu os caminhos tão definitivos que o afastava de seus próprios sonhos?
A vida seguia. E em alguns dias ele realmente tentava andar de marcha ré. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vazio

O vazio no blog não corresponde a realidade. Os dias têm sido cheios. Cheios de carinho da população, cheios de garra para vencer dificuldades. Cheios de esperança que a vida das pessoas pode ser melhor com luta cotidiana.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Amizade

Eram duas. Duas fêmeas de longo pescoço, amarelas com manchas marrons. Uma morreu. A segunda, deprimida, foi murchando, apática, sem saudar as centenas de visitantes. Morreu. Ficou doente. De depressão. De solidão. A girafa do zoológico de Sapucaia não reproduziu, viveu sem um namorado todo o tempo. Mas não conseguiu viver sem a amiga. 

P.s. Não gosto de animais em zoológicos. Mas essa estória é ainda mais triste do que as dos demais. 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Música para o dia

Não canso de ouvir essa música. "Eu levo teu sorriso como bandeira (...) o que tiver que ser que seja", diz Drexler.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eu te amo

Ela estava parada com a cabeça levemente inclinada para cima. Cabelos brancos e curtos, uns setenta anos judiados pela rotina que há de ser dura. Jeito e roupas simples. Pediu para falar comigo. "Pois não?", eu disse. "Eu te amo", ela respondeu e seguiu andando.
É o suficiente para que todas as dificuldades da construção desse sonho chamado Brasil sejam superadas.
Nosso povo é esse, capaz de amar, de se emocionar, de ir a luta e de mudar. Essa senhora certamente não ama a mim. Ama aos sonhos que sonhamos juntas. E isso é o que dá sentido a luta.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Falta pouco

ou quase nada para o dia das eleições. Confesso que a tarefa de dividir a energia de uma maneira que ela sobre até o final é bastante difícil. Mas já estamos quase lá. Certa vez, Alceu Colares me disse: "Eleição não é prova de velocidade, é de resistência". Resistência física (estou há cinco dias com uma virose insuportável), resistência emocional (vemos pouco as pessoas que amamos). Resistir as grandes máquinas e seguir acreditando na consciência das pessoas. Tudo isso faz parte de nossa rotina eleitoral.
O segredo de dividir a energia de maneira equilibrada é nos nutrirmos da energia dessa gente que segue acreditando, lutando, construindo um Brasil e um Rio Grande melhor.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

Juventude e eleições

O que a juventude precisa?

Há dias ando incomodada com o uso feito por algumas candidaturas da palavra "jovem". De forma vazia, apenas com a linguagem jovial, afirmam ser " tudo" o que essa faixa populacional precisa. 
Estou terminando meu segundo mandato aos 29 anos (fui vereadora e deputada federal). Antes disso, desde os 16, militei em organizações de juventude. No movimento estudantil e na UJS. Meus dois mandatos foram dedicados de maneira intensa as pautas de segmentos da juventude. E foram conquistados com uma ampla votação entre pessoas de 16 a 29 anos (aquilo que a ONU e agora nossa constituição entendem como juventude).  Mesmo assim jamais me outorguei o título de representante da juventude, ou melhor, como a única representante da
Juventude. Tenho claro que os mais de 35 milhões de brasileiros com essa idade tem visões diferentes de mundo, necessidades e opções distintas. Tratar do tema juventude é como tratar do tema das mulheres: existem temas que unem a todos nós, a exemplo da luta pela participação politica, do protagonismo. Mas temos também nossas diferenças. Queremos participação e direitos. Mas existem jovens que defendem a universidade publica e jovens que a consideram um gasto. Existem jovens que defendem a Livre orientação sexual e jovens que acham um absurdo o combate à homofobia.
Por que escrevo tudo isso? Porque quero a galera pense em que projeto cabem suas idéias e sonhos. 
Num país em que a maior parte dos jovens vive a desigualdade de maneira muito intensa, será que o projeto que comporta os nossos sonhos é um qe prevê o estado mínimo? Será que o projeto que sucateou nossas universidades públicas e decretou o fim
Das escolas técnicas federais representa nosso sonho de qualificação profissional? Para mim, não!! Será que aqui no Rio Grande a juventude cabe no projeto que liquidou nossa universidade estadual? Que não valorizou nossas escolas de Ensino Medio? Para mim, não. 
Para mim, o sonho de grande parte da juventude é estudar, se qualificar profissionalmente, garantir que seus filhos (Sim! Muitos jovens tem filhos!!!) tenham vagas em creches, ver que os amigos não morrem na guerra do crack nem no tráfico nem nos hospitais esperando internação. Queremos ser
Felizes! E ver aqueles que amamos felizes! 
Por isso minha opção nessas eleições é por aqueles que significam um projeto de desenvolvimento nacional que garanta direitos para os trabalhadores e distribua renda. Um projeto que inclua a juventude com seus direitos garantidos. Um projeto em que a gente não seja objeto! Em que nós sejamos atores da nossa estória! Um sonho que não seja nosso só no período eleitoral. Um sonho que não seja lembrado só por quem precisa de votos, mas cotidianamente. 
Cada um escolhe o seu. Essa é a autonomia e liberdade que também queremos. Meu sonho passa pela eleição de Paulo Paim e Abgail, de Tarso Genro e Dilma. Aqueles que lutaram e lutam por um Brasil de todos.
 

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Tudo é único

Nunca mais será da mesmas cores.
A combinação perfeita dos sete tons, decorrente do encontro do sol e da chuva não acontece todos dias. 

sábado, 28 de agosto de 2010

Descoberta musical

Busquem na internet "Cinco a seco". São uns guris maravilhosos que descobri por acaso.



Janelas abertas

Como diz a música: portas e janelas abertas sempre para a sorte entrar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O que motiva?

Olhem esse depoimento publicado no site da campanha e entendam gente. É isso que dá forças para enfrentar o fogo cruzado.


Daniela De Freitas Fanfa
Quinta, 26 de Agosto de 2010
Manu, bom dia, tarde ou noite(se for você que estiver lendo meu depoimento e pra quem o está lendo também). Meu nome é Daniela Fanfa. Tenho 17 anos e esta é a primeira eleição que voto. Vejo seus programas desde quando você se candidatou À
vereadora de POA, e desculpe, mas tanto me fazia se você existia ou não até ver
o seu programa na segunda feira. Quando soube Manu, que tu fizesse a lei do
estagiário, fiquei muito feliz, por saber que alguém da política se importava
comigo e com os meus amigos. Antes de ser estagiária da ECT(Empresa de Correios
e Telégrafos), recebia um salário miséravel, ao qual chamavam de "estágio", onde
eu ganhava 150 por mês(que depois recebia apenas por produção), trabalhava das
13.00 às 17.00, o que, por se aproveitarem, usaram de me colocar até as 17.30,
onde me atrasava para escola. Até que consegui o meu estágio, que, não por me
gabar, acho um dos melhores. Tua lei me ajudou a ter meu primeiro emprego de
carteira assinada, com dieito a férias, décimo terceiro, melhor, ajudou eu, a
Lu, a Fran, a Ray e mando um abraço pra você no meu nome e no delas também. Vou votar em você e espero que um dia tu passe na minha casa pra falarmos sobre
política, tomares um café. Brigada Manu, faça mais por mim e por nós jovens.
Beijos Daniela Fanfa

Carta aberta

Acho que aqui consegui escrever um pouco melhor. Se ainda resta dúvida em alguém... Juro que é a última coisa que escrevo sobre o tema. É que fiquei louca, louca, louca de irritada com tudo isso.

Cara Hildegard Angel,
Tentei manter contato com você de diversas formas. Resolvi escrever e postar em seu blog, talvez a modernidade nos imponha essa forma de contato. Não nos conhecemos mas acredito que compartilhamos – com alguns milhares de brasileiros – o sonho de um Brasil democrático e justo. Sonho de gerações de meu partido (o PCdoB) e de sua família.
Vivo dias dignos de Kafka, a partir de uma coluna assinada por você. Aliás, a coluna aborda o tema do humor na política de maneira bem próxima aquilo que penso. Mas existe um porém. Você usou uma fonte com equívocos e cita o meu nome.
Depois de tentar esclarecer pelo telefone com sua equipe, resolvi colocar no papel.
A lei eleitoral é de 1997. Ela não aborda apenas o humor na política. Ela aborda todas as regras das eleições. Muros, faixas, tamanhos, CNPJ, fotos, contas, tudo aquilo que diz respeito ao processo eleitoral. No ano passado fizemos alguns ajustes a essa lei. Como deputada, o procedimento legislativo DEVE SER que, qualquer tema relacionada ao processo eleitoral passa por emendas ou alterações a essa lei já existente. Apresentamos emendas supressivas ou aditivas. Coube a mim, como deputada que sempre lutou pela liberdade de expressão e, precisamente na internet, tentar liberar o uso dessa importante ferramenta nas eleições.
Assim o fiz. E conseguimos. Diferente do processo eleitoral de 2008, no qual sites, vídeos, comunidades em redes socais, foram retirados no ar pela Justiça Eleitoral, nessas eleições todos usam abertamente a internet. Nessa emenda, proibimos a trucagem e a montagem em sites de candidatos. Apenas em sites de candidatos. Qual o objetivo? CANDIDATOS USAVAM MONTAGENS FALSAS A SEU FAVOR. Apenas isso.
Esse foi o meu papel em todo o processo da mini-reforma. Nada, absolutamente nada relacionado à censura. Muito menos a censura aos humoristas, a quem fui solidária diante da interpretação do PODER JUDICIÁRIO.
Tua voz é muito mais forte do que a minha. Tua coluna é lida por milhares de pessoas que, de imediato, passaram a me acusar de ser autora de uma lei de 1997. Repare: em 1997 EU TINHA 16 ANOS. NÃO VOTAVA!!! ESTAVA NO ENSINO MÉDIO!
Tua coluna passou a ser usada por todos aqueles que disputam eleições contra mim. Usada de maneira baixa, é verdade, por que infelizmente muitos fazem política assim, na direita e na esquerda.
Disse que vivo dias dignos de Kakfa por não ter mais o que fazer. É como provar que não há relação extraconjugal. Se não há fatos, não há provas. Peço que corrijas essa informação. Sei que não agiste de má fé e reitero, gostei muito de tua posição no artigo. Mas o fato se tornou muito grave para mim. O mal entendido, a falta da informação correta, virou uma bola de neve. Contra a pessoa errada, que nada tem com isso.
Abraço solidário,
Manuela dÁvila - Deputada Federal do PCdoB -RS

A vida digital

Militantes mais antigos me juram que havia um tempo em que alguns partidos contratavam pessoas para espalhar boatos. Dizem, por exemplo, que as grandes paradas de ônibus eram o melhor lugar para isso. A pessoa ficaria ali parada, receberia um panfleto e gritaria, por exemplo: "nesse eu não voto porque bate em mulher". E aí estaria a explicação para um série de boatos que surgiam sincronizados na cidade inteira. Achei péssimo saber disso, é óbvio. Mas foi uma explicação que me pareceu razoável para algumas versões que corriam com o vento. Comigo sempre surgiram os mesmos dois boatos: que eu sou festeira e lésbica. Como me elegi vereadora aos 22 anos, nunca vi nenhum problema em dizerem que sou festeira. Afinal, não fosse a vida corrida que tenho, seria natural eu estar em uma ou outra festa. Já o fato de minha sexualidade também nunca fez eu me sentir ofendida. Não sou lésbica, mas se fosse não mudaria em nada a forma como vejo o mundo. Ou seja, nunca dei bola.
Essa semana, porém, percebi que a internet é uma ferramenta mais democrática também para isso! Dessa vez com um fato sério, que foi a interpretação mal feita por alguns e maldosa de outros, de uma emenda minha a uma lei. Esse fato já está superado e acho que todos já leram e entenderam a verdade. Mas o fato é que transformaram minha emenda que liberou o uso de internet em campanhas eleitorais em uma lei de 1997 (ano em que eu ainda estava no Ensino Médio e nem votava!) que censurava o humor.
Apenas descobri isso por que uso as redes sociais. Ali vi perguntas sem nehum sentido surgirem. A diferença é que, pela internet, é mais fácil descobrir quem é "a senhora sentada na parada de ônibus". Também é mais fácil responder.
Depois disso, passei a olhar outras coisas que as pessoas diziam sobre mim, indiretamente. Um militante de um partido de esquerda, por exemplo, ridicularizava um projeto super bacana de minha autoria. Um que prevê que o SUS distribua filtro solar. Tratava como um projeto fútil, abstraindo talvez (ou abusando de sua suposta condição de anonimato) que o cancêr que mais mata no nosso país é o de pele. E que os trabalhadores do campo e das ruas de nossas cidades, esses que ganham um salário mínimo ou menos, não tem recursos para comprar algo que pode ser fundamental para previnirmos essa maldita doença e economizarmos milhões no tratamento.
Escrevi tudo isso porque percebi que a falta de envolvimento com a política e o descrédito de nossa política faz as pessoas reproduzirem coisas sem ler ou entender, julgar sem antes perguntar, adotar posturas radicais sem ouvir. Se é verdade que existe muita coisa ruim por aí (e as essas combatemos cotidianamente), também é verdade que agora é mais fácil esclarecer, conversar, perguntar, ouvir, discutir.
A democracia que queremos construir, a justiça social que lutamos para ver existir, passa pela não existência de censura, sim, mas também passa pelo não existência de "donos da verdade". Já que a vida digital nos abre tantas portas, agora a gente pode aproveitar e conversar. Como se estivesse na parada de ônibus com aquela senhora paga para fazer fofoca. Já pensou em olhar para ela e perguntar: "de onde a senhora sabe disso?"

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dia intenso

No silêncio de meu apartamento o dia e os últimos anos passam pela minha cabeça de maneira frenética. Decido desabafar aqui, o espaço que eu mesma criei para falar de minha vida, de minhas felicidades e angústias.
Olho a menina que era há apenas seis anos atrás. Penso em tudo o que a vida e as pessoas me ensinaram. A não desistir, a não mudar, a manter a calma, a conversar mais. A ouvir. Lembro de rostos, de mensagens de esperança. Lembro de dias e noites escuras.
Hoje vivi uma grande mistura de tudo isso. Encontrei, no comício em Viamão, uma menina que escreveu para o site (a Laura) dizendo que passou a acreditar na política devido a nossa atuação. Linda, com quinze anos, Laura me emocionou porque é jovem como eu era quando mergulhei na luta política, no movimento estudantil.
Minutos depois vi pela internet a grande onda que estava se formando em torno de uma matéria no site Congresso em Foco sobre minha atuação parlamentar. Imaginem a minha reação ao ler mensagens dizendo que eu havia criado a censura na TV! Seria como ler que o Senador Paim que é autor de uma lei contra os aposentados. Uma contradição. Um absurdo! Me acertou no peito. Por vários motivos. O primeiro deles é porque este é um site sério e que eu respeito. Foi justamente o site que propiciou a disputa sobre os melhores parlamentares do Congresso (em que ganhei a que melhor representa a população, pela escolha na internet!). O segundo por que ler uma crítica é sempre difícil. Mas aprendi a conviver com elas. Principalmente quando decorrem de uma opinião minha que desagrada as pessoas. Não somos obrigados a concordar em tudo. Mas receber críticas sobre algo que é crucial na minha história e luta política é duro. Disse para o jornalista: seria como alguém me dizer que leu uma lei de minha autoria proibindo dois homossexuais de se beijarem! Uma loucura! Uma injustiça!(Já que sou autora da lei da união civil entre pessoas do mesmo sexo!).
Acho que conseguimos corrigir e esclarecer as pessoas. Alguns dizem: não dá bola para um ou outro, é maldade... Sei que muitos fazem na maldade das disputas políticas. Já me acostumei com elas. As combato cotidianamente. Mas cada cidadão deve ser valorizado. Cada pessoa é importante. E o fato de uma pessoa qualquer, por mais diferente de mim que seja, por mais opositor que seja, se um cidadão apenas achar que eu defendo a censura... já é triste demais para mim.
Espero que tenham entendido porque publiquei a nota abaixo, espero que tenham entendido a nota, espero que leiam novamente a matéria do site (que não diz o que alguns interpretaram). Espero que entendam o porquê do desabafo.
Tem dias que são intensos. Hoje foi um deles.

Em defesa da liberdade de expressão

A respeito da matéria publicada no site Congresso em Foco no dia 11/08/2010 gostaria de registrar alguns pontos:

1 - Tenho uma atuação marcada pela defesa da liberdade de expressão e pela defesa da liberdade na internet. Fui uma das deputadas mais atuantes na luta contra o AI-5 Digital e em defesa da liberdade plena dos usuários da internet, sendo uma das autoras da lei que LIBERA O USO DA INTERNET NAS ELEIÇÕES.

2 - Minha emenda associada à matéria se refere EXCLUSIVAMENTE AOS SITES DE CANDIDATOS, jamais legislei ou inspirei nenhuma legislação sobre TV, principalmente sobre CENSURA.

3 - Após receber diversos e-mails e mensagens pelas redes sociais que uso e defendo, percebi que há um profundo equívoco de interpretação por parte de diversos leitores da matéria, por isso reitero;

SOU CONTRA QUALQUER TIPO DE CENSURA, INCLUSIVE A CENSURA DO HUMOR NA TV, e minha emenda garante a liberdade dos internautas.


Deputada Manuela d'Ávila (PCdoB/RS)

Campanha

 Fazer campanha é para mim, em primeiro lugar, estar mais próxima ainda das pessoas. Nas eleições, testemunho cenas ímpares de esperança nos olhos de crianças, nas palavras de senhoras. Vejo a alegria que as pessoas tiram de pequenas ações. Vejo o amor gratuito que o ser humano tem para dar. 
Mas também vejo a fúria no trânsito, as buzinas desnecessárias, o individualismo das ultrapassagens arriscadas nas estradas. Vejo mais mães e pais desesperados com a dependência química dos filhos, mais filhos desesperados pela falta de atendimento hospitalar para os pais.
Fazer campanha é nutrir-se de mais certeza da necessidade de lutarmos para melhorar a vida dessas pessoas. 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Falta tempo!

Anda faltando tanto tempo para o blog quanto para algumas coisas da vida. Mas tenho muitas coisas boas para contar. Depois eu tento.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Apenas começando...

Eu confesso: Gosto de fazer aniversário. Gosto mais a cada ano. Transformei a data num grande momento de reflexão, uma espécie de Ano-novo meu. Sem o compromisso do 31 de dezembro, o dia 18 de agosto transformou-se no meu grande momento de recomeçar, de corrigir, de comemorar. Sempre penso em algo simbólico. Este 18 de agosto, por exemplo, é meu último aniversário de vinte. São vinte e nove anos bem vividos. Para aqueles que dizem: "passa rápido, hein?", respondo com a frase que aprendi no ano passado: "se tu parares para pensar tudo o que fizeste no ultimo ano, vais ver que passa bem devagar!"
Com o tempo também relativizei determinados conceitos, ao mesmo tempo que consolidei outros. Na política, me tornei ainda mais sólida na defesa dos ideais que me levaram ao PCdoB, quado completava 17 anos... Na minha vida... Ih! Achava que com 30 seria uma senhora! E agora que apenas um ano me separa da data... Ainda me considero tão tão jovem!!!
Não posso reclamar. Entre dores e amores, vivi muitas dores. Mas muito mais amores. Recebo, aos 29 anos, o carinho cotidiano de pessoas absolutamente desconhecidas! Tenho a
Chance de conhecer de perto Tanta coisa, tanta gente!!! Sinto falta de muito! De tantos sonhos, ainda restam tantos... Mas ainda resta muito, muito tempo. E o tempo, quando falamos da vida, sempre ajuda a ver sonhos virarem realidade! Que assim seja. Para todos nós!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Estímulo!

Será a idade? Serão as marcas que ficam com as alegrias e amarguras da vida? Não sei. Sei que hoje um senhor me fez chorar. Depois de um dia exaustivo, daqueles que o corpo pede para ser remontado, fui tomar um café com leite e comer um cacetinho com queijo na padaria, na esquina do Partido. Eis que um senhor se levanta, vai a minha mesa e diz: "obrigada por tu existir na política". E repetiu. 
Não sei. O cansaço, os nervos a flor da pele, a véspera do aniversario... Tudo junto fez eu me emocionar. E me revigorou para esses próximos 50 dias. 
Ah! Se esse senhor soubesse como é bom ouvir uma frase de estímulo!  

sábado, 14 de agosto de 2010

A bailarina

Ela havia nascido com os pés tortos. Mas, para realizar o sonho da família, dedicara-se desde a mais tenra idade ao ballet. Seria bailarina.
Treinava, comprava Saias, sapatilhas, tiaras. Dançava. Conseguiu. Tornou-se bailarina do teatro municipal.
Todos reconheciam sua graça, seu jeito delicado, seu esforço. A cidade sentia orgulho de sua estrela. 
Mas para os pais, aqueles a quem ela havia dedicado os treinos, os esforços, as dores, para eles ela ainda seguia a menina dos pés tortos.
Nunca chamava a atenção deles sua dedicação, sua graça. Por melhor treinada que estivesse, por mais capas de jornais que ocupasse, eles sempre a
Faziam lembrar que ela nascera com os pés tortos.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Esperança

A correria esta grande, cada vez maior. A vida desorganizando, os almoços faltando, os lanches sobrando. Pessoas amadas que encontro no caminho, olhares "gordos", olhos de afeto. Esperança. Sempre ela é que nos move.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

"Alegria"

Pegou a mala, a cuia e os sapatos especiais e viajou. Partiu de Gravataí, chegou a Rio Grande. A vida o havia ensinado apenas um ofício: o de palhaço.  Com palhaçadas ganhava a vida e tornava a vida dos outros mais leve. "Alegria", o nome escolhido para aquele que passava a existir no momento em que o macacão laranja era vestido juntamente com a camisa azul e o par de sapatos vermelho e amarelo.
Encontrei "Alegria" triste. Foi proíbido de fazer a vida mais leve no centro da cidade. Suas palhaçadas atrapalhavam o trânsito das pessoas, sua voz fazia concorrência a algumas lojas. A lei, fria, foi cumprida. "Alegria" saiu das ruas e agora, mais triste e com menos sonhos, pegará a estrada de volta para sua cidade.
Será preciso parar de sorrir para as cidades funcionarem? Não! Não é possível! Proponho que no lugar de cada traficante seja posto um palhaço!!! Assim, quem sabe, "as autoridades responsáveis pela saída de Alegria do calçadão" percebam quem faz mal para as cidades! E as ruas serão mais alegres e nossa sociedade viverá com mais paz! 

domingo, 8 de agosto de 2010

A canoa e o mar

Ele achava que quando soubesse o que queria tudo seria mais fácil. Afinal, quando se tem claro o objetivo, é só definir o caminho a seguir que ele é alcançado, certo? Errado. Tudo era mais fácil quando ele deixava que a vida o levasse, como o mar leva a canoa. Era mais fácil ser canoa, mesmo achando que era mar.
Quando soube exatamente o que queria, muito da canoa já havia sido destruído pela maresia.

Ah! Brasília...

Quando fui eleita deputada as pessoas muitas vezes pediam: não deixa Brasilia mudar aquilo que és. Sempre entendi isso como um apelo para que eu não desistisse de meus sonhos, que não deixasse "subir para a cabeça", que não me tornasse parecida com aqueles que combato. Acho que, nesse sentido, sigo intacta. Sigo sabendo para que estou La, quem represento. E isso é o que faz com que eu não vacile: lembrar dessas pessoas.
Mas muito em mim mudou nesses quase 4 anos. Eu poderia falar da tal maturidade política. Maior capacidade de dialogar, de pautar projetos, maior eficiência nas ações. Mas sei que nada mudou tanto quanto minha relação comigo mesma. Reconhecer limites, trabalhar em grupo, confiar ainda mais nas pessoas. Ser absolutamente sozinha na capital federal fez com que eu me conhecesse mais e por isso respeitasse mais aos outros.
A gente aprende o tempo inteiro, graças a Deus. Brasília fez eu Conhecer a mim mesma. Valorizar mais as pessoas que ficam aqui no estado, me aproximar ainda mais de meus amigos.

Feliz dia dos pais!

Hoje lembrei apenas das mamadeiras com mel porque ele insistia ser mais saudável. E dos discursos para desligar a luz, fechar a torneira e separar o lixo. 
Feliz dia dos pais a todos que assumem a paternidade como o desafio de melhorar o mundo!

Pois é...

Não obedeci completamente aos médicos mas me sinto melhor... Consegui diminuir o ritmo ontem (apenas do corpo, o coração pulou muito com o jogo do meu colorado e o primeiro debate dos presidenciáveis). Hoje caminhei com os militantes no centro da cidade, conversei com as pessoas, fiz as coisas que me deixam feliz.
Parava um pouquinho, respirava um pouquinho e seguia adiante.
Bom final de semana para todos!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Repouso

Sentir dor sempre é terrível! Mas sentir muita dor, sozinha, longe de todos que amamos é a pior coisa do mundo. Foi o que aconteceu comigo ontem. Depois de algumas horas muito ruins, injeções e etc consegui ficar bem de novo. Portanto, se estiver ausente por aqui vocês já sabem... Repouso, para conseguir ter muita força para nossa grande luta!

Felicidade

Há doze anos milito no PCdoB. há doze anos me organizei num partido por ter a certeza de que apenas lutando poderiamos mudar a vida da população para melhor. 
Sempre me perguntam: porque lutas? Luto pela felicidade das pessoas, respondo. Felicidade? Isso é filosófico?!? Não, respondo. A felicidade subjetiva é sim matéria filosófica. A quem e como amamos, que férias queremos, que valores temos. Isso é felicidade subjetiva.
Mas existe uma felicidade que é objetiva. O acesso a saúde, a educação, a moradia digna, por exemplo. Será que é possível ser feliz com um filho doente? Não, não é. Mas é mais feliz aquele que tem condições de hospitalizar o filho, em relação ao pai que vê o seu morrer sem atendimento.
Dito isto, gostaria de compartilhar com vocês uma iniciativa de meu mandato em conjunto com o Senador Cristovam buarque. Nós apresentamos a chamada "PEC da felicidade". Que inclui na constituição, em seu artigo sexto,  a expressão  "busca da felicidade". O que queremos dizer? Que os direitos fundamentais (educação, saúde, moradia) são essenciais na busca da felicidade dos cidadãos brasileiros.
Como diz o Professor Cristovam: queremos deixar a constituição viva, quente e compreensível. Queremos que a população entenda seus direitos. Queremos debater as responsabilidades do estado (o mesmo estado que cobra impostos) sobre as infelicidades dos cidadãos pelo não cumprimento do que a constituição garante.
Pensem. Opinem. Ser feliz é difícil. Mas se não temos casa, educação, saúde é praticamente impossível.
 

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pessoas perfeitas

Ainda me surpreendo com as campanhas eleitorais. Entrando na minha quarta disputa percebo o quanto temos por mudar na política e no sistema político. Poderia falar das máquinas eleitorais (muitas inexplicáveis) que enfrentamos, da cara de pau de alguns, do tipo diferente de campanha que o PCdoB faz. Tudo sempre muda e, portanto, sempre está a me (nos) surpreender. Gostaria de analisar (imparcialmente, o que é impossível) a comunicação dos candidatos, já que esta é a minha área e o que mais curto ajudar na campanha (além de ser a candidata, é óbvio...). Poderia falar por horas das fotos engraçadíssimas, dos slogans inusitados, das cores repetitivas. Mas na comunicação nada me supreende mais do que o uso da tecnologia para alterar compeltamente os rostos. Evidente que isso não acontece apenas na política. Nas revistas masculinas (o único termo que achei para não dar o nome da única que conheço.. hahaha) as celulites somem, nas propagandas de cabelo, os arrepiados desaparecem. Mas política é o que faço e, portanto, o que mais observo.
As pessoas apagam suas marcas de expressão. São candidatos sem marcas, sem rugas, sem olheiras. Muitos me dizem: " tua fota está ótima, mas tens tantas ruguinhas do lado do olho!" ou "poderias ter diminuído as olheiras!". Eu não consigo rir sem marcar o rosto, não vivo sem olheiras desde os tempos da faculdade! É assim que sou na rua, em casa, no trabalho.
Por que seria preciso parecer com uma versão aperfeiçoada de mim mesma?
É evidente que a tecnologia pode (e deve!) ser usada para muitas coisas. Inclusive nas fotografias. mas não existem candidatos perfeitos. Nem por dentro e nem por fora!
Eu me canso, por exemplo. Já ouvi que não poderia dizer que estou cansada. Hein? Eu trabalho em média 14 horas no mandato, todos os dias e não posso cansar? Ah! mas nós somos incansáveis. Sim. Na defesa de nosso projeto. mas o corpo cansa. Tenho TPM, crise de riso de nervosa e choro quando fico muito feliz.
Quem não gosta disso tudo tem, lá no fundo, uma visão distorcida do que é a atividade política e a tarefa de ser parlamentar. É como a questão da linguagem que poderia gerar um outro tratado. falar difícil afasta as pessoas da política, mas torna alguns "mais importantes", aparentemente. Quando a política é desumanizada, enquadrada, ela perde a dimensão da proximidade. Representação sem identidade é complicado...
Não somos eleitos para sermos máquinas perfeitas. Somos eleitos para representar pessoas com opiniões próximas as nossas, pessoas que se identificam conosco. Pessoas que tem rugas, marcas de expressão, sentimentos, alegrias e tristezas. Afinal, não existem candidatos e nem pessoas perfeitas. Nem por dentro e nem por fora!

domingo, 1 de agosto de 2010

Para ser

Ana sonhava ser bailarina. Jorge, bombeiro. Edson, ousado, queria ser astronauta e voar com a mochila nas costas. Carla, se possível fosse, lançaria um decreto para perder 5 quilos. Joana faria o mesmo para alisar os cabelos. Andre precisava apenas saber dar um belo toque na bola de futebol. Luis queria ser cozinheiro.
Marta gostaria de não ser. Ela não queria deixar de ser o que era. Nem queria perder peso ou mudar o cabelo. Sonhava apenas em deixar de ser tudo por algumas horas sem colocar nada no lugar. Não ser, repetia, não ser. Não ser, não pensar, não impactar, não falar, não ouvir. Não ser. Para depois voltar a ser plena.

sábado, 31 de julho de 2010

Em dias de chuva

Mesmo nas tempestades é bom lembrar que a luz do sol existe. para todos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quintana

Uma alegria para sempre

"As coisas que não conseguem ser
olvidadas continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre onde as
datas não datam. Só no mundo do nunca
existem lápides... Que importa se –
depois de tudo – tenha "ela" partido,
casado, mudado, sumido, esquecido,
enganado, ou que quer que te haja
feito, em suma? Tiveste uma parte da
sua vida que foi só tua e, esta, ela
jamais a poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte da tua vida presente
e não do teu passado. E abrem-se no teu
sorriso mesmo quando, deslembrado deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto
deves à ingrata criatura...
A thing of beauty is a joy for ever
disse, há cento e muitos anos, um poeta
inglês que não conseguiu morrer."

Mario Quintana

Hoje Quintana completaria 104 anos. Minha homenagem a todos nós que temos a chance de perpetuar suas palavras simples, duras e doces.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

"Entreguei nas mãos de Deus"

Hoje ouvi essa frase de uma cidadã numa das minhas caminhadas. Fiquei pensando que Deus ficaria atordoado se todos nós deixássemos de fazer a nossa parte. Imagine se a limpeza urbana, o saneamento, o sistema de transporte coletivo, a expansão das universidades, os direitos humanos, da juventude, das mulheres e dos trabalhadores... Imagine se tudo isso fosse entregue a ele! 
É por isso que não podemos perder a esperança. Porque temos a capacidade de mudar a realidade, de melhorar a vida das pessoas... 
"fé na vida, no homem, Fé no que virá" se nos trabalharmos com dedicação e esperança. E lutarmos pelos nossos ideais. E não deixarmos tudo nas mãos dele. Acho que ele espera mais do ser humano do que apenas "lavar as mãos".

terça-feira, 27 de julho de 2010

Boa semana!

Estão sendo dias cada vez mais corridos e, infelizmente não consigo atualizar todos os dias. Agora mesmo estou voltando de Santa Maria, ontem estive em Santa Cruz. Mas desejo a todos uma ótima semana...  

sábado, 24 de julho de 2010

Fazer campanha

Fazer campanha não é sempre uma maravilha. A tensão e grande, a dor de Cabeça dá o ar da graça, dormimos pouco, sempre falta dinheiro, todo mundo fica mas tenso.
Mas a alegria de ouvir as pessoas, de receber um abraço afetuoso de um desconhecido por  acreditar nas nossas idéias, de ver o sorriso de uma senhora de 75 anos porque ela diz ter esperança, tudo isso nos fornece energia para superar dificuldades.
Eu sempre penso que num mundo em que as relações são tantas vezes distantes e pouco carinhosas, num mundo em que todos os dias tudo o que a imprensa vende é que todos os políticos são iguais e não prestam, receber afeto por ser política é algo forte demais. 
Então estou me sentindo plena. Ando feliz demais com o que escuto nas ruas. ando feliz com minha vida mesmo em tempos de campanha. E trago a marca dessas palavras de carinho a cada dia para ter sempre força para superar dificuldades. Obrigada!  

quinta-feira, 22 de julho de 2010

do cotidiano - o prego

Peguei as botas no sapateiro (afinal, sempre tenho que trocar a sola). Hoje pela manhã saí bem saltitante para conversar com as pessoas e panfletear no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. Lá pelas tantas sinto uma pedra na minha bota. Fui lá, abri a bota e vi a cabeça de um prego. Pensei: "o sapateiro deixou o prego pra fora e está me incomodando...". Segui. Duas horas mais tarde, paro para almoçar. No carro, abro a bota e percebo: Havia um prego inteiro pra fora! Nem eu mesma sei como aguentei.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Da série piada pronta 2

Todo mundo já viu um cachorro correr atrás de algo, certo? E uma vaca correr, igual a um cachorro, atrás de um pato? Eu vi, Juro. Em uma estrada de terra, em Venâncio Aires, ontem a tarde. O mais engraçado não foi o pato correndo como louco. Foi a outra vaca imitar e sair correndo também.

Da série piada pronta

Na festa de lançamento da campanha brinquei que a única coisa que eu não tinha conseguido nos quatro anos de mandato era um marido. Eis que na saída uma senhora me diz: "também, virada em osso desse jeito, não vai mesmo arrumar marido". Morri! Afinal, depois de pesar exatos cem quilos até os 17 anos, não é exatamente uma ofensa estar mais magra.

amigos

A vida já me afastou e já me reaproximou de muitos. Mas não posso reclamar. Além de todos os irmãos que minha mãe me deu, essa estrada fez com que eu pudesse gostar e ser gostada de verdade por pessoas maravilhosas. Vivem perto, vivem longe, já se foram. Mas são amigos.
Para rir da própria cara, para chorar nossas tristezas, para trocar mensagens pelo celular, para sonhar a vida e vivê-la. Obrigada. Vocês são as pessoas que mantém os meus pés no chão quando preciso. E são também aquelas que me fazem flutuar quando é possível.

Ontem tive um dia corrido demais e não consegui escrever. Mas... Antes tarde do que nunca!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Feliz aniversário, pai!

"estou fazendo 33!!! Lembro quando meu pai completou e exclamou: a idade de Cristo!", comentou meu pai há exatos 22 anos. 
É difícil desejar Feliz aniversario para um homem que decidiu ser pai de verdade com 26 anos de idade. E quando olhou para mim na maternidade ficou assustado porque eu havia nascido coberta por cabelo (achaste que eu seria o Tony Ramos, como tu!!) É complicado trancar lágrimas quando recordo de nossas aventuras na Belina 79 e da coragem em passear sozinho com os cinco filhos (as 3 mais velhas apenas de coração). É sempre bom Recordar dos quilos de comida que ele comprava em oferta ou da "super liquidação" de shampoos "elseve". Ou tua tese de mestrado que desenhei ou doutorado que apaguei do computador. Ou as árvores que plantamos juntos em
todas as casas que moramos e no campus da UFPEL! os finais de semana em Jaguarao, as moedas roubadas
da tua carteira! Como lembrar da vida sem suas brincadeiras com todas as crianças e as  piadas permanentes? E a necessidade cotidiana de economizar para que nas férias a gente pudesse conhecer outros cantos do país? 
Pois é pai. É sempre difícil para que eu consiga falar (puxei a ti). Mas os anos passaram e hoje sou eu quem faz as mesmas piadas sem graça com todas as crianças. Sou eu quem come na macrobiótica (lembra da de Pelotas?!?) e dá discurso contra os farináceos (lembra da fase que todos éramos gordos e nos proibiste de comer farinha branca?!?). Sou eu que olha para os pães na padaria e conclui que esse é o melhor presente para dar aos amigos, igualzinho a alguém que conheço. Sou eu quem compra trinta barras de cereal porque eles estão em oferta. 
E acho que grande parte do que faço hoje devo aqueles teus livros de sociologia que roubei!!!
Tu estas fazendo 55. Estou mais perto dos 33 do que tu. E espero que a gente ainda possa fazer muitas coisas juntos. Eu Te amo. Eu e os teus outros 4 filhos.
Feliz aniversário gordo! Afinal, tu és o Alfredão, o rei do baião!   

O encanto

Alguns dizem que perdemos rapidamente o encanto do começo em todas as coisas que fazemos. Discordo. Ontem tivemos a festa de lançamento da campanha. E o meu frio na barriga foi igual ao das últimas 3 eleições.
A festa esteve linda e acho algo próximo do mágico reunir pessoas de tantas origens distintas em um mesmo espaço. Amigos, familiares, militantes. Acho mágica a disposição de todos os que trabalham comigo em organizar, pensar nos mil detalhes, como se fosse a primeira vez.
A festa serviu para nos colocar uma dose extra de ânimo para seguirmos lutando e enfrentarmos mais uma campanha. Dura, cansativa, com limites. Mas sempre com a alegria de quem luta por acreditar.
Quando a gente acredita não perde o encanto, nunca.

sábado, 17 de julho de 2010

E depois falam deles...

Nesta semana (conforme já comentei no twitter) a Argentina aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Já aqui no nosso Brasil, não conseguimos nem avançar na proposta (de minha autoria e de outros colegas) de união civil.
Quando o debate surge na Congresso argumentos contrários sempre surgem. Todos absurdos. Para mim os preconceitos fogem da racionalidade. Não entendo como alguém racional pode achar alguém "pior" pela cor da pele, pelo sexo ou por sua orientação sexual. Não consigo entender como alguém pode estufar o peito e abrir a boca para dizer que o Estado pode definir com quem X, Y ou Z casará. Não entendo como alguém pode achar melhor uma criança viver sem amor do que ser criada por um casal homossexual.
Não entendo mas conheço de perto o preconceito. E devo registrar que, na maioria das vezes, os setores mais conservadores, que pregam que o Estado não deve existir para quase nada (na garantia de serviços públicos, por exemplo) são exatamente os mesmos setores que dizem que o Estado deve proibir duas pessoas do mesmo sexo de casarem. Não é esquisito? Estado mínimo na economia, no desenvolovimento, na garantia dos direitos sociais. Estado máximo para oprimir mulheres (de decidirem sobre seus corpor), negros (quando a polícia os persegue) e homossexuais (quando os proíbe de definirem seus companheiros e deixarem suas heranças, por exemplo, para eles).
A Argentina mostrou que sabe como lutar para enfrentar o preconceito. E depois ainda tem gente que se orgulha de falar mal dos hermanos.

Dia de chuva

Depois de uma bela plenária de mobilização do Tarso e de dias de muito frio e panfletagens de rua, amanhã teremos a festa de lançamento da campanha, ao meio dia.
Para me concentrar sempre escuto um pouco de música. Principalmente quando faz frio e chove... Daí a gente pensa um pouco mais na vida e em tudo o que nos espera e surpreende a cada dia.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ajuda

Gente,
Não e comum eu fazer isto. Mas a Carlinha, a moça que faz a limpeza lá do escritório em Porto, perdeu a casa e tudo o que tinha dentro num incêndio. Se vocês tiverem roupas (ela tem filhos pequenos também)  e estiverem com vontade de ajudar podem mandar para rua Lopo Gonçalves, 234, na Cidade Baixa. Se vier demais (!!!) a gente distribui para a Campanha do agasalho, já que esta um frio terrível! 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Na internet

Entrou no ar o www.manuela6565.com.br. Este é um vídeo de apresentação! Dá uma conferida!

Lição número 1: rir de si mesma

Das coisas que a vida me ensinou e que todos os dias exercito é ser a primeira a
rir de mim mesma. Hoje de manhã em Alvorada aconteceu uma ótima! Caí com tudo, tropeçando em um tapete que estava sobre o degrau. Quando vi que nada além dos dedos (que seguraram de maneira honrada os meus quilos) estava doendo, tive uma crise de riso. Primeiro porque a galera se apavorou, depois porque era um típico vídeo daqueles que a gente vê na TV e sempre
acha que é montagem e terceiro porque com tanta gente grandona querendo me derrubar foi um logo um degrau de boteco que me fez
desmoronar! Que fique de lição: levantei rapidinho!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vinicius

Semana passada o Brasil e o mundo lembraram os 30 anos da morte do grande poetinha. Essa é uma homenagem - como já fiz muitas vezes nesse blog - ao Vinicius e ao belo momento que vivo. "A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida", diria Vinicius.

Menina Jussara

Tenho uma grande mulher como amiga. Mulher de coragem, mulher com a sensibilidade que nos nutre de força.
Essa mulher é Jussara Cony. Na abertura da campanha, quando estávamos com Dilma, ela me disse: "escrevi um poeminha... Fala sobre a menina que existe em mim". Achei que falava da menina que morava em mim... E disse isso a ela. Ela me ofertou. Aqui está. Obrigada Ju. Por me ensinar a seguir doce, mesmo com tantas adversidades.

Poeminha para a menina

Quantos versos
invento,
reinvento,
para a menina 
que ainda existe
em mim...

Todo dia
ela aparece...
Me oferta olhares,
beijos,
carinhos 
e uma prece...

Fala pouco...
Diz do começo,
meio
e fim.
Sei lá o que quer
de mim...
Sei, isso sim,
cada vez que chega
é um lindo recomeço!

Nela, me reconheço...

Me ponho a esperar
a hora em que chegará
essa menina, meu avesso!

Binca comigo, menina!
Esquece o tempo...
Traz contigo a alegria,
a essência, o fecundo!

Dança comigo, menina!
Passos de bailarina...
De mãos dadas, entrelaçadas,
uma ciranda prô mundo!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cozinhando

Acho que nunca comentei por aqui que eu cozinho e sempre que tenho tempo invento algo para comer. Desenvolvi um bolo integral maravilhoso e ontem foi a vez de uma sopa de cenoura com gengibre. Confesso que não ficou perfeita. Mas gengibre faz um bem...
Então ontem a noite foi momento de ir ao super (comprar barras de cereal aos quilos para os próximos três meses), cozinhar, congelar (para durar por três meses) e ainda cuidar da minha sobrinha linda...
Isso foi o que deu força para mais um dia como o de hoje: com bem mais de 14 horas de jornada, com direito a muita conversa, caminhada em Canoas, atividade sindical, atividade do Paim...
um pouco de casa sempre me acalma!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Site da campanha

Na Terça devo lançar o site da campanha. A gente vai ter um espaço para postar vídeos e depoimentos escritos da galera em apoio a candidatura. Coisa bem simples: é só pegar o celular virar para si mesmo e dizer teu nome, cidade e porque tu caminhas junto conosco!  Ou escrever sobre isso! Se vocês quiserem começar a mandar para na Terça já abrirmos o site com as declarações vai ser massa! O email é somosmanu6565@gmail.com
Vamos fazer o site com maior interação de todas as nossas campanhas!!!
Se tu não votas ainda ou votas em outro estado pode escrever também! Vale a energia, a força, a corrente positiva!
Valeu!

Rápido. Devagar.

Andava agora pelos corredores e plenários do Congresso e pensei que o tempo corre demais! Parece ontem que entrei aqui, com aquele mundo inteiro para ser desbravado... O medo, a ansiedade, a expectativa minha e da sociedade, os rótulos, a imprensa, os colegas... Era tudo novo!
Agora já estou na disputa da reeleição. E sinto que, ao mesmo tempo que os anos voaram, eles também passaram bem devagar! Se penso em tudo o que fizemos, enfrentamos, ganhamos e perdemos... Se penso em tudo o que aprendi... Meu deus! Que loucura!

Mais que Bruno

Sou colorada e sei o valor de um ídolo para sua torcida. E fiquei sem palavras com relação ao episódio que envolve o goleiro Bruno, do Flamengo. Mas acho que é um fato que nos faz refletir sobre três questões, necessariamente.
Primeiro sobre a violência contra a mulher. 45 mil foram mortas nos últimos dez anos. E a maior parte delas sofreu violência antes da morte. Muitas denunciam e não vêem a Lei Maria da Penha ser executada. Me veio a mente aquele episódio da jovem cabeleleira que foi executada pelo ex-marido. Ela já havia ido a polícia, havia colocado uma câmera no salão e mesmo assim não sobreviveu. É preciso reverter isso! É preciso garantir que delegacias da mulher sejam criadas e varas especializadas também. É preciso que o Poder judiciário entenda, é preciso que os governos invistam em delegacias, casas de passagem etc.
Esse fato também revela a face sinistra, Cruel da fama sem estrutura psicológica. É preciso estar atento à saúde mental. Não é possível que alguém cruel desse jeito seja são! Qual a estrutura dada a esses meninos que saem de nada e ganham o mundo?!? Eles viram deuses! E seres humanos não estão prontos para isso!
O terceiro aspecto é sobre quem são os nossos ídolos! O que se conhece sobre eles? Quem sabia algo de Bruno para além de ser um grande goleiro?!?
São apenas reflexões. Reflexões de quem está chocada com o fato mas quer tentar ver o que esta atrás dele. Existem muitos Brunos. Eles andam nos bairros pobres e ricos de todas as regiões do Brasil. A maior parte das vezes eles não aparecem e o silêncio impera. É preciso gritar, denunciar. É preciso fazer justiça e acabar com a impunidade dos agressores.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Um pouco do primeiro dia

A campanha começou com um presente para nós gaúchos: a minha candidata a presidente deu a largada na nossa capital, Porto Alegre. O sol nos homenageou, o inverno virou verão e nós tomamos as ruas com Dilma e Tarso. Tomamos as ruas com a alegria de quem já começou a mudar o Brasil com Lula, com a força de quem viu o país superar a crise, criar o PROUNI, novas universidades e escolas técnicas.
A mobilização da nossa turma estava linda!!! 5 mil pessoas caminharam, vibraram! E nossa UJS e o Partido marcaram presença de uma forma linda!
Depois disso qual as manchetes dos jornais?!? "campanha de Dilma começa com tumulto" ou "Dilma suspende agenda em Porto Alegre"! Pelo amor de deus gente! Menos....
Tumulto marca todas as campanhas eleitorais. Esta é minha 4ª eleição e não há eleição, quando um candidato é bem quisto como são os nossos, sem muita gente querendo chegar perto, abraçar, um monte de militante levantando as bandeiras e disputando espaços! Também é Assim a festa da democracia! Não é possível transformar o que é festa em tumulto!
Sobre a segunda chamada do cancelamento de agenda a maldade foi grande... Dilma cumpriu toda a agenda. O que aconteceu foi um atraso da agenda e depois de saudar os militantes que estavam no almoço ela decidiu não comer! Só isso. 
Esse é um lado chato da campanha. Como a disputa afeta a todos, as versões são simplificadas e rapidamente viram capas de sites e jornais. E depois, quando debatemos democratização da mídia dizem que temos "mania de perseguição". Eu estava ao lado deles e participei de tudo. Acho que alguns deles não viram nada do que ocorreu e só perceberam o empurra empurra e a decisão dela de não comer!!! Ah! É muita
Criatividade e muita lupa!!!
Mas o sol nos iluminou. A energia da nossa gente já nos contaminou! E agora não adianta ter versão que ignora os fatos, não adianta ter olho gordo!!! agora nossos sonhos tomam as ruas para a gente continuar construindo um Brasil que garanta dignidade para as trabalhadoras e trabalhadores.
Eu só posso agradecer! O carinho, o afeto, a força com que nossa população me recebe é de emocionar. Muito obrigada!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Chegou a hora

Esta é a primeira dispusta eleitoral que o "Bola de meia, bola de gude" ou "há uma menina..." enfrentará. Sei que vocês percebem o quanto prezo e resguardo a este espaço. Nunca o transformei num instrumento de divulgação de meu mandato parlamentar. Para isso utilizamos o site oficial e outras ferramentas digitais e impressas.
 Isso acontece por vários motivos. O mais importante é o fato de eu ter percebido, ao longo dos doze anos de militância e, especialmente, nos seis anos de mandato, que eu se não preservar a pessoa que existe além da política, ninguém a preservará por mim. Ou seja, se eu não manter viva a Manuela que escreve, que lê, que sonha, que torce, que ama, que tem família e saudades da família, ela pode deixar de existir. Por que, como em qualquer profissão, a gente pode ser consumido pelo trabalho. E o meu trabalho é intenso. 
O blog marca, portanto, um momento pessoal muito importante para mim. Eu o criei, há quase dois anos,para conversar com meus amigos mais próximos e com minha família. Ele foi crescendo, os amigos se multiplicando e hoje muitos o lêem diariamente. Mas lutei para preservar seu espírito original. E acho que consegui.
Durante as eleições quem é candidato acaba ficando um pouco chato. São apenas 3 meses para conversar com cidadãos de 496 cidades. Então não é que o trabalha aumenta (quem anda pelo blog sabe que estamos sempre na batalha). A intensidade, a pressão, o stress é que aumentam. Afinal, estamos em campanha. Portanto, inevitavelmente, muitas vezes o assunto por aqui será campanha. Serão também assuntos as emoções que uma campanha oferece, as alegrias, as tristezas, a dor no corpo e o cansaço no rosto. Vou tentar manter o blog no mesmo estilo mas com uma espécie de diário da minha vida nesses próximos 3 meses. Vou tentar mostrar o outro lado da campanha, o lado sem a maquiagem da TV, sem a organização dos comícios, sem as palavras curtas dos panfletos.    
Aqueles que são amigos do blog e não serão eleitores de meus candidatos, peço compreensão. Serão 3 meses de maiores tensões entre nós. Mas fiquem aqui porque a polêmica sempre teve a porta aberta neste blog. Para quem vai estar de longe torcendo, não deixem de aparecer porque energia positiva é tudo de bom.  Para quem já caminha conosco  por favor, ajudem com as sugestões e críticas também por aqui.
Nesta Terça vou para minha quarta disputa eleitoral, com 28 anos. O meu blog amado vai para a primeira, com menos de dois aninhos! Eu sempre saí Mais forte e com mais lições para a vida depois de cada eleição. Espero que o blog também saia fortalecido! :)  
A gente segue se encontrando por aqui. Boa luta para tod@s!
Um beijo, 
Manu        

Índio?!?

Qual o problema de Índio da Costa?
Eu abomino baixarias e debates pessoalizados em toda e qualquer eleição. Por isso fiquei quieta durante a semana passada quando o PSDB e José Serra escolheram o candidato a vice, meu colega Deputado Indio da Costa. Fiquei quieta porque fiquei surpresa, fiquei quieta porque para mim o nome é o menos importante.
Vamos lá: Eu não tenho informações sobre a vida política de Indio no RJ. Sobre isso, aliás, meus colegas cariocas devem se manifestar: Se as denúncias da merenda escolar procedem ou não. Não tenho nada com a vida pessoal dele, desde que não afete em nada a vida do povo. Na Câmara trabalhamos juntos o tema das Regiões Metropolitanas. E posso afirmar que é simpático e gentil. A imprensa o anuncia como relator do ficha limpa. Mais ou menos... O ficha limpa é um projeto de autoria do povo brasiliero, seu primeiro relator na Comissão Especial foi o Indio. Mas o relator de plenário foi José Eduardo cardozo, do PT. também não atuamos juntos nas causas da juventude, embora ele seja jovem (39) se comparado a média de meus outros colegas, não é nenhum guri. E talvez por isso não priorize o tema juventude dentro do congresso.
Isso responde a mais ou menos todos os aspectos abordados pela imprensa sobre o candidato a vice de Serra. 
Mas repito: para mim o nome é o menos importante. Sabem porque?  
Porque nenhum Vice mudará o projeto que Serra representa. Serra representa o Estado mínimo, o Brasil de Fernando Henrique que combati durante anos de
Movimento estudantil. Serra representa a ausência de política de desenvolvimento nacional soberano, o fim das relações tão produtivas do Brasil no MERCOSUL. Serra representa aquele país em que o emprego não era prioridade e o juros altos para os bancos ganharem era. Serra representa   Um Brasil dependente, um Brasil com complexo de inferioridade perante os EUA e a Europa. Representa a falta de prioridade na educação pública. Para nós gaúchos Serra representa Yeda!! Yeda dos escandalos, Yeda do menor investimento em saúde do País, yeda do sucateamento da UERGS.
Por isso Indio ou qualquer cacique do DEM não da diferença. Por que essa aliança tem um programa, um projeto. E não é nem o que eu sonho, nem o que eu luto para construir. 
Serra é um caminho que o Brasil já provou. E não quer mais sentir o gosto.

sábado, 3 de julho de 2010

Eleições!!!

Já estou com quase tudo encaminhado. Foto, arte, documentos, planos, agenda... Mas devo confessar que na véspera o frio na barriga começa a pegar... Já é minha quarta disputa em apenas seis anos mas sempre parece a primeira. "e agora?", "por onde começo?!?", "será que vai dar certo?!?" eu penso e vejo três meses pela frente. 
Três longos meses em que as horas dos dias não passam e ao mesmo tempo os dias voam. Três meses conversando com cada cidadão e cidadã sobre a importância de seguirmos acreditando, de seguirmos lutando, de acreditarmos que o Brasil merece o trabalho de todos nós. Três meses para mostrar que sim, somos um mandato diferente "daqueles", que estamos ao lado dos trabalhadores, da juventude e das mulheres. Que queremos respeito a diversidade, queremos diálogo, trabalho sério.
Pois é pessoal... Terça a campanha eleitoral começa! E eu preciso de vocês. participação, da ajuda pela internet, da conversa com os amigos.... Da divulgação de nosso trabalho passado e nossas propostas futuras.
Dia 6 está bem pertinho. E eu espero contar com a ajuda dos amigos do blog, do twitter, do facebook, para seguir representando o Rio Grande lá em Brasília!
Vamos que vamos!!!!!
Ai... Que nervoso que dá!!!

As cidades por onde andei

Anta Gorda, Encantado, São Leopoldo,
Novo Hamburgo, Tramandaí. Isso é parte do que percorremos esses últimos dias. Fico muito feliz de colher os frutos do trabalho do mandato. De ver crianças, como vi em Anta Gorda, agradecendo ao Brasil pelas oportunidades que passaram a ter com o segundo tempo. De ouvir em São Léo, por exemplo, "pela primeira vez na vida um voto meu volta para mim" de uma educadora física sobre a emenda que fizemos para o ginásio municipal. 
Ou de ver o carinho com que as pessoas receberam ao Tarso e a mim na festa do peixe, em tramandaí! 
Tudo isso abençoada por dias de um sol esplendoroso. A alma agradece. E eu peço que amanhã, quando pegamos a estrada novamente, o sol siga a brilhar! 

Perder

Perder sempre é duro. Quando falamos em futebol, no Brasil, a derrota vem carregada por 190 milhões de pessoas. É a união total desse povo diverso. 
Eu já ganhei e já perdi eleições. Sei como a vitória é compartilhada por todos seus responsáveis. Todos são um pouco ganhadores, o que está certo. A derrota, entretanto, é solitária. Os erros sempre se concentram em um, em dois, em poucos.
 Muitos dizem que as vitórias são coletivas e as derrotas individuais.
Ontem vi isso acontecer. Enquanto o Brasil vencia era o mérito coletivo, quando perdeu Dunga virou o único responsável.
Eu, meu prédio, minha querida Porto Alegre e o país inteiro ficamos em silêncio absoluto, com o coração batento forte e triste. Todos perdemos. Não foi apenas Dunga.