Como ontem fui para três cantos do estado, hoje ficarei em Porto Alegre com algumas reuniões e debates. Pela tardinha visito São Leopoldo. Boa sexta e para todos aqueles que viajarão hoje pela noite, muito cuidado com as nossas estradas! Beijos
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Cenas de Brasília
Estava saindo de casa, hoje pela manhã, com minha mochila (que representa a minha segunda casa), bolsa e mais uma sacola com meus sapatos para arrumar. Chamei um táxi, eles levam três minutos até meu apartamento. Chegando na recepção vejo que muitos esperam pelo carro de praça (alguém já ouviu o avô denominar o táxi assim???) incluindo um casal de argentinos (falvam espanhol e depois, ao me irritar, pensei serem hermanos argentinos) atrasados para voar. Numa tentativa de vencer as adversidades das manhãs (leia-se sono, mal-humor, TPM) cedi, gentilmente, o táxi. Minutos e minutos depois nada do táxi chamado pelos argentinos. Nada. E o relógio depondo contra mim e meu trabalho. Aqueles minutinhos que parecem voar quando a gente quer que eles andem bem devagar (é gente... os mesmos minutos que passam devagar dentro do avião ou em todas as coisas chatas que fazemos na vida!). Nisso, imagino que minha cara já estava deformada de ansiedade. Um cidadão passa e pergunta: quer carona no meu? Não entendi como ele presumia que o táxi dele chegaria antes do meu e tentei argumentar. Foi então que entendi: ele me oferecia carona de carro. Imediatamente aceitei. Nunac tinha visto o sujeito no prédio nem em nenhum outro canto qualquer. Mas não tinha como recusar uma demonstração de solidariedade dessas, principalmente em Brasília.
Ele se desculpou inúmeras vezes porque o carro estava sujo e perguntou onde eu trabalhava. Rumamos ao Congresso Nacional. Eu, ele e o carro sujo e minha mochila, minha bolsa, minha sacola de sapatos para arrumar. Foi aí que percebi que o caminho que ele me levava não ia à Câmara. Chegando (no Palácio do Planalto) vejo no horizonte o meu local de trabalho. Como ia dizer que não era ali para um ilustre desconhecido? Impossível. Cruzei as ruas com mochila, bolsa, sacola com sapatos e salto alto, entrei no Senado, ultrapassei as barreiras de seguranças e... me perdi. Um segurança caminha na minha direção e sorri: "Deputada a sra quer chegar onde?". Com as indicações do segurança em mente, cruzei a rua e cheguei à Câmara.
Uma hora depois de sair de casa, com os meus colegas me olhando levemente surpresos pelo meu estado ao pegar o elevador, percorro o enorme corredor que me separa do gabinete e vejo um conglomerado de pessoas por ali.
Chego e conto a história. Resumi, é óbvio. Poupei os meus amigos prefeitos de detalhes como a sacola de sapatos ou que o simpático cidadão havia morado em Porto Alegre. Devo admitir. Eles acharam a história muito louca para as 9 da manhã. Cenas de Brasília.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Somos uma família Buscapé
Dia cheio de contradições. Dia de vida.
Perdemos a mãe de uma grande amiga, de enorme coração, a mãe da querida Mara. A Mara é a pessoa que me ensinou que aquela estória de que a mão é do tamanho do coração é mentira. Porque ela tem uma mão bem pequenininha e um coração enorme.
Sempre sofro muito em velórios e enterros. Esse, em especial, guardava uma infeliz casualidade: foi a mesma capela em que minha avó foi velada.
Lá, estávamos todos nós. Colegas de trabalho que somos, irmãos que nos transformamos no PCdoB, no gabinete, nas campanhas, na vida. Debatíamos se o Régis deveria remarcar a festinha que organizou para comemorar o um aninho do Téo (filho dele e meu afilhado), logo depois do expediente. Concluímos que sim. A morte só é triste porque nos lembramos da vida, do tempo em que vivemos com aquela pessoa querida. Então, nada mais justo do que celebrar a vida (há muito escrito sobre o Téo, nos primeiros posts do blog, há um ano). Principalmente a de alguém especial como o Téo.
Por que escrevo tudo isso? Porque lá pelas tantas, enquanto abraçávamos a Mara chorando ou sentávamos no canto para conversar, a Gisele concluiu: somos uma família desajeitada, uma família buscapé. É verdade Gi. Nos tornamos uma grande família. Juntos compartilhamos a alegria da construção de um Brasil melhor, juntos nos cansamos nas campanhas, comemoramos as vitórias, choramos as derrotas. Juntos crescemos (nos dois sentidos, etário e de amadurecer). Juntos compartilhamos inícios e finais de relacionamentos, a saúde de nossas pessoas queridas e as doenças. Os momentos tristes, como a perda da mãe da Marinha e os felizes, como o nascimento e a saúde do Téo.
Nos tornamos uma família. De comunistas, jovens, amigos. Alguns de mãos pequenas. Mas todos com um coraçaõ com muito amor.
Obrigada por estarem sempre comigo.
domingo, 25 de outubro de 2009
Conquistei meu equilíbrio, cortejando a insanidade
Com os anos comecei a gostar de datas (como os aniversários, por exemplo). São momentos em que é possível fazer uma retrospectiva e ver nossas derrotas e vitórias com uma certa distância. Hoje, o blog completa um ano. Quando paro para lembrar no que eu sentia naquele 25 de outubro de 2008, parece ser possível ter vivido cinco vidas em 365 dias. Tudo pode mudar, muda o tempo inteiro.
Quando comecei, pensei que manteria sigilo sobre o espaço. É duro construir um espaço privado para uma pessoa pública. Por mais louco que possa parecer é complicado dizer que não gosto só de política, não vivo só para a política. Embora viva muito e goste muito de minha vida de militante. Alguns me avisaram: vais te expor demais. Não acredito que ser Ser humano exponha a alguém.
Aos poucos, virou espaço para tudo. Para diário de minhas atividades pelo Rio Grande e pelo páis, para indicar os livros que passaram por minhas mãos, para compartilhar artigos sobre política, crônicas, poesias, músicas. Virou uma organizada bagunça. A parte insana de alguém que vive metodicamente.
Quero agradecer a todos que passam por aqui e têm a paciência de compartilhar a minha vida comigo. Aos que entenderam que esse espaço se consolida como o meu espaço. De uma mulher que chora, que ri, que cansa, que se emociona, que fica feliz, que vibra com as pequenas coisas da vida.
O Espaço da menina que (graças à Deus) insiste em viver dentro de mim e que precisa gritar. O blog virou meu megafone.
Obrigada por ouvirem meus problemas e meu sofrimento por eles (mesmo quando fui ambígua ou superficial), por darem gargalhadas, enviarem carinho na forma de comentários. Obrigada por serem felizes comigo por eu estar muito feliz pessoalmente, obrigada por entenderem minha vibração com as conquistas do mandato.
Obrigada por me ajudarem a "conquistar meu equilíbro, cortejando a insanidade".
Orgulho
Ontem pela noite fui ao show do Rafinha Bastos, chamado "A arte do insulto". Salvou meu final de semana! Passei (e aindo estou passando) três dias em reunião discutindo o Congresso do PCdoB, nosso novo programa de desenvolvimento do país, a nova direção nacional. Ótimo. Mas cansa. Então, ontem fui rir. Ri mais do que achei que riria. Muuuuito mais. É engraçado, inteligente, ele está ótimo.
Então por que se chama orgulho o nome do post? Porque é bom ver um gaúcho dar certo. É bom ver alguém vencer a pele invísel que perpetua os paulistas e cariocas como únicos produtores de cultura do Brasil. E não é bairrismo. É apenas vontade de ver o Brasil ser Brasil. E o Brasil não é apenas SP e RJ.
Parabéns Rafinha, parabéns para esse colorado que faz tanta gente rir, num mundo em que todos temos tantos problemas.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Dica de leitura
Eu já havia fechado o computador e estava me preparando para descansar. Mas quero escrever sobre essa sensível obra agora, imediatamente após terminá-la. "No teu deserto", do escritor português Miguel Sousa Tavares (autor de Equador) é delicado. Não sei como descrever um livro que nos faz sentir cheios de amor, cheios de sentimento, cheios de vida.
"Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares demais, já não escreves, porque não te resta nada a dizer", diz, sabiamente, o jornalista que vai ao deserto.
Que loucura!!!
Gente, eu fico impressionada com a criatividade das pessoas. Escrevi um texto sobre uma pessoa querida que eu queria ajudar. Recebi respostas, textos sobre o assunto, meu pai ligou pensando se tratar de uma das minhas irmãs, minha irmã ficou na dúvida se era para ela, a outra teve certeza de que era para meu namorado... Uau! galera... não era para nenhum de vocês. Era para alguém que como eu já disse, não quer ouvir e nem ver soluções de vida para a vida!
Da série piada pronta
Estava eu sentada em frente a um médico. Após examinar, perguntar, vasculhar a minha vida, ele me olha e afirma: "A senhora deve ser uma deputada muito competente, né?". Eu, envergonhada, respondo: não doutor, nada demais, normal. Ele segue: "A senhora deve estar trabalhando demais para o povo, não é mesmo? Porque para chegar aqui caminhando, com essa falta de comida, horas de sono e de exercício físico, a sra só pode estar aqui porque Deus está gostando de seu trabalho."
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Música para acalmar
Ontem, enquanto a sessão durava até quase duas da manhã, me lembrei daquela velha tese de que a vida poderia ter trilha sonora. Já pensaram que maravilha?
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Sem solução
Queria falar sobre o previsível arquivamento do impeachment de Yeda. Mas faço outra hora... Eu apenas queria desabafar: como ajudar alguem que gostamos muito, que guardamos carinho no fundo do peito, que esta sofrendo muito mas que não quer a nossa ajuda? Nem quer ouvir, nem sequer ver? E... A amizade de verdade não acaba com as brigas. Hoje tive certeza disso.
Dia bem bom
Ontem tive um dia daqueles que eu gosto. Fiz um debate na Escola inácio Montanha. Fui muito legal ver a galera discutindo participacao. Almocei com o pessoal do Sindifisco, debatendo a lei de transações, tema bem complexo. A tarde conversei com dois movimentos ótimos aos quais pretendo auxiliar com emendas ao orçamento: o grupo de teatro Terreira da tribo (que esta construindo seu teatro próprio) e a Galera do software livre, estão construindo um projeto dez! Depois, panfleteamos na Esquina democrática e ainda passei no Gasometro, na Conferencia de cultura.
Para encerrar a noite jantei com a galera da UJS e pude rir muito, com uma nova geração de jovens militantes!
Ufa... Agora estou indo para Brasilia, tinha médico mais cedo! Beijos
PS. Estou no celular, desculpem erros!
Para encerrar a noite jantei com a galera da UJS e pude rir muito, com uma nova geração de jovens militantes!
Ufa... Agora estou indo para Brasilia, tinha médico mais cedo! Beijos
PS. Estou no celular, desculpem erros!
domingo, 18 de outubro de 2009
Para sempre
Senti saudade de uma pessoa que não voltará mais. Essa poesia sempre conforta.
Uma alegria para sempre (Quintana)
"As coisas que não conseguem ser
olvidadas continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre onde as
datas não datam. Só no mundo do nunca
existem lápides... Que importa se –
depois de tudo – tenha "ela" partido,
casado, mudado, sumido, esquecido,
enganado, ou que quer que te haja
feito, em suma? Tiveste uma parte da
sua vida que foi só tua e, esta, ela
jamais a poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte da tua vida presente
e não do teu passado. E abrem-se no teu
sorriso mesmo quando, deslembrado deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto
deves à ingrata criatura...
A thing of beauty is a joy for ever
disse, há cento e muitos anos, um poeta
inglês que não conseguiu morrer
"As coisas que não conseguem ser
olvidadas continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre onde as
datas não datam. Só no mundo do nunca
existem lápides... Que importa se –
depois de tudo – tenha "ela" partido,
casado, mudado, sumido, esquecido,
enganado, ou que quer que te haja
feito, em suma? Tiveste uma parte da
sua vida que foi só tua e, esta, ela
jamais a poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte da tua vida presente
e não do teu passado. E abrem-se no teu
sorriso mesmo quando, deslembrado deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto
deves à ingrata criatura...
A thing of beauty is a joy for ever
disse, há cento e muitos anos, um poeta
inglês que não conseguiu morrer
Dia de sol
E de um trabalho muito gostoso. Adoro prestar contas do mandato aqui em Porto Alegre. É tão bom conviver com esse povo que me deu tantas coisas boas na vida. Pela manhã estive na Vila Farrapos e a tarde no Gasomêtro. Tem coisa melhor do que olhar para aquele rio lindo (tá... pode ser lago), com sol e tomando um chimarrão?
sábado, 17 de outubro de 2009
Agora em casa
Oi gente! Sei que andei sumida. Mas foi por uma boa causa. Trabalhei muito para aprovarmos o vale-cultura e deu certo. Depois girei oito cidades em 48 horas. Ouvi os pleitos das comunidades, estive com prefeitos, movimentos sociais, amigos. Agora cheguei em Porto.
Vou ficar com minhas irmãs um pouco, descansar para amanhã seguir na luta. Beijos
P.S. Estou normalizando meus escritos por aqui
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Vale-cultura aprovado
Aprovamos hoje o projeto do vale-cultura. Fiquei feliz por ter sido uma das relatoras e termos garantido alguns avanços. O Governo Lula muda um paradigma com a inclusão da cultura como benefício ao trabalhador. Amanhã vou explicar todos os detalhes porque quero dormir. Foi uma vitória grande para os trabalhadores.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Dica de leitura
Devorei Budapeste, do grande Chico Buarque. Raros são os livros que me impedem de ler uma nova obra em seguida para ficar refletindo. Quando li Leite Derramado, comentei que havia resistido muito a ler Chico porque morria de medo de me decepcionar. Agora cheguei a conclusão definitiva que ele é quase tão bom em romances quanto nas poesias que tranforma em músicas. Simples e profundo. Apenas posso dizer: leiam.
De como as coisas acontecem
Hoje recebi uma ligação de uma colunista política gaúcha para conferir comigo uma nota social. Queria checar se era verdade que eu ia casar. Após uma crise de riso respondi que não e perguntei se ela estava louca, qual motivo a levava a fazer essa pergunta. Eis que descubro que já está num blog de um jornal de grande circulação a notícia de meu casamento. Detalhe: não vou casar. Conto isso aqui para vocês verem como são as coisas. Evidente que a jornalista (muito querida, por sinal) não fez por maldade e assim que soube que não era verdade publicou a correção. Também é verdade que isso não tem relevância nenhuma, a não ser para mim mesma. Mas estava ali. Escrito num site de um grande jornal. Poderia ser qualquer coisa, de qualquer natureza.
Mais cultura
Hoje fiz a leitura do relatório do projeto do vale-cultura. Até chegarmos a ele tivemos muito trabalho. Várias audiências públicas, debates, discussões. Ainda hoje no plenário doze novas emendas foram apresentadas. Por isso, deixamos para votar amanhã. O projeto não é perfeito mas será um passo importante para pelo menos 14 milhões de brasileiros que ganharão R$50 por mês para o consumo de bens e serviços culturais. Ir ao teatro ou comprar um livro, por exemplo. Para mim é uma mudança de paradigma: até hoje eram direitos dos trabalhadores alimentação e transporte, ou seja, estar em condições de trabalhar. Agora a cultura passa a ser um benefício também: cidadania.
Amanhã conto quais avanços conquistamos no meu relatório. Conseguimos aumentar um pouquinho e o mais legal é que parte disso tem origem nos trabalhadores da CTB presentes na audiência pública em Canela.
P.S. Vocês acreditam que recebi um email perguntando porque não cortava o cabelo diferente porque a franja atrapalhava a visão na TV? Ah não gente! Estamos aprovando um projeto super legal e o cidadão pensa nisso... não acreditei!
De volta
Fiquei três dias longe daqui para refrescar a cabeça. Deu certo. Depois de cinco anos de mandato descobri que é preciso. Voltei com todo o gás.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Pessoas
Nos últimos dias tenho pensando muito em como é bom gostar de pessoas, ter pessoas para gostar, amigos para conversar, família para conviver. Sinto muita falta de todos. Não fico com nenhum o tempo que desejaria. Não fico com minha família o tempo que preciso, não saio e nem converso com os meus amigos o tanto que quero, não vejo meu namorado todos os dias da semana. Mas sou feliz. Feliz porque amo muito e tenho muitas pessoas para sentir saudade. E só posso sentir essa saudade porque vocês fazem parte da minha vida.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O samba também fica triste
Na vida sempre tento aprender. Com meu partido aprendi a amar profundamente o Brasil e a tentar, cotidianamente, entender seu povo e lutar ao seu lado. Aprendi a amar o carnaval e a respeitar muito a luta do povo para botar o bloco na rua. Em Porto Alegre, nosso carnaval é 100% popular, as comunidades são profundamente envolvidas na construção do todo.
Os dados da conta:Na segunda, enquanto eu estava no interior, minha escola de samba teve a quadra arrastada pela chuva forte. A minha, a nossa Imperatriz está sem quadra, praticamente. O samba está triste em Porto Alegre. Por isso, faço hoje algo que nunca fiz pelo blog. Divulgo os dados da conta bancária da escola para que aqueles que queiram dar qualquer contribuição possam ajudar o samba da Zona Norte a voltar a sorrir.
Banco do Brasil
agência: 0661
Agência Passo D'Areia
C.C: 45.695-0
S.B.C.R Imperatriz Dona Leopoldina
CNPJ: 87.964.714/0001-06
Aqui o link para matéria do Vinicius Brito do Samblog da RBS sobre o fato: http://bit.ly/VeyRa
Complexo de vira-lata
Adoro cachorro vira-lata. Ouso dizer que são os meus preferidos. Independentes, andam soltos pelas ruas. Mas há uma expressão criada pelo grande escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues que me parece precisa para algumas pessoas nesse momento da história brasileira: "complexo de vira-lata". Esperei os dias passarem para escrever sobre os jogos olímpicos. Me conheço muito bem e sei que meu lado nacionalista e lulista estava muito exaltado depois daquelas imagens lindas da sexta-feira. Trabalhando em outras coisas durante os últimos quatro dias pude pensar mais calmamente.
Porque tanta gente é contra? Tento pensar em todos os cenários. Primeiro a afirmação do Brasil como grande potência mundial. Será pouco receber a Copa de 2014 e logo em seguida os jogos olímpicos? Será que essa é uma decisão apenas da área do esporte? A resposta que dou é não. Duas vezes não. Desde a perspectiva de nosso desenvolvimento econômico grandes eventos esportivos significam muito. Investimentos em infra-estrutura retorarão com a entrada de divisas do turismo e da publicidade gratuíta de nosso país por todo o mundo. Digo todo o mundo porque hoje, diferente de em 1958, esses jogos são dos eventos mais assistidos pelo televisão em todos os continentes. Isso significa empregos para nossa população. Portanto, eventos esportivos estão longe de serem importantes apenas para os amantes do esporte.
Desde a perspectiva do desporto, garantir que o desenvolvimento passe por essas atividades significa promover novos valores para nossas crianças, adolecentes e jovens. Práticas de saúde, de respeito, de saber perder e saber ganhar, de coletividade, de esforço. Incentivam portanto, tais eventos, ao mundo do esporte.
Alguns alegam como justa a preocupação de que os recursos podem ser desviados. Considero legítima essa preocupação. E devemos criar comissões de acompanhamento desde agora. Mas deixar de fazer por medo de corrupção significa desistir do Brasil em função de todos aqueles que erraram, ou seja, vitória dos ruins! Não podemos deixar de ousar porque históricamente nosso país cometeu erros. É como deixar de ir a aula porque um dia, a caminho da escola, fomos assaltados. Pode acontecer? Pode. mas se o policial estiver ali dificelmente acontecerá.
Por isso tudo (e sei que ainda escreverei muito sobre isso aqui) acho que grande parte das manifestações contrarias aos eventos esportivos (vejam, eu disse grande parte e não todas) são fruto do complexo de vira-lata.
Abaixo o próprio Nelson:
Abaixo o próprio Nelson:
"por 'complexo de vira-lata' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo"
"o brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima"
"o brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima"
terça-feira, 6 de outubro de 2009
A gente não quer só comida
Sempre acreditei na uniao para objetivos maiores. Agora estou em Canela discutindo o projeto do vale-cultura com grandes artistas e o pessoal da CTB. Os artistas tem grande interesse porque o vale movimentará achamada economia da cultura. Os trabalhadores passarao a receber o benefício para "consumir" livros, ir ao teatro, ao cinema etc. Qual desafio? Os empresarios precisam aderir ao programa. Então após aprovarmos a lei e preciso fazer uma aliança para a lei pegar, empresas aderirem e a cultura brasilera ganhar. Agora um companheiro, vice-presidente da CTB, Selistre deu uma bela idéia: fazer com que os artistas ajudem inclusive nas convencoes coletivas. Viram o sentido da aliança?
Amanha temos audiência sobre vale em Brasilia e dia 17 em Porto Alegre num sindicato para fazermoso inverso: hoje os trabalhadores vieram aqui. Dia 17 os trabalhadores serão os anfitriões.
P.S a dor de cabeça aquele dia quase me matou. Fui salva pela acupuntura e pelo meu querido Dr Bobeck.
Amanha temos audiência sobre vale em Brasilia e dia 17 em Porto Alegre num sindicato para fazermoso inverso: hoje os trabalhadores vieram aqui. Dia 17 os trabalhadores serão os anfitriões.
P.S a dor de cabeça aquele dia quase me matou. Fui salva pela acupuntura e pelo meu querido Dr Bobeck.
domingo, 4 de outubro de 2009
sem palavras
Sábado e domingo muito agitados e positivos na política. Grande conferência do PCdoB. Grande. Muitos desafios. Dois dias de debate.
Mas agora fiquei sem palavras: a Mercedes Sosa, que tantas vezes nos confortou aqui pelo blog, nos deixou. Sei que seguirá viva na sua música e vontade de ver a América Latina livre. Mas é triste.
E eu... estou com a maior dor de cabeça que tive esse ano. Fico quieta.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Ano triste
Culturalmente, para mim, tem sido um ano triste. Perdi meu escritor preferido (Benedetti) e, agora, minha cantora preferida está internada. Que a Mercedes fique conosco.
Prêmio Congresso em Foco
Galera,
fiquei bem feliz em ser indicada por jornalistas que cobrem Brasília no Prêmio Congresso em Foco. Agora, entra a disputa pela internet. Quem quiser votar (em mim ou nos outros) o endereço é www.premiocongressoemfoco.com.br. Achei importante para o nosso trabalho porque são poucos ali em primeiro mandato e também porque é mais um sinal de que ser mulher, comunista e e lutar pelo desenvolvimento do Brasil vale a pena.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Grande juventude capixaba!
Gente, estou na conexão do vôo de Vitória para Porto Alegre. Fiquei impressionada com o nível do debate sobre o Estatuto lá no Espírito Santo. O nível das perguntas e das intervenções foi muito grande, perguntas ótimas e duras. Mas o que mais me deixou feliz é o fato da maior parte dos jovens serem do PROJOVEM. Isso é a prova que quando a gente investe na juventude, eles abraçam a oportunidade e mudam a suas histórias. Parabéns galera que organizou, parabéns Deputada Iriny. Vamos a um ótimo estatuto.
P.S. Estou super gripada, acho que das viagens e climas diferentes.
P.S.2. Acabo de pagar o mico de dar oi para uma pessoa famosa no avião para Porto pensando que conhecia a cara dela. hehehe
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