domingo, 19 de dezembro de 2010

Manual

Certo dia Sandra fez a opção: acreditaria neles. Quem eram eles para  ela crer tão cegamente e destilar por anos o pior veneno contra sua irmã? Eles. dois homens sedutores e igualmente cafajestes.
Resignada, Marta, a irmã, deixou que tentasse ser feliz. Nunca entendera como Sandra pudera simplesmente ignorar tudo. Tudo a história, tudo a amizade, tudo a confiança, tudo a vida. Seguiu em frente. 
Um dia Sandra acordou e percebeu que aquele a seu lado nada valia. Aquele que valeu a história, que valeu a vida, que valeu a confiança, que valeu a amizade. Aquele? Nada valia. E desesperada Sandra quis voltar ao tempo de maneira automática. Quis apagar tudo que fizera a todos por aquele que nada valia. 
 Mas não funcionaria assim. Romper é Automático. Reconstruir é demorado, é manual.

Escrito em 13/12

1 comentários:

Maria Teresa F. Moreira disse...

Olá Manuela!Primeiramente gostaria de lhe dizer que após descobrir o seu blog nunca mais deixei de acompanhá-la! Gosto demais de seus poemas que tanto me alentam nos momentos tristes e felizes e dos fatos cotidianos que aqui você os expõe de uma maneira muito inteligente.
Você é uma mulher muito bacana!
É sempre um presente lê-la!
Em segundo lugar gostaria de lhe desejar um ano novo cheio de coisas boas e de muitas lutas, principalmente por aqueles que mais necessitam.

Grande abraço,

Maria Teresa
Divinópolis - MG.