quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Calos


Quando machucas
não escrevo, calo.
sepulto em mim cada vez que me fazes percorrer a longa estrada da solidão. 
Levo os calos nos pés. 
sigo.

5 comentários:

Anônimo disse...

O calo do coração

Edu disse...

Solidão essa consome...

José de Arimatéa dos Santos disse...

Manu,
O que vale é a caminhada.
E nessa sua caminhada desejo muita felicidade pelo ser humano que tu és, principalmente pela tua coerência.
Parabéns e seja muito feliz!

M. V. Izquierdo disse...

Muito bom blog!

Vou voltar.

Anônimo disse...

Não são tantos machucados assim
Meu silencio é mais desejo simbólico
E licença poética
Tenho esse estilo um tanto dramático
Mas, na verdade, nunca me calo
Minha vida é falar
Minha solidão é mais estética
E auto-imagem daquilo que não sou
Reflexo invertido do espelho
Minha caminhada nunca é solitária
Afinal estou sempre cercada
Refletores, microfones, fãs, seguidores, admiradores,
Apaixonados clandestinos que se imaginam a meu lado
A longa estrada imaginada
É mais o roteiro idealizado
Da poeta que as vezes quer solidão
Os calos são metáforas imaginarias
Meus pés são leves como o vento
O tom dramático integra o roteiro do eu show
Quando estou aqui sou o avesso do avesso do avesso
Dos meus dias
Não sou triste, não sou solitária
É minha caneta que me traí
E acha que a poesia tem que necessariamente
Ser triste, melancólica.........
Solitária
Na verdade, confesso, se você não contar para ninguém
Não sou triste,nem sou solitária
Sigo.....
Sigo tão alegre e otimista
Que até me casei
Que maior prova de otimismo e
Fé no futuro que entrelaçar a estrada com outra pessoa
Cansei de ser uma mulher de trinta anos
Sou uma pós balzaquiana
Não calo na voz nem nos pés
Caminho solta
Sou agora uma comportada esposa
Entre um show e um comício
Serei uma comportada esposa
Não que tivesse sido menina levada
Muito menos uma mulher devassa
Brincar com os tons de cinza ou azul
Era parte de minha fantasia poética
Das faces múltiplas que escolhi viver
Não se impressione com a minha tristeza aqui
Minha solidão e melancolia aparente
É só a expressão secreta
Da outra mulher que caminha ao meu lado
E assume todos os meus calos e silêncios