quinta-feira, 6 de agosto de 2009

É tanta coisa

Em meio a uma crise institucional tão grande no RS, dá pouca vontade de falar sobre qualquer coisa que fiz ao longo do dia. Ontem, votamos até tarde da noite e, infelizmente perdemos a votação. Foi um desastre. No twitter eu acabei cobrindo. Pelas bandas de cá a confusão ficou ainda maior. Vim hoje pela tarde para uma atividade que realizamos na Famurgs e o clima em tudo é péssimo. Se por um lado tudo vai ficando claro e a CPI será instalada para o povo conhecer a verdade verdadeira, de outro há um desânimo e descrença cada vez maior das pessoas na política. E a política só tem jeito se for feita por gente séria, que acredita e luta.

3 comentários:

ANTONIO CLAUDINO disse...

Não desanime deputada. Um companheiro me disse:
Derrota após derrota até a vitória final.
Che Guevara

blogpetonobranco.wordpress.com

twitter.com/antonioclaudino

Pedro Ramalho disse...

DECORO JÁ!

é a medida que proponho.

O Senado está CATATÔNICO! (tive que criar uma palavra, porque não há outra em nosso vocabulário capaz de descrever o que vem ocorrendo no cenário político do país.)

Talvez com sua ajuda possamos implementá-lá.

Vai uma nota pública da OAB:


O Senado está em estado de calamidade institucional. A quebra de decoro parlamentar, protagonizada pelas lideranças dos principais partidos, com acusações recíprocas de espantosa gravidade e em baixo calão, configura quadro intolerável, que constrange e envergonha a nação. A democracia desmoraliza-se e corre risco.

A crise não se resume ao presidente da casa, embora o ponha em destaque. Mas é de toda a instituição - e envolve acusados e acusadores. Dissemina-se como metástase junto às bancadas, quer na constatação de que os múltiplos delitos, diariamente denunciados pela imprensa, configuram prática habitual de quase todos; quer na presença maciça de senadores sem voto (os suplentes), a exercer representação sem legitimidade; quer na constatação de que não se busca correção ética dos desvios, mas oportunidade política de desforra e de capitalização da indignação pública.

Não pode haver maior paradoxo - intolerável paradoxo - que senadores sem voto integrando o Conselho de Ética, com a missão de julgar colegas. Se a suplência sem votos já é, em si, indecorosa, torna-se absurda quando a ela se atribui a missão de presidir um órgão da responsabilidade do Conselho de Ética.

Em tal contexto, urge fornecer à cidadania instrumentos objetivos e democráticos de intervenção saneadora no processo político. A OAB encaminhou recentemente ao Congresso Nacional, no bojo de proposta de reforma política, sugestão para que o país adote o recall - instrumento de revogação de mandatos, aplicável pela sociedade a quem trair a delegação de que está investido.

Trata-se de instrumento já testado em outras democracias, como a norte-americana, com resultados positivos. O voto pertence ao eleitor, não ao eleito, que é apenas seu delegado. Traindo-o, deve perder a delegação. Não havendo, porém, tal recurso na legislação brasileira, prosperam discursos oportunistas, como o que sugere a extinção do Senado. A OAB é literalmente contra a extinção do Senado.

O Senado não pode ser confundido com os que mancham o seu nome. Precisa ser preservado, pois é o pilar do equilíbrio federativo. Diante, porém, do que assistimos, a sociedade já impôs à presente representação o recall moral. O ideal seria a renúncia dos senadores. Como não temos meios legais de impor esse ideal - único meio de sanear a instituição -, resta pleitear que se conceda algum espaço à reforma política, senão para salvar o atual Congresso, ao menos para garantir o futuro.

CEZAR BRITTO

PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL


Pedro Ramalho - brincadeirademaugosto@blogspot.com

Pedro Ramalho disse...

Santa Ignorância

Meu Deus, CATATÔNICO existe.... mas pelo menos a ignorância tem uma Santa...

Eu pensava em algo catastrófico, junto com algo inemaginável....

Mas não é que o significado da palavra caiu como uma luva para refletir a loucura da política brasileira...

"Um indivíduo catatônico é uma pessoa viva, indiferente ao mundo exterior. Vive nos seus pensamentos, como se criasse um mundo só pra ela. Comum em crianças com grandes traumas, estas ignoram a realidade e passam a viver exclusivamente a sua imaginação. Existe também a esquizofrenia catatónica." http://pt.wikipedia.org/wiki/Catat%C3%B4nico

É isso.. esse é o nosso Senado, CATATÔNICO.