terça-feira, 16 de novembro de 2010

Máquina do tempo

Aos treze anos tive uma melhor amiga, uma praia que amava e um ídolo com quem me casaria. Nos últimos dez dias, tal qual aos filmes de fantasia, voltei dezesseis anos na vida. Descansei na minha praia de adolescente, andei por um bairro de Rio Grande buscando pela Joyce, fui ao show do Paul. Se não é possível, através da máquina do tempo, viver com a genuína felicidade de tanto tempo passado, certamente me é permitido resgatar os sonhos e usufruir da alegria de sempre me reencontrar comigo.

3 comentários:

Flavia disse...

...E ver que por mais que a gente mude, a gente não mudou tanto assim! Daí o reencontro consigo mesma parecer sempre um encontro de saudosas lembranças com as permanências que perpassam (e que resistem às) nossas mudanças! Um texto belo e sensível como a Manu poeta (ainda que nem só de versos e métrica viva a poesia ou a poeta que habita em ti!)

Jorge De Araujo disse...

Eu gosto, não de voltar no tempo, mas de viver, como fizeste, situações agradáveis, análogas à outras da adolescência, já com toda uma compreensão diferente, porém recheadas por aquele sabor do vivido.

Bárbara disse...

Parabéns Manu... Conseguiste com singelas palavras retratar o que muitos de nós, meros humanos, ainda sentimos: a saudade de quando éramos felizes e não sabíamos!