sexta-feira, 4 de maio de 2012

Qual a pergunta certa?


Queridos leitores,
É natural que em momentos de disputas eleitorais existam tensões entre partidos e candidaturas. Entretanto, em minha avaliação, esses tensionamentos devem ser reais.
Tenho visto de maneira sistemática alguns militantes de outra candidatura questionarem minha postura, minhas alianças. Acredito que esse não seja o melhor caminho. E não o é por que julgo que as verdadeiras questões a serem respondidas não residem no esforço que meu partido faz para ampliar a sustenção de minha candidatura. Até porque o esforço que fazemos tem base num programa de governo sólido e buscamos a base de Dilma e Lula. Buscamos a bAse do querido Jairo Jorge em Canoas. Buscamos e tenham certeza NADA temos a ofertar que não programa. Não temos cargo nenhum. A pergunta que deve ser respondida é, em minha Opinião, a que fiz em 5/12/11 aqui no blog. Questionam minha aliança? Ok. Respondam então aos seus e meus e nossos a pergunta abaixo. E lembro, caros companheiros, não criem distâncias irreais entre nós. Não repitam 2008. Lembrem quem em 2010 superou 2008 e construiu a unidade que nos levou a sonhada vitória. Somos juntos Dilma e Tarso. Faço um convite a vocês: vamos discutir nossa cidade?

Abaixo reproduzo artigo de dezembro/2011

Qual a diferença entre 2010 e 2012?

O ano de 2011 vai chegando ao fim. Deixará para o próximo algumas reflexões sobre o processo político em nossa capital e em nosso Estado.

Na política, esse é um ano prensado entre outros dois: 2010 (ano em que uma frente política de unidade da esquerda, com discurso amplo venceu as eleições para Estado) e 2012 (ano em que essa frente será testada em sua capacidade de manter-se unida).

Eleições são espaço de apresentação de projeto, programa e posicionamento político.

O que justifica a existência de uma candidatura de oposição é o projeto, o posicionamento, a visão de que a administração tem limites. Ou seja, é uma visão crítica. Alguns fazem e recebem críticas como se fossem "intocáveis".

As críticas - quando de natureza política, e não pessoais - justificam os diferentes projetos. Se não por isso, qual a razão da existência de uma candidatura? "Protagonismo" do partido e/ou pragmatismo.

Se o projeto político é consistente, ele deve ser maior que esses dois aspectos.

Em 2008, apesar de termos o mesmo diagnóstico sobre a administração Fogaça/Fortunati, não conseguimos unificar nosso posicionamento político, nem o projeto para a cidade.

Já em 2010, a história foi diferente: PCdoB e PSB retiraram uma candidatura viável ao governo do RS, por achar que poderíamos construir um novo ciclo para o Estado com a candidatura de Tarso Genro.

Nossos partidos não tiveram, é evidente, o mesmo protagonismo do PT. Mas vencemos a eleição, pois superamos tudo o que julgávamos MENOR do que a necessidade de retomar o desenvolvimento do Estado, aproveitando o bom momento do Brasil.

O que mudou entre 2010 e 2012? Essa é a questão a ser respondida pelos partidos que elegeram Tarso.

O projeto? Seguimos acreditando na unidade da esquerda, ampliando para todos que se identifiquem com um programa que supera limites da atual administração? O programa ou posicionamento político?

Não temos unidade na avaliação dos limites da atual gestão? Não temos clareza que, independente do partido do atual prefeito, há um projeto, em curso em Porto Alegre, conflitante com o nosso?

Se as premissas são essas, o que nos distancia são as menores questões. Ou não?

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Lembro que anticomunismo também é manifestação ideológica

2 comentários:

Nelson Naibert disse...

Manu, as vezes a forma como e atacada demonstra uma certo "MEDO" este demonstrado novamente em palavras, palavras estas que também foram ditas nas campanhas e pouco foi feito, ou melhor, sem nenhuma ATITUDE tomada. Você pelo contrario e do estilo ATITUDE e AÇÃO, leva em seus ideais a certeza do FAZER diferente e isso assusta os acomodados. No mundo hoje sem PARCERIAS e ALIANÇAS nao somos nada, todos fazemos parte de um todo, porque nao buscar SINERGIA de idéias, mesmo que um dia foram divergentes, deposi da reflexao podem se modificar. Porque mesmo existe os partidos políticos? Até onde sei todos de sua maneira buscam o bem do cidadão! Ou mudou isto? Nao vejo diferença, se a busca e pelo bem comum, porque nao utilizar um número maior de cabeças pensantes em partidos diferentes. Poderia escrever muitas coisas, mas acredito firmemente que suas ATITUDES e AÇÃO e o que realmente incomoda a todos os despreparados e acomodados. Siga em frente e faca por nos cidadãos de Porto Alegre algo diferente como e o geito Manuela de fazer política. Beijo neste coração bom e carinhoso.

Valack disse...

A Aliança com o PP é sintomática, não menos profética. Aglutinação, unidade na diferença, governabilidade.Sempre os mesmos subterfúgios para justificar a cooptação de forças que são antagônicas por natureza. Como conciliar ruralistas com sem-terras? Torturados com torturadores? Conservadores com revolucionários? Acho que estão esquecendo um pequeno detalhe, o PP é um subproduto da Arena e da UDN, os mesmos que assassinaram os nossos camaradas no Araguaia.Como explicar isso a suas famílias que até hoje clamam por seus restos mortais? Diga o que disserem, a única razão honesta para essa política de alianças, está na busca pelo poder a qualquer preço. O mesmo movimento histórico que os partidos de esquerda fazem para o centro do espectro político na tentativa de chegar ao poder. Não seria diferente com os comunistas pós-modernos.