domingo, 24 de março de 2013

Sem fé

Sou uma mulher sem fé.
Joguei fora o terço,
Na quarta, quinta, sexta vez que bateste em minha cara com as verdades que eu não queria ouvir.
A fé tem dessas coisas.
O amor tem dessas coisas!
Sobrevive com dogmas.
Verdades absolutas!
Mentiras absolutas.
As orações perderam o nexo,
Ajoelho,
concentro.
A memória não projeta nada santo, nada puro, nenhuma deusa, nenhuma reza.
As preces trazem sons das madrugadas insones, contigo, conosco, quando juntos chegamos mais perto de Deus.
Sou uma mulher sem fé.
Temos pecados demais.
E são eles que me fazem acreditar em nós dois.

4 comentários:

João Paulo Naves Fernandes disse...

Manuela, belo poema. Primeiro: existem vários tipos de fé: uma depende de minha força de vontade, outra depende exclusivamente de acreditar em Deus e em seu projeto para mim. Eu sei, dói ter de aceitar dogmas, mas dizer que Jesus Cristo é Deus, é um dogma, então... Para terminar, não jogue fora o terço, um dia vai precisar dele, para encontrar de novo a sua fé.

Edu disse...

Manu ! por isso existe o livre arbitrio, concordo, e as pessoas que não creem em nada mistico, merecem o mesmo respeito, daquelas que teem seus dogmas.

Anônimo disse...

Verdades absolutas!
Mentiras absolutas.

Muito bom isso, é o que se aprende o tempo todo na vida.

Grande bjo,
Renata Mendonça.

José de Arimatéa dos Santos disse...

Manu,
Tenho minhas crenças e não quero dogmas, doutrinas e sim mais liberdade para todos. A fé eu tenho e assim vou caminhando numa certeza que só o amor, fraternidade, justiça e paz fazem da humanidade bem melhor...!
Abraço!