Quando somos muitos, nunca somos o centro das atenções. E a bem da verdade não somos muito indivíduos. Somos como um indivíduo coletivo.
Com meus irmãos (Somos cinco. Quatro mulheres, um homem) aprendi que nunca somos bons em tudo, sempre tem alguém melhor. Mas também nunca somos os piores em tudo.
Com meus irmãos aprendi que se quatro estivessem contra mim dificilmente eu estaria certa. Aprendi, portanto, a fazer auto-crítica. No calor das emoções (e dos puxões de cabelos que nos dávamos mutuamente na infância) aprendi a não ficar isolado. Pois no calor das emoções há muito pouca razão. Mas sempre há razão para não estar isolado.
Com meus irmãos aprendi a respeitar as diferenças e a ser tolerante. Numa casa onde uma é advogada, outra publicitária, outra atriz de teatro e circo, outra jornalista e deputada e o mais jovem historiador dá para não respeitar?
Com eles aprendi, sobretudo, o significado da palavra amizade. Já enfrentamos um mundo juntos. Mesmo quando estávamos sozinhos, um em Sampa, outra em Floripa, outra em Dom Pedrito, sempre soubemos que tínhamos mais quatro dentro de nós. Pois numa casa em que somos muitos, nunca somos indivíduos sozinhos. Carregamos um coletivo dentro de nós. E num coletivo, quando um falha o outro ajuda.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
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3 comentários:
O amor que nasce na irmandade é unico...aprendemos que todos juntos somos fortes e que os segredos compartilhados a cinco tem mais sabor!!!
Te amo maninha e sinto sempre saudade...
saudade do que ja vivemos e dos momentos lindos que estamos vivendo com nossas pequeninas Isadora e Beatriz...
beijos com amor,mari
Somos indivíduos, cada qual com sua crença e valores, e por si só deve ser respeitado, mas o indivíduo como ser humano é um ser social, necessita de amparo e carinho, necessita de um outro alguém, senão nasceríamos pronto para o mundo.
Emocionante isso, Manu!!! "E no coletivo, quando um falha, o outro ajuda."
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