Se eu pudesse apagar uma parte de meus trinta anos seria difícil
Escolher. Mas, se Deus me realizasse um único desejo de inclusão na vida eu pediria muitas tardes, muitas ambrosias, muitos "arrenegos" a mais com minha Vó Solange.
É impossível passar pela vida sem dor. Mas quando não temos trinta anos temos uma sensação que tudo dura para sempre. E que atenderemos o telefone no outro dia, e que faremos a visita no outro dia, e que... As pessoas duram para sempre.
Mas uma hora, sem aviso prévio, elas nos abandonam. E aí, não dá mais para ligar, visitar, almoçar. E aí a gente percebe que ver os anos
passar é aprender com os erros não conscientes. É passar a curtir no dia de hoje quem amamos. Amanhã, se tudo der certo, continuamos curtindo.
Passei a fazer almoços em casa para minha Familia apenas quando minha vó Solange estava somente na fotografia e na saudade.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
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4 comentários:
Minha querida Manuela,
Não pretendia escrever, mas a saudade, como acontece praticamente todos os dias, me levou a refletir sobre as perdas que a vida nos proporciona. Resolvi escrever.
A emoção, muitas vezes, toma conta de cada um de nós. É natural. Por isso, quero lembrar-te que o último aniversário da minha mãe foi festejado na tua casa, com um jantar e estava quase toda a família. Portanto, fizeste sim comemorações na tua casa com ela presente, o que ela gostava muito, pois tinha um amor incondicional por ti e por todos os netos (biológicos ou não). Também se Deus me concedesse o pedido que fizeste, eu ficaria muito...mas muito feliz, porque sinto muita falta dela, mais do que podem imaginar. No entanto, tenho e deverás também ter o conforto do convívio feliz que tivemos com ela. Lembranças carinhosas, apesar de algus pequenos "arrenegos".
Um beijo da tia Clarisse
Aqui, poesia! Na vida real, tiroteio...
Bala Perdida,
Acho que estamos tratando de assuntos tão sérios e sensíveis às pessoas envolvidas, razão pela qual fiquei curiosa com a tua observação. Ainda mais, quando não te identificas.
Grata,
Clarisse Mendes d´Avila
Da dor da perda, aprendemos muito a valorizar os nossos dias.
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