segunda-feira, 8 de junho de 2009

Confesso que atordoa

Estou em Brasília e confesso que às vezes atordoa fazer política. Atordoa em vários sentidos. Ontem, passadas vinte horas de discussão sobre os documentos do Congresso do Partido, pensei: meu Deus! Que maravilha... Quanta coisa para pensar, quantas reflexões para fazer, quanta gente boa temos nesse partido e como será bom quando vermos essas idéias existindo na prática, na vida das pessoas. Confesso que, minutos depois, refleti: e quantos partidos fazem isso, quem está debatendo política e projeto? Passei por uma roda de samba, saindo da reunião, e me senti como aquela menina da propaganda da cerveja que fala em crise.
Hoje pela manhã pensei em um milhão de coisas para escrever aqui e não soube optar! Pensei em escrever sobre a CPI da Petrobrás e a necessidade que temos de lutar para que essa empresa pública continue pública e saia fortalecida da crise econômica. Depois vi a notícia das execuções dos índios no Peru e me deparei com um sentimento de solidariedade muito grande e uma impotência ainda maior.
Agora, nesse momento, o PDT reúne a sua executiva estadual para deliberar sobre a CPI. Mais um deputado assinou e, agora, são 18. Falta apenas um. Fiquei feliz ao ver que o movimento social montou uma banca no Largo Glênio Perez coletando assinaturas para a instalação da CPI. A Assembléia pode fazer muito. Mas não fará nada sozinha. O movimento social é fundamental para isso. E, a cada dia que passa, aumentam as denúncias e a indiganação do povo. Espero que, em breve, tenhamos a CPI funcionando e investigando com muita qualidade e sem virar palanque para ninguém.
Depois, vi os investimentos para a Copa (o pedido de 4 bilhões para as obras de mobilidade que Porto Alegre tanto precisa...) e a entrevista do Prefeito: ninguém diz não ao metrô... É dizer não, ninguém diz... Mas dá para trabalhar bem mais!
Fiquei atordoada pensando sobre o que escreveria, tanta coisa, tanta notícia, tanta vontade de compartilhar com vocês o que tem acontecido... Resolvi, então, escrever esse texto e mostrar que, às vezes, é duro optar sobre o que escrever...

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