A palavra soa. Quando a semente é boa (de pomo de ouro) não carece de coro que a amplifique, nem de fermento ou loa, que a magnifique. Basta-lhe sentir no solo, o eco sensível que se faz ouvir no colo, quando a semente é boa.
A não ser, que a peça que o tempo me pregou, Venha com a calmaria, tão comum depois das tormentas - sic- . E depois, da dor ao sossego, e do sossego, a um novo bem-querer...
A não ser, que a peça que o tempo me pregou, Venha com a calmaria, tão comum depois das tormentas - sic- . E depois, da dor ao sossego, e do sossego, a um novo bem-querer...
Há um oceano a nos separar Entre nós cavastes um abismo Em seus pequenos silêncios Cada palavra não dita São milhas construídas de distância Não cultivas a alma dos navegadores Que se aventuram mar a dentro Sonhando aproximar o mundo As naus se sentem mais seguras no cais Mas não foram pra isso que foram feitas Me sinto como Maria Antonieta Diante da guilhotina Arrancaste minha a cabeça De teu peito Como se fosse crime Oferecer brioches ao povo faminto Me usaste até a última gota de suco Tua indelicadeza molda o bagaço A semente que cospes Por momentos, se imaginou estéril Caiu ao solo Ao som de um tango melodramático De Carlos Gardel Por que me deixa distante entre silêncios e gestos bruscos? Por que me faz sentir teria, improdutiva, triste? Por que sou dramática assim como o tango de Gardel? Minha auto-imagem projetada no espelho de minha poesia, Não traduz a alegria e a vitalidade que escondo no peito será que é você, com seus silêncios, gestos e caroços de laranja, Que me faz sentir assim? Mas um consolo existe De um jeito ou outro A vida sempre germina outra vez
Há um oceano a nos separar Entre nós cavaste um abismo Em seus pequenos silêncios Cada palavra não dita São milhas construídas de distância Não cultivas a alma dos navegadores Que se aventuram mar a dentro Sonhando aproximar o mundo As naus se sentem mais seguras no cais Mas não foram pra isso que foram feitas Me sinto como Maria Antonieta Diante da guilhotina Arrancaste minha cabeça De teu peito Como se fosse crime Oferecer brioches ao povo faminto Me usaste até a última gota do suco Tua indelicadeza molda o bagaço. A semente que cospe Por momentos, se imaginou estéril Caiu ao solo Ao som de um tango melodramático De Carlos Gardel Por que me deixa distante entre silêncios e gestos bruscos? Por que me faz sentir estéril, improdutiva, triste? Por que sou dramática assim como o tango de Gardel? Minha auto-imagem projetada no espelho de minha poesia, Não traduz a alegria e a vitalidade que escondo no peito será que é você, com seus silêncios, gestos e caroços de laranja, Que me faz sentir assim? Mas um consolo existe De um jeito ou outro A vida sempre germina outra vez
Bola de Meia, Bola de gude é uma homenagem a música do Milton Nascimento e Brant. "Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração, toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão. E me fala de coisas tão lindas que eu acredito que não deixarão de existir, amizade, palavra, respeito, bondade, amor. Pois não quero, não posso, não devo viver como toda essa gente insiste em viver. Não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal (...)"
Há uma menina, uma jornalista, uma mulher, uma criança, uma torcedora, uma apaixonada, uma comunista, uma deputada, uma gaúcha, uma brasileira... Há tanto dentro de mim. E eu tenho que jogar para fora.
5 comentários:
A palavra soa.
Quando a semente é boa
(de pomo de ouro)
não carece de coro
que a amplifique,
nem de fermento ou loa,
que a magnifique.
Basta-lhe sentir
no solo,
o eco sensível
que se faz ouvir
no colo,
quando a semente é boa.
A não ser, que a peça que o tempo me pregou,
Venha com a calmaria, tão comum depois das tormentas - sic- .
E depois, da dor ao sossego, e do sossego, a um novo bem-querer...
A não ser, que a peça que o tempo me pregou,
Venha com a calmaria, tão comum depois das tormentas - sic- .
E depois, da dor ao sossego, e do sossego, a um novo bem-querer...
Há um oceano a nos separar
Entre nós cavastes um abismo
Em seus pequenos silêncios
Cada palavra não dita
São milhas construídas de distância
Não cultivas a alma dos navegadores
Que se aventuram mar a dentro
Sonhando aproximar o mundo
As naus se sentem mais seguras no cais
Mas não foram pra isso que foram feitas
Me sinto como Maria Antonieta
Diante da guilhotina
Arrancaste minha a cabeça
De teu peito
Como se fosse crime
Oferecer brioches ao povo faminto
Me usaste até a última gota de suco
Tua indelicadeza molda o bagaço
A semente que cospes
Por momentos, se imaginou estéril
Caiu ao solo
Ao som de um tango melodramático
De Carlos Gardel
Por que me deixa distante entre silêncios e gestos bruscos?
Por que me faz sentir teria, improdutiva, triste?
Por que sou dramática assim como o tango de Gardel?
Minha auto-imagem projetada no espelho de minha poesia,
Não traduz a alegria e a vitalidade que escondo no peito
será que é você, com seus silêncios, gestos e caroços de laranja,
Que me faz sentir assim?
Mas um consolo existe
De um jeito ou outro
A vida sempre germina outra vez
Há um oceano a nos separar
Entre nós cavaste um abismo
Em seus pequenos silêncios
Cada palavra não dita
São milhas construídas de distância
Não cultivas a alma dos navegadores
Que se aventuram mar a dentro
Sonhando aproximar o mundo
As naus se sentem mais seguras no cais
Mas não foram pra isso que foram feitas
Me sinto como Maria Antonieta
Diante da guilhotina
Arrancaste minha cabeça
De teu peito
Como se fosse crime
Oferecer brioches ao povo faminto
Me usaste até a última gota do suco
Tua indelicadeza molda o bagaço.
A semente que cospe
Por momentos, se imaginou estéril
Caiu ao solo
Ao som de um tango melodramático
De Carlos Gardel
Por que me deixa distante entre silêncios e gestos bruscos?
Por que me faz sentir estéril, improdutiva, triste?
Por que sou dramática assim como o tango de Gardel?
Minha auto-imagem projetada no espelho de minha poesia,
Não traduz a alegria e a vitalidade que escondo no peito
será que é você, com seus silêncios, gestos e caroços de laranja,
Que me faz sentir assim?
Mas um consolo existe
De um jeito ou outro
A vida sempre germina outra vez
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