Adesivos de Zé de Alencar

Era o ano de 2002 e muitos cortavam o seu nome dos adesivos na cores verde e azul da campanha presidencial. Radicais não admitiam o empresário José de Alencar, do PL, ser vice de Lula, o líder operário.
Vitória. O líder operário e o empresário ganharam as eleições e fizeram uma dobrada de entrar pra história. Na história política pelo que construíram juntos para o desenvolvimento do Brasil. Na história das belas amizades,  pelo carinho e lealdade entre ambos.
Paralelo a todas as transformações promovidas pela dupla, destacava-se uma voz permanentemente ativa na defesa do setor produtivo nacional, contra os grandes bancos, contra a alta taxas de juros. Alencar se mostrava uma voz avançada na defesa de um projeto de país soberano e socialmente justo.
Surpresa geral. 
O empresário, apaixonado pelo Brasil, passou a ser parceiro dos trabalhadores na disputa de rumos do governo.
Eis que vem o câncer. E esse câncer apresenta ao grande público um homem forte e doce, sorridente e de uma fé que o agigantava diariamente. Quem não lembra dele, em pleno hospital, de terno para a posse da Dilma? Alencar virou símbolo de um otimismo sem fim. Até que hoje esse fim chegou. E ninguém mais achava que isso seria possível. Parecia que ele sempre voltaria sorrindo para dizer que havia sobrevivido. E todos sentimos a perda de uma pessoa querida, de alguém da família. Uma tristeza pincelada pela sensação de que ele descansará em paz. E a lembrança do homem forte contra o câncer. E contra os juros!   
E aqueles que rasgavam adesivos sentem orgulho do grande patriota que nos acompanhou na na ultima década.


-------------
texto escrito iPhone