Sobre meus ombros Carrego os pecados e as virtudes do mundo Gostaria de caminhar leve Mas a dilacerante e dilacerada poesia Que transborda em minha pele Sangra minhas energias Em incontinente hemorragia E expõe minhas vísceras Melancólica como um tango Em tarde de domingo Minha pele Sempre carrega minhas reticências Minhas interrogações Virgulas e exclamações Não há partida Não há chegada Resta a travessia Não há ponto final Mas finjo que os tatuo Acreditando decretar finais E novos começos Meus pequenos dramas Embaralho em rimas e poemas Pareço um trapezista sem rede A ultima das românticas A louca que namora com o suicídio Mas não se impressione Não leve tão a serio Nem meu sorriso permanente Nem a fraturas expostas Em poemas kamikases A ebulição que me possui A tormenta que me embriaga Nao resistem ao aconchego Do ombro da pessoa amada Não Não carregare mais em meus ombros Os pecados do mundo Apenas uma flor Apenas umavrosa Não como um ponto que anuncia o fim Mas a metaformose do eterno recomeço Não creia que houve um final dramático A rosa em meu ombro Reverencia o amor de Simone e Jean Paul Em torno de um cálice e um xícara No Café Maurgaux Esqueça o texto anterior e Os pontos finais em meu corpo Esqueça a romântica kamikase Afinal nem pensei em me jogar do alto da Torre Eifel Não deixarei mais minhas vísceras E minhas mais radicais tensões transbordarem Mostrando a ebulição que assombra Minha alma Chega! Agora com ar blasé Posarei de intelectual com a mão no queixo E esconderei meus dramas Atras de racionalizações irretocaveis Que verbalizarei Com o charme frio De uma intelectual francesa, A rosa no ombro é o ultimo gesto de lirismo Chega dessa atitude tórrida e destemperada Que invade meu mundo tropical Estou cansada Uma rosa Um corpo Um ombro Meu corpo pontua Um final Que desemboca No desejo de me ancorar No ombro de Simone Que me ensinará Com voz lenta e pausada Sobre a nova mulher que serei Após o ponto final Tatuado em meu ombro Quentão carrega mais os pecados do mundo.... Apenas uma rosa
Bola de Meia, Bola de gude é uma homenagem a música do Milton Nascimento e Brant. "Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração, toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão. E me fala de coisas tão lindas que eu acredito que não deixarão de existir, amizade, palavra, respeito, bondade, amor. Pois não quero, não posso, não devo viver como toda essa gente insiste em viver. Não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal (...)"
Há uma menina, uma jornalista, uma mulher, uma criança, uma torcedora, uma apaixonada, uma comunista, uma deputada, uma gaúcha, uma brasileira... Há tanto dentro de mim. E eu tenho que jogar para fora.
5 comentários:
E removeste os pontos de interrogação?
Nessas horas queria muito você por perto, não tenho para onde ir, não tenho ninguém...
Simples.Disse tudo...!
Sobre meus ombros
Carrego os pecados e as virtudes do mundo
Gostaria de caminhar leve
Mas a dilacerante e dilacerada poesia
Que transborda em minha pele
Sangra minhas energias
Em incontinente hemorragia
E expõe minhas vísceras
Melancólica como um tango
Em tarde de domingo
Minha pele
Sempre carrega minhas reticências
Minhas interrogações
Virgulas e exclamações
Não há partida
Não há chegada
Resta a travessia
Não há ponto final
Mas finjo que os tatuo
Acreditando decretar finais
E novos começos
Meus pequenos dramas
Embaralho em rimas e poemas
Pareço um trapezista sem rede
A ultima das românticas
A louca que namora com o suicídio
Mas não se impressione
Não leve tão a serio
Nem meu sorriso permanente
Nem a fraturas expostas
Em poemas kamikases
A ebulição que me possui
A tormenta que me embriaga
Nao resistem ao aconchego
Do ombro da pessoa amada
Não
Não carregare mais em meus ombros
Os pecados do mundo
Apenas uma flor
Apenas umavrosa
Não como um ponto que anuncia o fim
Mas a metaformose do eterno recomeço
Não creia que houve um final dramático
A rosa em meu ombro
Reverencia o amor de Simone e Jean Paul
Em torno de um cálice e um xícara
No Café Maurgaux
Esqueça o texto anterior e
Os pontos finais em meu corpo
Esqueça a romântica kamikase
Afinal nem pensei em me jogar do alto da Torre Eifel
Não deixarei mais minhas vísceras
E minhas mais radicais tensões transbordarem
Mostrando a ebulição que assombra
Minha alma
Chega!
Agora com ar blasé
Posarei de intelectual com a mão no queixo
E esconderei meus dramas
Atras de racionalizações irretocaveis
Que verbalizarei
Com o charme frio
De uma intelectual francesa,
A rosa no ombro é o ultimo gesto de lirismo
Chega dessa atitude tórrida e destemperada
Que invade meu mundo tropical
Estou cansada
Uma rosa
Um corpo
Um ombro
Meu corpo pontua
Um final
Que desemboca
No desejo de me ancorar
No ombro de Simone
Que me ensinará
Com voz lenta e pausada
Sobre a nova mulher que serei
Após o ponto final
Tatuado em meu ombro
Quentão carrega mais os pecados do mundo....
Apenas uma rosa
É uma bela flor no seu jardim..
Hélio
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