No primeiro dia,
teu silêncio me fez vomitar.
Chorei por um dia e uma noite.
Contei os segundos, os minutos.
dormi e acordei sem acreditar que ainda estavas quieto,
que me mantinhas no cativeiro,
Desvendei "o segredo de teus olhos".
Lembrei de antes,
do que te escrevi,
Do pedido de desculpas,
Do choro compulsivo,
Da mensagem sem Resposta.
Da resposta em que tu me empurravas do precipício,
Com a maldade das palavras:
"Estas doente".
Lembrei que naquele dia, gritando,
apaguei tuas fotos,
Teus rastros,
Que esfreguei a pele,
para tirar aquilo que de ti está tatuado em mim.
No segundo dia,
Chorei, escrevi, escrevi, expliquei, me expliquei, me expus, desvendei, fiquei nua.
Continuaste quieto.
Disse que te amava.
Tu?
Decidiste pegar a faca e cortar fino,
Parte por parte de tudo o que sinto por ti.
Depois,
Senti vergonha de mim.
De ter sentido isso tudo.
Agora,
Aprendi que amor demais não é problema.
Problema é amor de menos.
E de amor de menos, eu, ao menos, não sofro.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
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4 comentários:
Poeminha na veia...
Ah !! O amor "não tem pressa"...
Ele pode esperar em silêncio...
Não tenha pressa mas mantenha o rumo... eu não apaguei rastros e nem fotos...
“Há pessoas que estão vindo muito demoradas…” Guimarães Rosa
Com certeza o problema é amor de menos. Vergonhoso é não sentir as coisas e viver na inércia.
Grande bjo,
Renata Mendonça.
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