quinta-feira, 25 de julho de 2013

Guaraná champagne

O Guaraná champagne borbulha no copo vazio de fé.
A laranja vai e vem como nós dois: com pressa, sem direção, perdida no espaço.
Ela é inteira sendo fatia, pedaço, metade.
O guaraná champagne borbulha ferindo a laranja, como fazes comigo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Castelo

Fantasmas e monstros gritam e chutam, antes de abandonar o castelo. 
Da torre os vejo partir.
Não reajo.
Prefiro estar absolutamente sozinha novamente.

Vou ao calabouço. 
Lá vejo as marcas da tortura na prisioneira. 
Apenas a parte quebrada daquela que entrou. 

Fujo.
Corro para a floresta escura.
Lá não há rei ou rainha.
Não há ninguém. 
Corro. 
Estou Perdida na imensidão que ronda o castelo que um dia foi meu.
Corro desesperada.
Sou inteira novamente.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Mesa posta

Então não valeu nada?

Somos resto de comida sobre a mesa,
Guardanapos amassados,
Copos usados,
bagunça no coração.

De tudo o que fizemos certo,
Doença contagiosa,
Teu desânimo engajado,
É toalha suja na mesa,
Prato quebrado no chão.

Lavar a boca,
Segurar as lágrimas, 
Sabão e esponja.  
resolverão?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sozinha

Precisava de ti,
Muros me impediam de ver,
Já não conseguia pensar.
Saí correndo, agitada, ansiosa.
Fizeste de minha falha, separação.
De tua expectativa, abandono.
De meu equivoco, castigo.
Precisava de ti.
Estava sem ver.
Atônita, aflita.
E ao fim, 
tu me deixaste mais sozinha.