A claridade invade a vida antes do horario combinado pelas frestas que sobram na janela. Desperta para o dia, ainda é hora pra ser noite. O quarto verde-hospital guarda lembranças sonhadas, uma vida na gaveta de lingeries.
Escova os dentes e os cabelos nos circulares movimentos de sempre, abotoa a camisa carmim como já fora o batom. toma o café e mastiga lentamente um biscoito água e sal.
Liga o rádio. Não há previsão de chuva. Olha o relógio. É hora de descer, ir para a praça, esperar o ônibus, vagar sempre sem rumo. Mas na linha certa.
1 comentários:
Rumos temos. A qualquer custo...
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