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Ele aprendera a não falar. Não falar que sentia fome, dor, sono, angústia, alegria. Era preciso que o mundo tivesse mais objetividade, lhe repetiam. Era preciso calar. Era preciso calar a alma, o coração, os músculos, se necessário. Era preciso mudar o mundo, mas esquecer a humanidade dele.
Ele aprendera a não falhar. Acertar a fala, a grafia, o passo. Era preciso atingir a perfeição, o menor erro, ocupar bem o espaço, gesticular adequadamente. Era preciso mudar o mundo, tirando dele a imperfeição.
Ele aprendera a não falar. A não falhar. Aos poucos, conseguiu. Deixou de amar.
2 comentários:
É por postagens como essas três últimas que jamais deixarei de acompanhar seu blog. Elas sempre surgem na hora certa, na hora em que precisamos parar e olhar de outro ângulo (como já disse outrora). Essa música é linda e foi colocada no lugar certo.
Valeu!
Beijos
Angélica
Viste Sociedade dos poetas mortos? Ali aprendi a olhar por outro ângulo!
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