Falei que esperaria um pouco para me manifestar sobre a crise do governo Yeda. Ou as múltiplas crises do governo do Rio Grande.
De um lado está a nossa angústia de garantir que o Rio Grande volte a se desenvolver. Um estado com tanto potencial, com trajetória de grandes contribuições ao Brasil viver o momento da crise econômica mundial tão fragilizado é uma droga. Em momentos de crise, os desdobramentos da tensão política podem ser fatais. É preciso calma. E determinado nível de unidade. Porque em crise, na minha opinião, quem não pode perder é o povo trabalhador.
De outro lado, a indignação com tantas denúncias, com tantas suspeitas de corrupção, com tanta gente que pode estar envolvida em atos tão vergonhosos para a nossa política.
Eu, ao contrário da Deputada Federal Luciana Genro, não tive nenhuma informação privilegiada. Não vi filmes, não ouvi gravações, nada. Não vou questionar aqui como e quem passou ou vazou isso a ela. Se ela viu, se existe, depois temos que saber como. Porque investigações sigilosas, na minha opinião, devem ser sigilosas para que responsabilizem culpados e preservem inocentes. Vazar é uma das formas de criar uma tremenda bagunça e tardar o trabalho de quem é pago para isso e responsável legal por isso: Polícia federal, Ministério Público Federal etc.
Mas, nesse momento, não é esse o debate. O fato é que eu quero investigações rápidas e quero, também, que o povo gaúcho possa saber a verdade. Corruptos condenados, inocentes inocentados.
Por isso, acho que o mais prudente é que se investigue tudo, até o último fio de cabelo. Mas que a gente não gaste toda a energia apenas na investigação. Sei que nosso povo pode se ocupar de muitas coisas. E além de investigar temos a obrigação com o Rio Grande de não deixar que nosso povo trabalhador, nossas empresas, nossa juventude sofram com a crise. A outra também: a da economia.
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