quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A casa

Tudo tomara mais tempo do que o imaginado. A casa já não estava nova, é verdade. Mas, quando a tormenta veio, recordava Marta, foi veloz e cruel. Juntara, ela também destruída, os cacos em duas pequenas caixas. Foram acomodados sem cuidado algum. Quis ser rápida, pediu ajuda, não queria olhar para os restos daquilo que já havia sido o espaço mais sagrado de sua vida.
Já sem tanta fé, concluiu não ser a nova morada que permaneceu vazia desde a tormenta. E ao se perceber inteira novamente, sentiu-se livre para recomeçar.        
   

1 comentários:

Flavia disse...

Dos cacos não se reconstroem uma casa, uma pessoa, uma vida, mas, tal qual Fênix, podemos renascer das lágrimas e das cinzas. Obrigada pelo belo texto, por me instigar a pensar, a divagar e a comentar neste espaço que passamos a compartilhar.