sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Doçura


Ninho, quindim, negrinho, ambrosia, pavê, chocolate, queijadinha, bombom, biscoito recheado, morango com creme, creme de cassis, rei alberto, trouxinha de nozes, camafeu, sorvete, bala de goma... Com tanta coisa tão boa e doce para se comer, como tem gente que segue tão amarga?

Voltar


Voltar a Brasília para uma eleição da Presidência da Câmara é quase voltar no tempo. Quando cheguei aqui o Aldo era candidato à Presidente. Não conhecia nada. Não sabia como chegar ao elevador. Percorrer os caminhos até o Plenário, tentar acertar a senha para votar, dúvidas, angústias, inquietações.

Dois anos desde então. Politicamente essa batalha é mais dura ainda. Pessoalmente, o tempo passou e eu me sinto igual. Sei caminhar em Brasília com minhas próprias pernas, é verdade. Mas tenho tanto ainda para aprender.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Tempo


Deixar o tempo passar. Correr entre os dedos, cicatrizando feridas. Voar alto, buscando novos ares, novos sonhos. Deixar o tempo revelar pessoas, sentimentos, relações. Fazer com que ele sopre as nuvens, traga o sol, encante os jardins. Tempo. Esse sim, melhor e leal amigo.

5 Presidentes no Fórum Social

Eu não pude ir. Mas participei da organização de algumas edições do FSM, em Porto Alegre. O marco de cinco chefes de estado, progressistas, se encontrarem na capital do Pará é gigantesco. Em prmeiro lugar, o é porque quando o FSM surgiu vivíamos anos de resistência ao neoliberalismo na América Latina. Hoje, somos governo em muitos países. Também é relevante o fato dos presidentes estarem juntos, em um só ato. Os movimentos sociais de esquerda, progressistas, anticapitalistas convivem, agora, com outra realidade. É preciso refletir muito sobre isso, para que façam a exata pressão para que esses governos avancem, no sentido correto, com seus próprios caminhos e alternativas nacionais.
Leiam o texto da Renatinha Mielli no vermelho.
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=50157

Eu sou do Sul...

Todos sabem de meu profundo carinho pela Região Sul do Rio Grande. Afinal, me criei por lá, vivi doze anos. A minha família paterna também é daquelas bandas e meu pai é professor da UFPEL. Não é que exista uma tragédia maior do que a outra. Solidariedade também não se mede. Mas fiquei triste com as imagens do temporal por lá. Já temos tanto por fazer para valorizar e fazer aquela parte do estado voltar a produzir e gerar emprego... Espero que logo fique tudo calmo.

Parque Belém

Acabo de chegar dos 75 anos do Hospital Sanatório Parque Belém. Merecida homenagem aos homens e mulheres gaúchos que lutam para manter aberto esse hospital (que atende 83% SUS) que é um dos poucos espaços para tratamento de doenças da alma. Fiquei feliz de ter colocado uma emenda ao orçamento para esse espaço, foram R$ 250 mil. Parabéns a todos que ali trabalham e a comunidade que ajuda de todas as maneiras (quase im)possíveis.

Atordoada

Estou saindo para minhas atividades. O mês é de recesso, o trabalho praticamente igual. A vantagem é ficar alguns dias a mais em Porto Alegre. Leio os jornais pela internet. Leio, leio e leio. A primeira sensação é que as notícias no Rio Grande são quase todos os dias iguais. O governo Yeda entra em crise, saí de crise, entre em crise. Mais um assalto à carros em meu bairro, Petrópolis. Desta vez a vítima foi meu amigo Berfran. A crise faz com que empresários proponham redução de salários... os trabalhadores debatem as suas alternativas. O Fórum Social Mundial está acontecendo, com seus múltiplos debates. Mas é óbvio que o destaque do jornal é o fato de um grupo ter criticado a política ambiental de Lula. Engraçado é que, quando nós do PCdoB criticamos a política macroeconônima, não sai uma só linha...
Às vezes, chego a ficar atordoada para começar o dia... Mas vamos em frente. Hoje o trabalho é grande. E isso é bom!!!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Música do dia



Jose Marti

Como diz a letra, cultivo uma rosa branca para os amigos e uma rosa branca para os inimigos.

Tarde demais


Era tarde demais. Tarde demais para correr feito criança atrás do balão. Tarde demais para subir em árvore, andar de balanço ou aprender a virar estrelinha. Era tarde demais para achar graça em trote, para brincar de gato-mia, para comer doce escondido. Era tarde demais para ser veterinário ou artista ou palhaço. Já era tarde para ele crescer mais cinco centímetros ou para ter olhos claros. Era tarde para descer pelo corrimão, para virar o he-man, para tomar banho de chuva. Muito cedo, ficara tarde para quase tudo.

Ovos


Alguém já percebeu que somos frágeis como ovos? Parecemos firmes enquanto inteiros, protegidos pela caixa. Uma batida, no local correto, e... estouramos, quebramos.

Bolsa


Juntou tudo o que tinha e colocou na bolsa. Era incrível, tudo o que tinha cabia ali. Os sonhos, as ilusões, as mágoas e alegrias, os amigos e inimigos. Tudo, absolutamente tudo, estava sintetizado ali. O mundo, ora tão grande e por desbravar, cabia, agora, no espaço de uma bolsa.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Para terminar o dia, para levar para a vida


Sigo com a tarefa a mim delegada pelo simples fato de o amar: divulgar esse uruguaio lindo, de quase 89 anos. Benedetti dá uma lição de amor, de ternura, de ausência total de apego ao material, de tempos antigos e sempre novos de dizer não ao ódio, sim ao amor.

Odios - Benedetti

Ya no nos queda tiempo para el odio
ni para la tirria o el desdén
los odiantes se roen a sí mismos
y mueren de metástsis del odio
es natural que los odiantes
se transformen a veces en odiosos
sin embargo no es aconsejable
odiar a los odiosos ex odiantes
ya que aquel pobre que desciende a odiar
nunca saldrá del pozo de los odios

Dia

de posse da Coordenadoria de Juventude de Canoas. Acabo de chegar de lá. Lindo ato de posse de meu amigo Cebola. Muita esperança de uma cidade melhor.
Dia de passar para o blog algumas coisas que escrevi. Aliás, tenho sentido vontade de escrever coisas assim... Sobre as nossas almas. Sim, no plural. Porque meus escritos são fruto de muitas conversas, com muitas pessoas que encontro nesse mundão. Almas do bem.

Plástica


Tivera plastificado a alma não haveria mudado tanto. Por que não quebrar o braço? Por que não dor de garganta? Talvez cálculo renal. Não. Nenhuma dor seria maior que aquela que ele sentia agora, ali, sozinho. A dor de estar só era grande demais. E a solidão... muda mais a alma do que qualquer cirurgia plástica.

Fal(h)ar


Ele aprendera a não falar. Não falar que sentia fome, dor, sono, angústia, alegria. Era preciso que o mundo tivesse mais objetividade, lhe repetiam. Era preciso calar. Era preciso calar a alma, o coração, os músculos, se necessário. Era preciso mudar o mundo, mas esquecer a humanidade dele.

Ele aprendera a não falhar. Acertar a fala, a grafia, o passo. Era preciso atingir a perfeição, o menor erro, ocupar bem o espaço, gesticular adequadamente. Era preciso mudar o mundo, tirando dele a imperfeição.

Ele aprendera a não falar. A não falhar. Aos poucos, conseguiu. Deixou de amar.

Eu finjo ter paciência

Lenine - Paciência

Nada é para sempre


Ela pensava que tesouros duravam para sempre. O encontrou cedo demais. Afinal, alguns passam a vida procurando por eles. Não precisava dele naquele momento. Tinha tudo, era demais. Cheia de si, olhou para o tesouro e percebeu que o seu (logo o seu!) não era de ouro. Apenas um amontoado de coisas sem valor. Guardou o tesouro no mesmo lugar. Nem cogitou a hipótese de alguém encontrá-lo. Aquela porcaria era dela e estava bem segura.

Imaginem só! Outra pessoa caminhou por outros caminhos, tão tortos e repletos de vida como os dela. Os outros caminhos levaram ao mesmo tesouro.

Ela já nem lembrava do tesouro. Mas ao vê-lo assim, nas mãos de outra pessoa, lembrou da falta que ele faria naquele momento. O tudo que ela tinha era pouco demais. Ela só precisava daquele amontado de coisas cujo valor ela percebera tarde demais.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Um chorinho...



Odeon, Fernanda Takai

Mais amigos e imagens da Bienal

Atividade em que participei
Show do Cordel do Fogo Encantado, no Pelô.

Alojamento
Emi, querida amiga.
Eu, Márcio e Gavião.

Amigos e imagens na Bienal da UNE

Édson, presidente da UJS-RS
Fernando, do PC Uruguaio, antigo companheiro de Movimento estudantil

Alê, minha grande amiga... Grande mesmo!

Tininha, amiga de tantos anos. Do clã dos Petta.
Tiago, eu e o Fernandinho... Nossa antiga turma! Carlinhos, grande figura!!!
Ismael, Ossi e eu, no Teatro Castro Alves, abertura da Bienal.

Rodrigo Abel, painelista comigo, antigo amigo do movimento estudantil.

Mais Benedetti



Essa é uma poesia de Benedetti, cantada por Nacha Guevara.

Te quiero

Te quero

Tuas mãos são minha carícia
Meus acordes cotidianos
Te quero porque tuas mãos
Trabalham pela justiça

Se te quero é porque tu és
Meu amor, meu cúmplice e tudo
E na rua lado a lado
Somos muito mais que dois

Teus olhos são meu conjuro
Contra a má jornada
Te quero por teu olhar
Que olha e semeia futuro

Tua boca que é tua e minha
Tua boca não se equivoca
Te quero porque tua boca
Sabe gritar rebeldia

Se te quero é porque tu és
Meu amor, meu cúmplice e tudo
E na rua lado a lado
Somos muito mais que dois

E por teu rosto sincero
E teu passo vagabundo
E teu pranto pelo mundo
Porque és povo te quero

E porque o amor não é auréola
Nem cândida moral
E porque somos casal
Que sabe que não está só

Te quero em meu paraíso
E dizer que em meu país
As pessoas vivem felizes
Embora não tenham permissão

Se te quero é porque tu és
Meu amor, meu cúmplice e tudo
E na rua lado a lado
Somos muito mais que dois.



Tradução Maria Teresa Almeida Pina

Não adianta, adoro ele



11 y 6 Fito Paez

domingo, 25 de janeiro de 2009

Carpe Diem

Revi "Sociedade dos poetas mortos". É o filme que mais me toca a alma. Amizade, poesia, idealismo e lealdade. Palavras muitas vezes esquecidas...

Torcida

Pedi e vocês ajudaram quando meu afilhado, o Téo, esteve doente. Agora peço o mesmo para duas pessoas queridas. Torçam, rezem, mandem energias para meu amigo Adão Pretto. O Adão está doente mas está se recuperando. Ele é um dos meus colegas que fazem eu me orgulhar de ser deputada. Assentado, lutador, cinco vezes parlamentar. Adão é um exemplo. Hoje, cedinho, fui visitá-lo e encontrei quatro de seus nove filhos. Todos, no hospital, comentam que "Seu Adão" é o paciente mais querido, pelo número de amigos.
Além disso, o Pietro, filho querido de meu muito amigo Beto Albuquerque, está precisando da nossa ajuda. Façam tudo que esteja ao alcance de vocês. O Pi merece. Muito.

Não bastasse...

o roteiro do dia anterior e o aniversário do MST, ainda estive em Pontão (bem cedinho, antes da festa). Lá também conquistamos uma emenda para uma quadra esportiva. Depois da festa fui à Sarandi encontrar o Prefeito e visitar uma comunidade pobre. Me espanto como a pobreza se interiorizou. Choca. Lá construiremos uma grande quadra poliesportiva com recursos que o nosso mandato conquistou em Brasília. Depois de Sarandi passei em Ronda Alta. Temos uma vereadora fantástica por lá. Chama-se Ana Paula, tem 24 anos e é enfermeira. Como emociona ver uma jovem, tão longe, lutar pelo desenvolvimento e pelo socialismo. Incrível isso!
Voltei para Porto... Esses roteiros com o Juliano Roso sempre são muito produtivos... e cansativos!!!

Aniversário do MST



Fiquei emocionada em participar do 25o aniversário do MST. A festa estava linda, muita gente reunida e muita solidariedade. Ao longo dos meus onze anos de militância tive muitas concordâncias e outras tantas divergências com o movimento. Mas nutro uma convicção: somos companheiros da luta por um Brasil mais justo, com terra e trabalho para todos.

O destaque da festa foi a intervenção do Governador do Paraná, Requião. Talvez ele seja a prova que, no atual estágio da democracia brasileira, ainda temos pessoas progressitas em diversos partidos. Também fiquei feliz com a constatação do MST sobre os outros movimentos sociais urbanos. É impossível transformar o país sem que os trabalhadores do campo e da cidade estejam unidos.

Como cantamos juntos: "Esse é o nosso país, essa é a nossa bandeira, é por amor a essa pátria Brasil, que a gente segue em fileira"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Um pouco de tudo

Estou em Passo Fundo, cidade que gosto muito de visitar. Hoje fiz um roteiro cansativo pela região. Comecei em Erechim, visitando o novo prefeito, Paulo Polis. Estava muito interessante a conversa. De lá, parti para Lagoa Vermelha, almoçando com o nosso jovem Vereador de Capão Bonito do Sul, o André, mais alguns amigos da região. Vim à Passo Fundo. Aqui, tive uma experiência muito legal. Vi a Praça Toqueto e a quadra poliesportiva que tive a oportunidade de ajudar a construir, com uma emenda enquanto deputada. Fiquei impressionada com o impacto na região e a vitalidade dos jovens ali. Faz bem ver os resultados do que construímos...
Em Passo Fundo encontrei a artista plástica Miriam Postal, autora de lindas telas com mulheres gordinhas... E reencontrei meu amigo Mucinho de Castro. Jantei em Marau, com o Prefeito Zachin, amigo nosso. Ufa! Dia cansativo. Amanhã tem mais...

Dia

de ir para o interior do estado, trabalhar. Vou visitar umas dez cidades entre hoje e amanhã, na região de Passo Fundo. Amanhã, participarei do aniversário do MST. Vou contando tudo!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Bienal da UNE em Salvador

Estou desde ontem em Salvador. Vim participar da 6a edição da Bienal de Cultura e Arte da UNE. A cada ano está melhor. A participação superou todas as expectativas. Ouvi uma reunião da galera da UNE em que se discutia, simplesmente, o fato de termos mais de o dobro de participantes previstos. Óbvio que os problemas de alojamento e alimentação surgem com isso. Entretanto, é um problema maravilhoso. A abertura no Teatro Castro Alves (jovem lutador brasileiro) foi linda. Terminamos a noite com um show do Cordel do Fogo Encantado no Pelô.
Agora estive na posse do Conselho Estadual de Juventude, que será presidido por um grande amigo, o Juremar. Grande ação do Governador Jacques Wagner.
Em alguns minutos começa a minha mesa de debates. Estaremos eu, o Beto Cury (Sec. Nacional de Juventude), o Rodrigo Abel (Sec. de Juv. do RJ) e o Gavião (presidente da UJS). Logo, logo conto.
Ah! Essa terra e esse povo são maravilhosos. Faz um bem aos jovens brasileiros conhecerem o Brasil e o nosso povo! Ontem, lá no Pelô, presenciamos a um fato lindo. Alemão, militante gaúcho da UJS, foi para a sacada de uma casa, olhou para nós e disse: "Obrigada à UJS por me fazer conhecer e entender o Brasil". É isso.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Hoje é a posse

Muitas são as discussões que podem ser feitas sobre Barack Obama. A maior parte delas, todavia, encerra-se hoje. Agora é a vida real. Para trás temos alguns aspectos para analisar.
O primeiro deles, não o mais importante, é a origem de Obama. Como marxista que sou, sei que a cor não define a política de uma pessoa. Entretanto, a sociedade estadunidense não é igual à brasileira. Portanto, alto lá com as análises supérfluas de que esse fato não altera nada. Sou da escola que defende a miscigenação é característica positiva e determinante nas características do povo, da sociedade, da cultura e da política brasileira. Os EUA, ao contrário, vivem sob o manto da apartação racial e têm, em sua sociedadem, as duras consequencias disso. Não superamos, em terras verde e amarelas, o racismo e a reparação social que os afrobrasileiros tanto, e com tanta justiça, lutam. Mas a situação norte-americana é muito mais grave. Eleger um negro presidente dos EUA é, portanto, um fato de relevância para o mundo e para a sociedade daquele país. Aqui, destaca-se também, o aspecto da identidade e da simplificação da política. Ao falar simples, ao mostrar-se "normal" Obama ajuda a humanizar a política. Isso pode trazer como resultado um maior interesse do povo por essa área tão distante chamada política.
Também é relevante o que motivou a "onda Obama" para a juventude norte-americana. Participar da política, mesmo quando se frustra, é algo determinante para a libertação dos povos e dos trabalhadores. O povo votou no Fim da Guerra do Iraque, no término da tortura como prática de estado, no fim da política de isolamento daquele país. Ou seja, a motivação do povo foi avançada. E isso, mesmo que termine em frustração, tem um papel elevado.
São evidentes os limites de uma política que se alterna entre republicanos e democratas, mas, mesmo os comunistas norte-americanos (que pressuponho conhecem mais os EUA que eu) chamam a atenção para esses aspectos.
Sabemos que a política não é feita apenas de símbolos. Mas é também feita deles. Sei que Obama não será igual a Bush. Aliás, dificilmente alguém o será. Mas também não queremos que seja igual a Clinton. Clinton idealizou a ALCA e o Plano Colômbia. É duro dizer que acredito que Obama não conseguirá alimentar a esperança de seu povo e do mundo. Mas é bom pensar que dessa vez, teremos muitos jovens americanos que lutarão, que pressionarão para que seu presidente adote uma outra política com o mundo, uma política de paz.
Minha esperança se renova todos os dias. E eu, hoje, tenho esperança em quem votou em Obama. O povo.
Porque agora, agora é a vida real, a política real, o Império real e o povo. O povo que pode transformar sua esperança em pressão e luta.

Um pouco de Vinicius

Sem nenhuma relação com a ausência que hoje sinto, a de minha avó, acordei lembrando dessa poesia. Não a lia há muito tempo. É realmente linda.
Ausência
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Vinícius de Moraes

Dia para lembrar

Hoje não é um dia ruim. Mas não me sinto confortável nele. Seria o aniversário de minha vó Solange, o segundo sem ela. É um dia para lembrar. Não da falta que ela faz. Também da falta que ela me faz. É um dia para lembrar de tudo que vivemos juntas. Das minhas férias em Jaguarão, dos seus doces fantásticos, de vê-la cantando Martinho da Vila, de sua participação em minhas campanhas eleitorais. Estranho é o fato dela ter insistido tanto em me dizer que não estaria na próxima. De fato, não esteve. E me fez falta. Carrego no dedo anelar as alianças que eram dela e de meu avô, fundidas em uma só, como estão em nossos corações.
Ah! Dona Cléa... "A saudade mata a gente, morena...", como ela insistia em cantar, após tocar sua gaita de boca.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Para saber mais...

Desisti de relatar os projetos de pesquisa e a história do Proantar. Achei muito mais útil indicar três endereços para que vocês tenham a dimensão do Programa. O primeiro é o oficial do Ministério do Meio ambiente:
O segundo é o da Marinha:
http://www.mar.mil.br/secirm/proantar.htm
O terceiro, da nossa Frente Parlamentar:
http://www.senado.gov.br/frenteproantar/.
Naveguem. Vocês vão gostar de entrar em mares congelados...

Mais fotos

Delegação reunida na Estação.
Natalie, pesquisadora de... Jaguarão! Terra da minha família paterna. Já avisei por lá: Jaguarão está tomando conta do mundo!!! hehehe

Imagens inusitadas

Hércules, o avião, por dentro.
Botas especiais para frio. O pé fica pequeno...

Pinguins... Lindinhos!!!

Chefe da equipe brasileira, Comandante Macedo, apresentando os pesquisadores. Isso é dentro da Estação, ou seja, daqueles quadrados verdes da foto anterior.

Parte da vida marinha antártica.

Visual e Estação Comandante Ferraz

Vista, a partir do navio brasileiro, das geleiras. Lembrem-se: é verão por lá. Estação Comandante Ferraz, local onde vivem os brasileiros na Antártica.

Nosso navio, Ary Rongel, brasileiro, com muito orgulho.

Visual da estação. O mesmo às 4h da manhã e às 24 horas.

Algumas imagens


Estudantes da FURG, ainda em Pelotas, entregam roupas especiais para o super mega ultra frio.
Chegada da delegação em Punta Arenas, Chile.

Embarque no Hércules rumo à Base Chilena.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Lindas crianças pela paz!!

Ana Maria Prestes e Eliandro Cantini são meus amigos de longos dez, onze anos. Já militavam na União da Juventude Socialista quando cheguei. Ana tem uma atuação muito grande e competente na área internacional. Hoje ela é uma mega professora universitária. Eliandro foi um dos meus primeiros dirigentes. Sempre alegre, apesar das tantas dificuldades daqueles anos...
Meus dois amigos queridos têm filhos. E seus filhotes já nasceram pedindo paz. Tal mãe ou pai, tal filha...

Aimê, linda menina. Filha do Eliandro, amigo desde as maiores diiculdades da UJS. Dirigente sensível e lutador. Era da turma dos homens das missões impossíveis. Tornaram quase todas realidade...


Helena é filha de Ana e Kerison, um dos casais mais legais do PCdoB. Ana é uma das melhores amigas que tenho. Helena é ciumenta demais com a mãe. Mas se a menina for lutadora como os pais... pedirá sempre por paz.

Muito a comentar

Enquanto eu estive fora, muita coisa aconteceu. Amanhã volto a opinar sobre a política brasileira e, sobretudo, gaúcha.

Muitas outras coisas

Amanhã, com tranquilidade e mais informações, vou detalhar para vocês o Programa Antártico Brasileiro e os projetos de pesquisa lá desenvolvidos. Na verdade, apenas postei nesses dias para que vocês pudessem compartilhar comigo a emoção que senti nesses dias. também vou postar as fotos e contar mais causos e estórias da viagem. Estou feliz. Aprendi muito.

Juventude e desenvolvimento

Gabriel, um pesquisador de 24 anos, explicou o seu projeto de pesquisa. Não conseguia prestar atenção no que ele dizia. A idade, a convicção, o nacionalismo dele me chamaram mais atenção. É legal pensar em passar dois dias lá, né gente? Mas vocês já imaginaram o amor pela ciência e pelo país que um jovem tem que ter para passar um ano inteiro lá?
Sempre discutimos a necessidade de envolvermos a juventude num projeto sólido de desenvolvimento nacional. Lá, vi com meus olhos isso acontecer.

Dias 2 e 3

A chegada da nossa delegação na Estação Comandante Ferraz foi muito impactante. Ela se dá de uma maneira muito calculada, como tudo por lá. Hércules, Base Chilena, carimbo de pinguim no passaporte (o Chile tem um concepção de que aquele território é deles, o Brasil defende a concepção universalista, ou seja, é do mundo), helicóptero, desce no navio, navio por 4 horas, bote. Tudo lá é muito complicado. Vocês já pensaram como é jogar lixo num pedaço da terra quase virgem? Como a comida chega lá?
A Estação é um orgulho por diversos motivos. A organização, as pesquisas desenvolvidas, a relação de amizade entre os trabalhadores, militares e pesquisadores. Fizemos uma apresentação: deputados falavam e perguntavam, pesquisadores apresentavam as pesquisas. Visitamos todos os laboratórios, vimos o trabalho desenvolvido por cada equipe.
A vida por lá
A estação é também um lugar muito agradável. Um pedaço do Brasil no mundo gelado. É, portanto, quente. As pessoas se gostam e gostam do que fazem.
Nessa noite, após visitarmos todas as instalações, desfrutamos de uma bela recepção organizada por nossos amigos de lá. Depois, para provar que lá é Brasil também, fizemos uma roda de samba, em plena luz do dia. Mas já era uma hora da manhã.
Acordar na Antártica
No terceiro dia acordamos muito cedo. A tensão gerada pelo clima é algo permanente naquela região. Tudo tem que ser feito rápido, aproveitando as janelas que abrem-se no céu. Tivemos muita sorte. Tanto para vir, quanto para voltar. Na vinda, o mar estava agitado. Se tivéssemos atrasado mais vinte minutos, o avião não teria pousado. Para voltar foi tudo igualmente perfeito.
É estranho como aquelas 15 horas por lá mudam a nossa visão e a ampliam sobre o debate dos recursos naturais.
Quantas vezes nós gaúchos, por exemplo, percebemos que estamos, geograficamente, mais próximos daquela região do que da Amazônia? Isso faz com que o impacto do que ocorre lá, do ponto de vista climático, seja ainda maiorna nossa região.
Saímos cedo. Chegamos tarde em Punta Arenas. O dia inteiro para voltar. Pela noite nos reunimos para jantar e festejar com nosso grupo de viagem.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Ainda dia 2

Fomos de bote para a Base Brasileira. Vou escrever em detalhes sobre cada uma dessas coisas e postar imagens. Apenas quero registrar, rapidamente, o orgulho de ser brasileira. A nossa Marinha, os nosso pesquisadores do CNPq... É realmente muito amor ao Brasil.

Dificuldades

Estou com dificuldades em postar. Mas estou rascunhando tudo.

DIA 2

9h30 - Voamos de Hercules desde Punta Arenas até a Base Chilena na Antartica (sim. Eles escrevem assim aqui.) Depois darei detalhes desse aviao. Experiencia única. Todos com roupas especiais.
12h - Chegamos. Muito frio e vento. É lindo. Um sonho. Pegamos o navio brasileiro e fomos para nossa base. Quase todos passaram mal. Eu nao, felizmente. É simplesmente maravilhoso ver os pinguins nadando. Emocionante. Encontro com o inicio do mundo, se me permitem corrigir o que postei antes.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Dia 1

10h30 - Estamos todos empolgados no aviao. Somos uns trinta e teremos o desafio de dormir na base brasileira (lá, no meio do gelo).A primeira parada é em Pelotas. Vou ver meu paizinho. Lá pegaremos as roupas especiais.

14h55 - Voltamos ao aviao após a parada em Pelotas. Todos acharam que era mais uma piada minha, mas juro que nao!!! Amei a jardineira verde e amarela que usaremos. Vi meu paizinho, comemos doces e ainda rimos muito ao ouví-lo dizer a um deputado tucano: " quando lhe vejo na tribuna, sinto um pouco de raiva"... Hahaha Esse é meu pai.

22h10 - (aqui, aí uma hora a mais). Chegamos em Punta Arenas. Muito vento. Uns 40 km/h, deduzo. Vamos jantar e dormir. Amanha cedo o trabalho comeca, de verdade.

Sugiro que olhem no mapa onde fica essa pequena cidade. Nao tenho como postar aqui e agora. Olhem o Estreito de Magalhaes e pensem na coragem daqueles que enfrentavam o pior mar do mundo para desbravar a Terra...
Definitivamente, cheguei aqui em melhores condicoes.

Uma coisa de nada

Esse é o nome do livro que li nas minhas férias. O autor, Mark Haddon, é especialista em livros infantis. Entretanto, eu havia lido o "Estranho caso do cachorro morto", primeira obra adulta dele, e me apaixonei.
Livro simples, "Uma coisa de nada", descreve a vida de uma família típica inglesa (que é parecida com todas as famílias e suas complexidades).
Guardei 3 mensagens:
1. Nunca trancar sentimentos dentro de nós. Isso enlouquece.
2. Assumir compromissos. Nao fugir das responsabilidades suas.
3. Respeitar as diferencas
Belo livro.

De volta, de longe

Estava sem internet pelos dias que descansei. Na verdade, poderia ter corrido para usar, mas desisti. Estou feliz em voltar e com muitas novidades. Vou postar alguns rascunhos que fiz no meu descanso final de alguns dias e atualizar aos montes...
Bem, estou em Punta Arenas, no Chile (o teclado nao possui acentos). Amanha cedo viajo para a Estacao Brasileira na Antártica.
Vou fazer um diário rascunhado para compartilhar tudo com voces.
Agora, gostaria apenas de registrar o mais importante: a validade do Programa Brasileiro de Pesquisa aqui instalado. Em 2048 (em pouco tempo, portanto) estaremos discutindo a exploracao dessa parte do mundo (riquezas animais e minerais, por exemplo). Por manter a base de pesquisa aqui, o Brasil tem direito a voto nessa tomada de decisao.
Estou aqui a convite da Marinha, somos dez parlamentares.
Já vou contando tudinho...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Vou seguindo pela vida



Travessia - milton cantando.

Para mim mesma

Estados de ánimo

Mario Benedetti

 A veces me siento
como un águila en el aire.
-Pablo Milanés -


Unas veces me siento
como pobre colina
y otras como montaña
de cumbres repetidas.

Unas veces me siento
como un acantilado
y en otras como un cielo
azul pero lejano.

A veces uno es
manantial entre rocas
y otras veces un árbol
con las últimas hojas.
Pero hoy me siento apenas
como laguna insomne
con un embarcadero
ya sin embarcaciones
una laguna verde
inmóvil y paciente
conforme con sus algas
sus musgos y sus peces,
sereno en mi confianza
confiando en que una tarde
te acerques y te mires,
te mires al mirarme.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Homenagem aos amigos, tantos...



Vejam que espetáculo. Como é bonito demais, dedico aos meus queridos amigos.

Toquinho e Djavan viram crianças.

Coisa melhor do mundo...


Tive uma semana completa. Com trabalho, problemas de saúde na família, correria, agendas e... amigos. Os bons e velhos amigos. Como é bom ter mais tempo para conversar com as pessoas queridas...

Ontem, fui ao aniversário da "minha, da nossa Imperatriz". Reencontrei um povo querido da Zona Norte. Fui com a Isa (amada, me trouxe comidinha de Caxias), sambei com o Mau e a Lú (meus cumpadres), a Ju (Jussara Cony) estava linda e feliz demais de baiana (como faz há tantos anos...). Além disso, pude dar um abraço forte no meu querido Claitão. Amigo que nunca deixou de ligar em um Natal, um aniversário... A família querida dele estava junto. Vi também os guris do PSB (João Hélbio e Breick). Lindo. A festa estava linda e, além disso, apenas gente querida.

Nesses dias também pude falar mais com a galera do gabinete. Como é bom bater um papo com a Mara, ouvir o Régis, ser muito ajudada pelo Alexandre. De sobra ainda revi a Cora, a Lú e a Gi. Saudades da Corinha e das nossas longas conversas.

E o melhor... Todos nós estamos entusiasmados demais com os novos desafios do nosso mandato.

Pude dar um abraço forte no meu sempre amigo Latino. E conversar com ele. Recebi o Emanuel no escritório. Falei com a Nati no msn... E ainda encontrei vocês aqui pelo blog!!!

Durante esses dias ainda fiquei bem pertinho de minha irmã Mari, vi mais meu paizinho e minha mãe amada. Pude atender os telefonemas de todos os meus queridos. Reencontrei outros amigos, de outros tempos...

Amigos vivos. Com problemas, contradições, dúvidas, expectativas. Gente de verdade. Que confia. Que está perto. Que sempre esteve perto.
E passarei o final de semana com meu amor. Algo mais? Amigos, família, trabalho, felicidade, amor, luta... Uma semana com problemas. Mas com muitos amigos por perto para me abraçar. Coisa boa... Coisa bem boa!!! Coisa melhor do mundo!!!


Novas novidades....


Novas novidades no nosso mandato (eu sei que novidade já é novo. Mas é que são as quentíssimas...). Estamos de mudança, ganharemos um novo membro para a equipe, nossa relação vai estar ainda mais próxima da população... Ih! Estou muito, bastante, tri feliz!!! 2009 vai bombar!!!

Mais crianças pela paz!

Esses são Maria Luiza e João Vítor, sobrinhos do Ramon.
O João é também afilhado dele. Ah! Esses afilhados...
O Ramon é um mineirinho que conheço há muitos anos.... Grande amigo. Aliás, Jamon, quando foste eleito para a UNião Estadual de Estudantes de Minas, o nome da nossa chapa não era justamente "Bola de meia, bola de gude, a UEE não pode parar"? Saiba que foi daí minha paixão e compreensão sobre essa música...

Deu certo

Esse é o Téo. Foi para essa coisinha linda que eu pedi ajuda, lembram?

Téo, meu afilhado, um dia depois de nascer.


Téo, eu e Alexandre.

Minha conclusão: o Régis só me manda fotos do filho após apelo público. Ah! E de divulgar fotos de outros nenês lindos.

Queremos crianças assim!

Comecei a campanha "crianças lindas no blog". Hoje, resolvi mudar. A campanha será chamada: "Queremos crianças lindas e felizes. Em um mundo de paz."

Alícia, filha da amiga do blog Angélica, de Pelotas.

Alícia e Murillo, sobrinho de Angélica.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Crianças em guerra

Não me conformo com o silêncio de Obama. Política não se faz só com palavras, é verdade. Entretanto, após tamanha expectativa gerada pela eleição do novo presidente estadunidense, ele tinha a obrigação de falar.
Sei que meu blog é um espaço de amigos. Leiam a matéria colada abaixo. Essas crianças deveriam estar sorrindo como as minhas crianças lindas, postadas ontem.
  • Ofensiva israelense em Gaza já matou 205 crianças

Os últimos números divulgados pelas autoridades palestinas do setor de saúde informam que 205 crianças estão entre os cerca de 600 mortos na ofensiva na Faixa de Gaza. O número de crianças entre os 2,9 feridos ainda é desconhecido, por causa do caos que se instalou no território palestino.
Crianças são as maiores vítimas de Israel
Enquanto os médicos trabalham sem pausa para tentar salvar o máximo de crianças, psiquiatras infantis na Faixa de Gaza e no sul de Israel temem que algumas crianças nunca se recuperem dos danos psicológicos causados pela violência do conflito.
Iyad Sarraj, diretor do Programa Comunitário de Saúde Mental da Faixa de Gaza, afirmou que "muitas pessoas" estão ligando para os funcionários do centro, mas o escritório da organização teve que ser abandonado depois que um ataque aéreo de Israel danificou janelas e móveis do local. "Está realmente terrível para as crianças agora. Já passei por muitos episódios como este, mas este é o pior", afirmou.
Trauma
Sarraj conta a história de um menino que tratou há cinco anos. A casa dele foi atingida em um ataque aéreo contra um militante do Hamas, que vivia na casa vizinha à dele.Tateando no escuro depois do ataque, o menino encostou a mão em algo molhado.
"Ele percebeu que era a carne da irmã, que ficou em pedaços (depois do ataque). Ele não conseguiu comer ou sentir cheiro de carne durante três anos. Tenho certeza de que ele vai sofrer algum impacto psicológico em longo prazo". "Este tipo de coisa deve estar acontecendo agora, enquanto conversamos", afirmou.
Sarraj não consegue sair de casa devido aos combates na Faixa de Gaza e, por isso, não consegue visitar os hospitais, mas tem visto pela televisão as imagens de crianças traumatizadas e feridas.
"Estas crianças precisam de ajuda, mais do que qualquer outra pessoa. Elas parecem assustadas, horrorizadas e desnorteadas. Elas precisam de muita atenção, mas não podem receber, pois suas famílias também estão aterrorizadas", afirmou.
Choque
Salwi Tibi, da agência humanitária Save the Children e que vive ao norte da Cidade de Gaza, perto dos confrontos terrestres mais intensos, está monitorando o impacto nas crianças.
Tibi conta sobre um menino de dois anos e meio de Beit Lahiya, local onde estão ocorrendo combates intensos, que foi levado para um hospital já sem vida. "Ele não estava ferido, estava bem de saúde. Os médicos me disseram que a criança morreu devido ao choque causado pelo som do bombardeio", afirmou.
Tibi afirma que sua própria filha, Malak, de 7 anos, é um caso típico de criança afetada pela guerra. Malak começou a molhar a cama no primeiro dia dos ataques aéreos. "Onde quer que eu vá ela me segue - até ao banheiro. Assim que ela ouve o bombardeio, (...) fecha os olhos e grita 'parem, parem'", afirmou.
"Se eu tivesse um computador, deixaria que ela ouvisse música, brincasse com os jogos, para esquecer, mas não há eletricidade, tudo está silencioso, então tudo o que ela ouve são os bombardeios", acrescentou.
Iyad Sarraj relata que cerca de um terço das crianças da Faixa de Gaza apresentam sintomas psicológicos que precisam de tratamento.

Fonte: BBC Brasil

Balões

Não tenho vontade de escrever no dia de hoje. Apenas pensei que balões são bonitos, alegres e coloridos. E voam. Como meus pensamentos.


terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Última



É você, Tribalista.

Prometo que é a última do dia. Tenho minhas razões para a hiper super mega atividade...

mais poesia

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

Fernando Pessoa

Feliz aniversário Beto!!!

Fiz um grande amigo nesse ano. O meu colega Beto Albuquerque. Tem uma luz e uma força rara. Uma energia que não se esgota. Aprendi, primeiro, a respeitá-lo. Pela lealdade. Depois, aos poucos, vi um homem público de muito valor. Desses raros... Feliz aniversário Beto! Que seja um ano de muita luz. E saúde.

Crianças do meu coração

Lulú, minha primeira e única afilhadA. Linda....


Nina, filha mimosa do Beto Albuquerque e da Dani, grandes amigos. Ele, o aniversariante do dia. Essa fofa também é irmã do Pietro, um pequeno gigante herói. Não desses de quadrinhos. Desses da vida real.
Isso é pelo amor que sinto por essas duas fofas e também para brigar com os pais (chatos) do Dudu e do Téo (meus dois afilhadOs) que não me mandam fotos deles...