sexta-feira, 22 de junho de 2012

Mais educação, mais desenvolvimento


Recentemente, o Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA) apontou os 10 países com melhor desempenho escolar. Em sua 4ª edição, o estudo traz, na sequência, Xangai, Coréia do Sul, Finlândia, Hong Kong, Cingapura, Canadá, Nova Zelândia, Japão, Austrália e Holanda. Todos esses países têm em comum a valorização dos anos iniciais da educação. É preciso acertar desde o início na educação, pois na maioria dos casos não há uma segunda chance. Estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) alertam para o cuidado com a primeira infância (zero a seis anos), período fundamental para o desenvolvimento cognitivo e no qual o cérebro humano desenvolve a maioria das ligações entre os neurônios. Aos quatro anos, por exemplo, estima-se que a criança tenha atingido metade do seu potencial intelectual. Segundo a SBP, o bom desenvolvimento na primeira infância permite a formação da inteligência, da capacidade de aprendizagem, do perfil da personalidade e do comportamento individual.

Segundo o TCE 2009/2010, Porto Alegre se encontra no 191º lugar do ranking estadual-RS de atendimento à Educação Infantil (zero a cinco anos). Se analisarmos o número de crianças que estão nas creches, Porto Alegre está atrás de Florianópolis (43,80%), Curitiba (36,80%) e São Paulo (43,60%). Já na educação infantil, são 34 escolas municipais e, para atender a toda demanda, é preciso aumentar em 20% o número de vagas. Por isso entendo que é preciso garantir vagas nas creches para todas as crianças e investir na educação infantil de qualidade, buscando adaptar a escola ao nosso tempo.  Afinal, uma cidade bem desenvolvida precisa ter como base uma educação de qualidade e acessível a todos.


Esse meu artigo foi publicado no Jornal do Comércio de hoje.

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