sábado, 16 de julho de 2011

Minha vida naquela praça

Lona lotada de Jovens de todos os Estados do Brasil. Alguns, vi Crescer. Outros tantos participei do processo de filiação. Cabelos que mudaram, barbas que cresceram, papeizinhos com telefones de contato que viraram filiações, palestras em universidades... Mais distantes da lona, tal como pais orgulhosos dos filhos crescidos, militantes mais velhos. Os meus amigos e veteranos.
A minha vida.
 Pediram para que eu falasse no lançamento da campanha de filiação da UJS. Aceitei na hora. Tudo normal. 
Ato político.
Palco, luz, calor. Um pouco de dor De cabeça da intolerância a
Lactose desrespeitada com um
Enorme e típico gostoso biscoito de queijo goiano.
Dirigentes, ex-dirigentes, antigos e
Novos.
Tudo junto e misturado. 
Nó na garganta.
Aquela praça. 
Aqueles olhos brilhando cheios de expectativa. Aquela esperança toda
Concentrada em sorrisos e dores nas costas decorrentes das longas distâncias percorridas nos piores ônibus.
Aquela felicidade decorrente de um
Encontro que faz com que o jovem pare de sentir-se só. Pertencimento! Não sou o único que me Preocupo com a sociedade? Não sou o único que gosta de Política? Aquele encontro com muita gente que carrega - e quer carregar - os mesmos valores. Mesmo que eles sejam Contrários aos vendidos nas
Propagandas da TV: solidariedade, lealdade, combatividade, brasilidade!
Aquela alegria de ser jovem e ter a
Certeza de que podemos mudar
Tudo, que nada é impossível, afinal estamos ali com milhares de diferentes sósias de Nós mesmos.
Aquela garra que muda a história, que faz com que menos gente
Passe fome, mais gente estude, tenha casa, tenha remédios e
Saúde. tenha emprego e trabalho.
Aquele praça. 
Aquele ano! 
Aquele encontro com a Menina que se Revoltada Com As injustiças. E que pouco sabia como agir, como potencializar sua revolta. Aquele encontro com os olhos de uma esperança aflita, desorganizada.
Aquele encontro com a menina que carregava a certeza da
Necessidade de mudar esse mundo e
Que não sabia como mudar. 
Aquela praça.
A UJS.
As respostas dadas ao longo dos últimos doze anos para a Menina que também Já foi um Contato da universidade.
Aquela praça.
Aquele ato.
Ontem, estive presente no palco e na platéia.
Me vi em cada olho que me brilhava
Com nossas palavras.
Sorri, cúmplice, com cada lágrima de emoção que brotava nos olhos que acabaram de decidir mudar suas vidas, melhorar suas vidas, ressignificar seus sonhos.
Me entreguei, mais uma vez, à luta pelo socialismo, por mais justiça.

6 comentários:

Anônimo disse...

Texto bonito, Manuela.
Posso não concordar com todos os seus posicionamentos políticos (talvez, nem mesmo com a política partidária como um todo...), mas é sempre bom saber que tem gente sincera e com real desejo de mudança por lá.
Gostei da parte da "Menina que também Já foi um Contato da universidade". rsrs. :)
Saudações feministas!

Anônimo disse...

Tradução perfeita do que caracteriza um CONUNE.
É muito bom fazer parte da história!

Olga Loiola
Ceará

Rodrigo dos Santos Melo disse...

Eis sua "luta pelo socialismo", na minha visão: Qualquer luta que comece objetivando eleger representantes neste modelo burguês de democracia já começa jogando na casa do adversário. Tendo em vista a escassa formação política, já botamos aí 10x0 para a burguesia. Somado à quantidade de trabalho desperdiçada em campanhas burguesas, temos uma noção da fraqueza desta esquerda que se qualifica como "marxista", mas não passa de uma social democracia disfarçada. Ou seja: A sra não é socialista, a sra é um frankenstein político usado pela direita para disfarçar-se de socialista.

Anônimo disse...

O dia no qual relatou, foi aquele dia vai ficar marcado na minha historia. O seu texto resumiu um pouquinho de tudo que eu achei, de tudo que senti, vivi, presenciei e desde então passou a ssr parte da minha vida. O desejo de mudança e de algumas vezes revolta era visivel, mas meios me faltavam. Agora não mais. Ver como é toda a articulação, ver que tem gente igual a mim preocupado com o rumo do Brasil em diversos aspectos, todos os objetivos, todos as teses e poder defender, fazer parte daquela historia que foi construida naqueles 4 dias de congresso pra mim foi um divisor de aguas, bem que me diziam que o CONUNE tinha esse poder. Me filiei a UJS e a luta agora que iniciou, se antes da luta não me retirava, agora então...
Desde daquele dia, virei sua fã, por seu posicionamento, por sua postura, por sua oratoria, pelo discurso, depois lendo um pouco mais sobre vc, as frentes que defende que atua fiquei realmente orgulhosa e apesar de ser de outra cidade, não votar em vc, és motivo de orgulho e de exemplo como parlamentar, mais mas que isso, pra mim, uma jovem que iniciou lá nos movimentos estudantis e com sua dedicação e com a sua percepção de mundo alcançou voos maiores.
Beijo Querida

Dandara Brandão

Eliandro disse...

Bacana nos brindar com este depoimento/relato, me fez resgatar os sonhos que me moviam e relembrar alguns momentos em que tive oportunidade de conhecer um certo contato da universidade, que tb era contato de bandas de rock e acabou contribuindo para o primeiro acampamento da juventude em POA. Lamento ter mudado de cidade e deixar de acompanhar o crescimento de uma grande amiga. abraço fraterno

Lucas Eduardo disse...

Eu estava lá... Com olhos brilhando...
Interessante, eu que vi você lá, agora também sei o que você pensava naqueles momentos. Fora de série isso.
Por isso que tu és um símbolo da UJS. Um símbolo de esperança pra Juventude Brasileira. Continuas com a aquela garra.
Tenho orgulho de ter uma guerreira como tu no mesmo Partido ao qual também sou. Pois não faço parte do PCdoB. SOU o PCdoB. Sou UJS. Continuemos na luta pelo SOCIALISMO SIM, através da luta pela democracia.