domingo, 26 de fevereiro de 2012

"como pude ficarmos assim?"

Meu Deus! "como pude ficarmos assim"*, vozinha? Olhando para o perflex, limpando a cozinha depois que todos os convidados saíram, eu era tu. Era assim que fazias sempre, todas as noites em Jaguarão. Como pude ficarmos assim? Estranho vozinha. Estranho sentir saudade de alguém que existe tanto em mim.

*frase de poema de Quintana

6 comentários:

Anônimo disse...

Há 1200 km de mim, Manuela faz um poema "perflexionista",contemplando duas imagens retorcidas em panelas de aço inoxidável."Boa noite, Manuela!" "Boa noite, vozinha!" Eu,mais uma vez, descumpro a promessa empenhada.Boa noite,Manuela!

Anônimo disse...

Que bonita essa lembrança. Observo que sempre falas muito em tua avó. Também sinto uma saudade imensa e a cada dia que passa essa saudade aumenta. Ela faz falta para muitos.

Retas de vistas, Pros íntimos, Anônimo da Silva. disse...

Manuela, obrigado por ter cedido o espaço de seu blog.Valeu pelas excelentes fotos postadas no seu Twitter.Parabenize a fotógrafa por mim! É muito bom estar com o povo.Isto nos faz crescer politica e,sobretudo, ideologicamente, desde que tenhamos sensibilidade,como o disse antes, capacidade de se colocar no ponto de vista do outro. Isto, o seu poetizar já demonstrou que você tem de sobra.Uma menina com 30 anos desfrutando de grande respeito de seu povo.Essa é uma dádiva que não tem preço.Porém, daqui para frente, Manuela, o jogo vai ser cada vez mais duro.Não obstante,acho que você não vai mais precisar escrever para sua mãe para pedir ajuda.Você tem o povo (lembre-se quando falo que você tem o povo, não estou me referindo a nenhuma massa de votos, esse "ter" não é ponderável eleitoralmente,de tal sorte que quando se "tem o povo",de verdade, e não eleitoralmente,a parte e o todo em que esse povo pode ser divido por razões de domínio político e ideológico por parte das elites, se confundem,posto que ambas se diferenciam apenas no momento, sendo, entretanto, idênticas em algum lugar do futuro).É, nele,povo,portanto, que você vai encontrar a força necessária para enfrentar os detratores.O golpe baixo, a calúnia, a injúria, serão uma constante. Sorria! Lembre-se do povo.Também não faltarão tentativas de cooptação, tanto por parte da direita como da "esquerda".Todos supõem em nós fraquezas.Uma mulher plena de sensibilidade,pensam, deve ser uma presa fácil.Eles subestimam a sua inteligência,por um lado, e a sua força, por outro lado. Esses assédios assumirão variadas formas, materiais e/ou afetivas.Não se trata de que eu tenha uma bola de cristal.É apenas experiência pessoal.Vivência.Novamente pense no povo.Ninguém pode te oferecer algo que seja maior que o amor do povo.Nem você poderá um dia sentir amor maior que aquele que descobrimos quando passamos a amar o nosso povo.Amar o povo não é sentir piedade para com ele.A piedade misturada com a arrogância é a manifestação afetiva da ideologia socialdemocrata ( que pode surgir dentro do próprio partido comunista, como pressão ideológica pequeno-burguesa, como já foi suficientemente demonstrado pela história).Nós, os comunistas, não olhamos o nosso povo com pena, de cima para baixo.Não queremos fazer caridade.Nem tampouco queremos mudar o mundo pela metade.Quando nos referimos ao povo, estamos falando de nós mesmos, do lado que escolhemos ficar.O povo:esse é o nosso maior patrimônio material e afetivo...Bem é isso.Preciso estudar!Preciso reencontrar também um jeito de voltar a estar com o meu povo de uma forma mais consequente. Adeus,camarada!Para sempre serei um grande admirador! Saudações comunistas!

Anônimo da Silva disse...

Bem, Manuela, não sei se envergonhado ou se aliviado, reconheço: tentar me despedir de seu blog parece ser algo impossível.Hoje,tudo parecia caminhar bem,até que resolvi "dar só uma olhadinha rápida". Pra quê? E lá aparece você,em "foto-e-pronto"( opa!, esse neologismo parece ser meu!) falando justamente no tema das mulheres e da maneira mais irresistível possível:através da estampa de seu impressionante carisma. Desisto! Sou um "manuelete" de difícil recuperação. Seja ,então, o que Deus quiser!

Anônimo da Silva disse...

Manuela e Chico Buarque juntinhos? Só posso estar sonhando! Meu casal perfeito.Lindos! Chico Buarque é uma de minhas maiores paixões. Descobri que as mulheres não sentem por ele mais que eu também sinto. É isso, Chico parece me deixar às vezes perigosamente na fronteira de minha sexualidade, tamanha é a minha admiração.Toda vez que olho Chico, é como se pudesse ouvir em apenas um segundo todas as suas músicas sublimes,libertadoras. Mas acredito que seja somente um amor platônico.Na verdade, Chico é a medida e o reconhecimento de uma impossibilidade: ele é o homem que eu gostaria de poder ter sido.

Anônimo da Silva disse...

Depois de lido o seu artigo publicado no jornal "Zero Hora",neste 8 de março, intitulado "As mulheres e o crack", fiquei a pensar em flashes, entre as diferente tarefas do dia, talvez porque já tenha visto, mais de uma vez, um recém-nascido filho de mãe viciada em cocaína. Os governos federal, estaduais e municipais precisam tomar providências muito mais contundentes do que as recentemente anunciadas pelo governo federal.A começar pela participação da mídia nas campanhas educativas preventivas, que não pode ser deixada à boa vontade da mesma para a produção de matérias educativas destinadas a conscientizar a chamada opinião pública.A meu ver, o governo federal deveria pautar esses meios, obrigando-os a cumprir suas funções dentro de um programa amplo de combate ao consumo de drogas em nosso país, pela via que será sempre infinitamente mais eficiente do que a repressão, ou seja, pela educação continuada da sociedade sobre os efeitos perversos de cada droga,e em particular,os do crack.Também se deveria aprofundar ainda mais a discussão com todos os segmentos da sociedade sobre a necessidade de pesados investimentos em centros de recuperação de drogados, instruídos por terapias comprovadamente eficazes, validadas por experiências como as que você citou em seu artigo.A sociedade precisa ser conquistada politicamente para a necessidade de construção destes centros terapêuticos, olhando-os como uma das principais prioridades do presente.