sexta-feira, 8 de junho de 2012

Cidadania e direitos humanos

Um dia recebi um telefonema de um outro parlamentar, tarde da noite. Ele me perguntou se eu queria mesmo ser prefeita. Eu disse que sim. Ele automaticamente respondeu: "então para de defender esses gays. Achas que vais chegar onde com isso?!". Lembro como se fosse hoje (e não faz tanto tempo assim) que com indignação respondi que ele havia me feito a pergunta errada. Que a Pergunta certa deveria ter sido se eu topava abrir mão daquilo que acredito. E então a minha resposta a essa pergunta era não. Não e não. Queria (e quero!) muito ser prefeita. Mas, para isso, não abri e não abrirei mão daquilo que acredito.
A luta pela igualdade, pela liberdade, pelo amor, pelo respeito e tolerância fazem parte disso.
Receber esse prêmio cidadania e respeito à diversidade me fez ver que vale a pena. Simples assim. Não é o caminho mais fácil. Mas é o único para mim. Obrigada pela homenagem.

3 comentários:

Joel Bento Carvalho disse...

Manu, não serei seu eleitor em Poa, por não estar morando mais lá. Lanço mão desse espaço para pedir que lutes contra um retrocesso no PNE. Se não estás inteirada do assunto, coloco dois links do meu blog para que, se quiseres, participe da nossa luta. Saliento que não tenho filho ou filha com alguma deficiência e assim não estou pedindo nada para mim. Se puderes, ajude quem precisa de uma voz na Câmara. Obrigado
http://blogdosentapua.blogspot.com.br/2012/06/vanhoni-o-deputado-que-roeu-corda.html
http://blogdosentapua.blogspot.com.br/2012/06/por-todas-as-victorias-do-brasil.html

Luis Navarrete disse...

Creio que muita gente trepa encima das "ideologias preconceituosas" para galgar posições políticas; recentemente Obama fez isso e não seu deu bem. Existe uma tendência de misturar a segregação pública com a privada e o homosexualismo é um caso exemplar; particularmente o que duas pessoas façam para tentar encontrar o caminho de suas felicidades é problema delas; a questão não está em defender ou não e sim em ignorar a plasticidade de uma união gay e, ao mesmo tempo dar-lhes as cindições legais para que deuma vez por todas estes casais e o resto da sociedade possa viver em paz, sem demagogias de baixo calão. Aproveitando que venho pouco por aquí, tenho a acrescentar que como eleitor de Goiás sinto vergonha de nosso congresso piis neles abundam os hipócritas, nunca vi tanto papagaio de pirata querendo se aproveitar de uma situação que só tem uma solução: a reforma política, com o voto distrital e uma lei revolucionária, a lei de censura popular onde cada eleitor pudesse a cada periodo de tempo mais curto que quatro anos reafirmar o seu voto e retirá-lo e assim banir a corrupção que nasce já na campanha eleitoral. Luis

Anônimo disse...

Infelizmente não voto em Porto Alegre, voto em Curitiba, mas meu voto certamente seria seu se eu morasse aí. Você merece.