Tenho uma amiga especial. Não sei quando nos aproximamos. Sei que a vida nos impõe distâncias físicas. Mas ela está sempre comigo. Doce. Amiga. De verdade. Farei meu vôo, Cris. Seja lá onde for o pouso. Te amo.
O voo dos anos
Quando chega o outono, milhões de borboletas iniciam sua longa viagem rumo ao sul, partindo das terras frias da América do Norte.
Um rio flui, então, ao longo do céu: o suave ondular, ondas de asas, vai deixando a seu passo, um esplendor cor de laranja nas alturas. As borboletas voam sobre as montanhas e prados e praias e cidades e desertos.
Pesam pouco mais que o ar. Durante os quatro mil quilometros da travessia algumas caem, derrubadas pelo cansaço, pelos ventos ou pelas chuvas; mas as muitas que resistem aterrisam, enfim, nos bosques do centro do México.
Lá descobrem aquele reino nunca visto, que de longe as chamava.
Para voar nasceram: para voar este voo.
Eduardo Galeano
quarta-feira, 23 de maio de 2012
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1 comentários:
Era isso que eu queria que tu tivesse certeza: que estou contigo.
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